domingo, 15 de janeiro de 2017

A relação que há entre o presente bíblico e a corrupção atual

Por Jânio Santos de Oliveira



 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!



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... e declarareis: ‘Teu servo Jacó, ele mesmo, chegará atrás de nós!’” Em verdade, dizia Jacó para si mesmo: ‘Eu aplacarei a ira de Esaú com o presente que me antecede, em seguida, me apresentarei a ele, e talvez me conceda a graça da paz!”

Contudo, Jacó instou: “Não, eu te suplico! Se encontrei graça a teus olhos, recebe o presente de minha mão. Porquanto afrontei tua presença como se afronta a presença de Deus, e tu me recebeste em paz! (Gn 32.20;33.10).


Então, seu pai, Jacó, orientou-o: “Se é necessário, portanto, fazei assim: tomai em vossas bagagens os melhores produtos de nossa terra para levardes como presente a esse homem poderoso, um pouco de bálsamo e um pouco de mel, algumas especiarias finas e mirra pura, um pouco de nozes de pistache e amêndoas (Gn 43.11).


…7 -Da falsa acusação te afastarás; não matarás o inocente e o justo, e não justificarás o culpado.

 8- Não aceitarás nenhum tipo de suborno, pois o suborno cega até os que têm discernimento e prejudica a causa dos inocentes. 

9- Não oprimirás o estrangeiro: conheceis bem a vida de estrangeiro, porque fostes forasteiros no Egito (Ex 23.7-9).

Um bom presente desobstrui a passagem para aquele que o entrega, e o conduz à presença das pessoas que decidem (Pv 18.16).



O suborno age como pedra mágica aos olhos de quem o oferece, e causa a ilusão de que é possível comprar qualquer pessoa (Pv 17.18).


São muitos os que têm prazer em adular os governantes, e todos são amigos de quem dá valiosos presentes ( Pv 19.16).


O presente que se entrega em segredo acalma a ira, e o suborno oferecido às ocultas apazigua os maiores acessos de fúria (Pv 21.14).




O Brasil está passando por uma das maiores crises políticas de toda a sua história, com a corrupção grassando o Estado brasileiro em quase todos os seus setores: é Mensalão, é Petrolão, Eletrolão, corrupção na Receita Federal etc. Fala-se de corrupção ainda no BNDS e nos fundos de pensão, dentre outros setores. O Petrolão já foi considerado pela imprensa internacional “O maior caso de corrupção da história mundial”, pelo montante de dinheiro envolvido, movimentando bilhões de reais. Em reação a tudo isso, protestos foram vistos por todo o país nos meses de março e abril, pedindo inclusive o impeachment ou a renúncia da presidente Dilma Rousseff.


I. A definição do termo "corrupção"



O que o termo “corrupção” significa?

– A palavra vem do latim “corruptio”, derivada do verbo “rumpere”: romper, quebrar. Corromper ou ser corrompido significa romper. Romper o quê? Romper o equilíbrio natural entre as pessoas, romper a integridade moral, romper a harmonia, romper a fraternidade.

– Atualmente, a palavra “corrupção” costuma remeter ao mundo da política e das instituições que rompem a justiça e defraudam a sociedade.

– No entanto, o conceito de “corrupção” é mais abrangente do que a corrupção política, social, econômica. A corrupção é do indivíduo: ela se enraíza em cada pessoa que se deixa corromper ou que corrompe o outro.

– Assim, o fenômeno concreto da “corrupção” está presente no interior de cada pessoa que rompe a harmonia na convivência com o próximo ao buscar vantagem pessoal indevida.


I. A história da corrupção no Brasil.

A corrupção, sabemos, sempre fez parte, infelizmente, da história do nosso país. Em artigo publicado em março deste ano no site “Jus Navigandi”, o advogado Marcus Vinicius Macedo Pessanha, especializado em Direito Público, Regulatório e Econômico, lembra que “a cultura da corrupção brasileira remete à formação do Estado brasileiro desde a época do descobrimento, no período de colonização. Portugal não possuía, em relação ao Brasil, um projeto de constituição de uma nação ou de povoamento, mas tão somente a intenção de exploração e mercantilização. Inclusive, poucas eram as pessoas dispostas a virem para o território brasileiro. A ideia então vigente era a de esquecimento rápido e fácil, com vistas a retornar para a metrópole e enriquecido, o que demonstra que a finalidade de Portugal era primordialmente, a exploração. Como afirma Raymundo Faoro, ‘o inglês fundou na América uma pátria, o português um prolongamento do Estado’”.

Pessanha lembra ainda “naquela época, as práticas corruptas eram vistas com naturalidade e aceitas pelo Estado português, e consistiam na distribuição de favores pelo soberano. A confusão entre o público e o privado era a regra, e a distância da colônia fazia com que as práticas patrimonialistas fossem parte integrante do nascedouro Estado brasileiro. Ilegalidades no comércio de pau-brasil, tabaco, ouro, diamantes e escravos eram corriqueiras, favorecendo a metrópole, que não demonstrava qualquer interesse em coibi-las. Interessante um dito popular da época, que afirmava que ‘Quem furta pouco é ladrão, quem furta muito é barão, quem mais furta e esconde, passa de barão à visconde’”.

Após essa fase, veio a dos coronelismos regionais, que também favoreceram injustiças e corrupção em todo o país. Entretanto, os casos mais recentes de corrupção no país, os maiores (Mensalão, Petrolão etc), têm sido diferentes, porque eles estão também e principalmente atrelados a um projeto ideológico de manutenção do poder político. Enquanto no passado a corrupção era um fim em si mesma para quem a praticava no poder ou junto ao poder, na maioria dos grandes casos de corrupção no país dos últimos anos ela tem sido mais um meio para um fim. Além dos valores envolvidos hoje nas denúncias de roubalheiras serem bem maiores do que no passado, soma-se também, como grande diferencial, esse aspecto político ideológico como pano de fundo de muitos desses crimes.

Há, sim, como no passado, muitos que estão envolvidos nesses crimes apenas pelos motivos tradicionais – alguns deles, inclusive, são nomes recorrentes na história de acusações de corrupção em nosso país –, porém o componente político ideológico objetivando um projeto de eternização no poder não pode ser ignorado.



III. O que a bíblia fala sobre a corrupção




A corrupção, claro, não é um fenômeno recente na história da humanidade, razão pela qual encontramos na Bíblia vários textos que a combatem de forma direta. Aliás, esse é um dos pecados mais mencionados e combatidos nas Escrituras.

Recentemente, como crítica e reflexão sobre essa onda de corrupção em nosso país, um bispo anglicano teve a paciência de levantar e publicar, em seu site pessoal, uma lista dos principais textos bíblicos de combate à corrupção:

“O que anda em justiça, e o que fala em retidão, que arremessa para longe de si o ganho de opressões, e que sacode das suas mãos todo suborno, que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de sangue, e fecha os olhos para não ver o mal; este habitará nas alturas, e as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio. O seu pão lhe será dado, e as suas águas serão certas” (Isaías 33.15, 16). “Verdadeiramente a opressão faz endoidecer até o sábio, e o suborno corrompe o coração” (Eclesiastes 7.7).

Sobre a corrupção no funcionalismo público: “Chegaram também uns cobradores de impostos, para serem batizados, e lhe perguntaram: Mestre, que devemos fazer? Respondeu-lhes: Não peçais mais do que o que vos está ordenado” (Lc 3.12, 13).

Sobre a corrupção policial: “Então um dos soldados o interrogaram: E nós, o que faremos? Ele lhes disse: A ninguém trateis mal, não deis denúncia falsa, e contentai-vos com o vosso soldo” (Lc 3.14).

Sobre a corrupção no Poder Judiciário: “Não torcerás a justiça, nem farás acepção de pessoas. Não tomarás subornos, pois o suborno cega os olhos dos sábios, e perverte as palavras dos justos. Segue a justiça, e só a justiça, para que vivas e possuas a terra que o Senhor teu Deus te dá” (Dt 16.19, 20). “Também suborno não aceitarás, pois o suborno cega os que têm vista, e perverte as palavras dos justos” (Êx 23.8). “O ímpio acerta o suborno em secreto, para perverter as veredas da justiça” (Provérbios 17.23). “Ai dos que justificam o ímpio por suborno, e ao justo negam justiça” (Is 5.22a, 23). “Até defendereis os injustos, e tomais partido ao lado dos ímpios? Defendei a causa do fraco e do órfão; protegei os direitos do pobre e do oprimido. Livrai o fraco e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios. Eles nada sabem, e nada entendem. Andam em trevas” (Sl 82.2-5a). “Não farás injustiça no juízo; não favorecerás ao pobre, nem serás complacente com o poderoso, mas com justiça julgarás o teu próximo” (Lv 19.15).

Sobre independência entre os poderes: “Pereceu da terra o homem piedoso, e não há entre os homens um que seja reto. Todos armam ciladas para sangue; cada um caça a seu irmão com uma rede. As suas mãos fazem diligentemente o mal; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, e o grande fala da corrupção da sua alma, e assim todos eles são perturbadores” (Ml 7.2, 3).

Sobre a corrupção no poder executivo: “Os teus príncipes são rebeldes; cada um deles ama o suborno, e corre atrás de presentes. Não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas” (Is 1.23). “Pela justiça o rei estabelece a terra, mas o amigo de subornos a transtorna” (Pv 29.4).

Abominação é para os reis o praticarem a impiedade, pois como justiça se estabelece o trono” (Pv  16.12).

Sobre os assessores corruptos: “Tira o ímpio da presença do rei, e o meu trono se firmará na justiça” (Pv 25.5).

Sobre a corrupção no poder legislativo: “Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que escrevem perversidades, para privar da justiça os pobres, e para arrebatar o dinheiro dos aflitos do meu povo, despojando as viúvas, e roubando os órfãos! Mas que fareis no dia da visitação, e da assolação, que há de vir de longe? A quem recorrereis para obter socorro, e onde deixareis a vossa glória, sem que cada um se abata entre os presos, e caia entre os mortos?” (Is 10.1-4).

Sobre empresários que não são honestos: “No meio de ti aceitam-se subornos para se derramar sangue; recebes usura de lucros ilícitos, e usas de avareza com o teu próximo, oprimindo-o. E de mim te esqueceste, diz o Senhor Deus. Eu certamente baterei as mãos contra o lucro desonesto que ganhares…” (Ez 22.12, 13a). “Melhor é o pouco, com justiça, do que grandes rendas, com injustiça” (Pv 16.8). “O que oprime ao pobre para aumentar o seu lucro, ou o que dá ao rico, certamente empobrecerá” (Pv 22.16).





IV. As advertências contra a corrupção nas esferas dos  poderes governamentais.


Há quem pense que a corrupção seja um fenômeno recente na sociedade. Se o fosse, não haveria tantas advertências bíblicas contra ela.
“O que anda em justiça, e o que fala com retidão, que arremessa para longe de si o ganho de opressões, e que sacode das suas mãos todo suborno, que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de sangue, e fecha os olhos para não ver o mal; este habitará nas alturas, e as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio. O seu pão lhe será dado, e as suas águas serão certas”. Isaías 33:15-16

“Verdadeiramente a opressão faz endoidecer até o sábio, e o suborno corrompe o coração”. Eclesiastes 7:7

1. No funcionalismo público

“Chegaram também uns cobradores de impostos, para serem batizados, e lhe perguntaram: Mestre, que devemos fazer? Respondeu-lhes: Não peçais mais do que o que vos está ordenado” (Lc 3:12-13).

2. Contra a corrupção policial

“Então uns soldados o interrogaram: E nós, o que faremos? Ele lhes disse: A ninguém trateis mal, não deis denúncia falsa, e contentai-vos com o vosso soldo” ( Lc 3:14).

3. No Poder Judiciário

“Não torcerás a justiça, nem farás acepção de pessoas. Não tomarás subornos, pois o suborno cega os olhos dos sábios, e perverte as palavras dos justos. Segue a justiça, e só a justiça, para que vivas e possuas a terra que o Senhor teu Deus te dá”( Dt 16:19-20).

“Também suborno não aceitarás, pois o suborno cega os que têm vista, e perverte as palavras dos justos” (Êx 23:8).

“O ímpio acerta o suborno em secreto, para perverter as veredas da justiça” (Pv 17:23).

“Ai dos que...justificam o ímpio por suborno, e ao justo negam justiça”( Is 5:22,23).

“Até quando defendereis os injustos, e tomareis partido ao lado dos ímpios? Defendei a causa do fraco e do órfão; protegei os direitos do pobre e do oprimido. Livrai o fraco e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios. Eles nada sabem, e nada entendem. Andam em trevas” (Sl 82:2-5a).

“Não farás injustiça no juízo; não favorecerás ao pobre, nem serás complacente com o poderoso, mas com justiça julgarás o teu próximo”(Lv 19:15).

Independência entre os poderes

“Pereceu da terra o homem piedoso, e não há entre os homens um que seja reto. Todos armam ciladas para sangue; cada um caça a seu irmão com uma rede. As suas mãos fazem diligentemente o mal; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, e o grande fala da corrupção da sua alma, e assim todos eles são perturbadores”(Mq 7:2-3).



4. No Poder Executivo

“Os teus príncipes são rebeldes, companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno, e corre atrás de presentes. Não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas” (Is 1:23).

“Pela justiça o rei estabelece a terra, mas o amigo de subornos a transtorna”( Pv 29:4)

“Abominação é para os reis o praticarem a impiedade, pois com justiça se estabelece o trono”. Pv 16:12


Os assessores corruptos

“Tira o ímpio da presença do rei, e o seu trono se firmará na justiça” ( Pv 25:5).

5. No Poder Legislativo

“Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que escrevem perversidades, para privar da justiça os pobres, e para arrebatar o direito dos aflitos do meu povo, despojando as viúvas, e roubando os órfãos! Mas que fareis no dia da visitação, e da assolação, que há de vir de longe? A quem recorrereis para obter socorro, e onde deixareis a vossa glória, sem que cada um se abata entre os presos, e caia entre os mortos?” Isaías 10:1-4

6. o meio empresarial

“No meio de ti aceitam-se subornos para se derramar sangue; recebes usura e lucros ilícitos, e usas de avareza com o teu próximo, oprimindo-o. E de mim te esqueceste, diz o Senhor Deus. Eu certamente baterei as mãos contra o lucro desonesto que ganhastes...”( Ez 22:12-13a).

“Melhor é o pouco, com justiça, do que grandes rendas, com injustiça”. Provérbios 16:8

“O que oprime ao pobre para aumentar o seu lucro, ou o que dá ao rico, certamente empobrecerá” (Pv 22:16)

Advertência contra juros absurdos praticados pelo Sistema Financeiro
“O que aumenta a sua fazenda com juros e usura, ajunta-a para o que se compadece do pobre”( Pv 28:8).

“Sendo o homem justo, e fazendo juízo e justiça  não oprimindo a ninguém, tornando ao devedor o seu penhor, não roubando, dando o seu pão ao faminto, e cobrindo ao nu com vestes; não dando o seu dinheiro à usura, não recebendo demais, desviando a sua mão da injustiça, e fazendo verdadeiro juízo entre homem e homem; andando nos meus estatutos, e guardando os meus juízos, para proceder segundo a verdade, o tal justo certamente viverá, diz o Senhor Deus” ( Ez 18:5,7-9)

“Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre, que está contigo, não te haverás com ele como credor; não lhe imporás juros” ( Êx 22:25).

“Aos retos até das trevas nasce a luz, pois é compassivo, compassivo e justo. Bem irá ao que se compadece e empresta, que conduz os seus negócios com justiça. (...) É liberal, dá aos pobres, a sua retidão permanece para sempre; a sua força se exaltará em glória” (Sl 112:4-5,9)

7. Os Direitos trabalhistas


“Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando contendiam comigo, então que faria eu quando Deus se levantasse? E, inquirindo ele a causa, que lhe responderia?”( Jó 31:13-14).

“Chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o trabalhador, e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos”( Ml 3:5).

“Vós, senhores, dai a vossos servos o que é de justiça e eqüidade, sabendo que também vós tendes um Senhor nos céus” (Cl 4:1).

“Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás. O salário do operário não ficará em teu poder até o dia seguinte” ( Lv 19:13).


“Não cometereis injustiça nos julgamentos, nas medidas de comprimento, de peso ou de capacidade. Balanças justas, pesos justos, efa justo, e justo him tereis. Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito” (Lv 19:35-36).

Imagine se nossos políticos tivessem a Bíblia como livro de cabeceira.



A terra pertence a Deus que a entregou aos seres humanos, pois “os céus são os céus do SENHOR, mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens” (Sl 115.16). O homem, por sua vez, têm dado lugar a Satanás que “disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser” (Lucas 6.4).  Mas Jesus veio como homem para retomar “toda autoridade nos céus e na terra” (Mateus 28.18). Por isso, como povo de Deus precisamos nos levantar para conquistar nossa terra buscando justiça. Leia também o estudo: Como escolher o candidato certo.

O que a Bíblia fala sobre a gestão política e como devemos escolher os nossos representantes



V. Como devemos fazer na hora de escolher os nossos representantes na gestão pública?





Dt 17.14-20
Quando entrares na terra que te dá o SENHOR, teu Deus, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: Estabelecerei sobre mim um rei, como todas as nações que se acham em redor de mim,
estabelecerás, com efeito, sobre ti como rei aquele que o SENHOR, teu Deus, escolher; homem estranho, que não seja dentre os teus irmãos, não estabelecerás sobre ti, e sim um dentre eles.
Porém este não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito, para multiplicar cavalos; pois o SENHOR vos disse: Nunca mais voltareis por este caminho.
Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração se não desvie; nem multiplicará muito para si prata ou ouro.
Também, quando se assentar no trono do seu reino, escreverá para si um traslado desta lei num livro, do que está diante dos levitas sacerdotes.
E o terá consigo e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o SENHOR, seu Deus, a fim de guardar todas as palavras desta lei e estes estatutos, para os cumprir.
Isto fará para que o seu coração não se eleve sobre os seus irmãos e não se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; de sorte que prolongue os dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel.
Este texto nos ensina que o governante que devemos escolher precisa ser uma pessoa que tenha temor de Deus e que não vá se envaidecer ao ponto de usar o poder para construir um império pessoal.
O profeta Samuel advertiu severamente ao povo sobre os direitos de um governante antes de ungir seu primeiro rei (I Samuel 8.5-22). Sabemos que muito do que o profeta avisou aconteceu, mas o povo não quis dar ouvidos.
Então o candidato de um cristão deve ser uma pessoa que tenha referencial de família, experiência administrativa, modéstia quanto aos bens materiais, humildade e principalmente que se preocupe com o bem da comunidade.

1- Respeito às autoridades

Tt 3.1 
Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades; sejam obedientes, estejam prontos para toda boa obra (Rm 13.1-5).
 Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.
De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação.
Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela,
visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.
É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência (I Pe 2.13-17).
 Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como soberano, quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem.
Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos; como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus.
Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei.
Todo cristão deve respeitar às autoridades políticas. Então antes de escolher o candidato é importante saber se é uma pessoa digna de respeito. Alguém que respeita o seu próximo, a família, à comunidade e principalmente aqueles que sofrem para lutar por justiça em seu favor.


2 - O dever de orar pelos governantes

I Tm 2.1-3
Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens,
em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito.
Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador,
Como cristãos temos a tarefa de interceder pelos governantes (II Crônicas 7.14). Mas não devemos deixar isso para depois das eleições. Agora é a hora de interceder pelo povo pedindo que Deus nos dê sabedoria para escolher governantes justos.


3- Justiça

Levíticos 19.15
Não farás injustiça no juízo, nem favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo.
Levíticos 19.35 e 36.
Não cometereis injustiça no juízo, nem na vara, nem no peso, nem na medida.
Balanças justas, pesos justos, efa justo e justo him tereis. Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito.
Provérbios 29.12
Se o governador dá atenção a palavras mentirosas, virão a ser perversos todos os seus servos.
Você precisa escolher alguém que realmente te represente no governo. Muitos pessoas entram na política com boas intenções, mas depois se corrompem. Ainda há outros que fazem tantas promessas que são impossíveis de ser cumpridas. É muito importante saber com quem o candidato faz aliança, pois mesmo que seja uma pessoa boa, pode estar mal assessorado ou se prender a pessoas injustas.

4 - Pobreza

Dt 15.11
Pois nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, eu te ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na tua terra.
Pv14.31
O que oprime ao pobre insulta aquele que o criou, mas a este honra o que se compadece do necessitado.
O candidato precisa ter propostas que atendam toda a sociedade, contudo é indispensável que contemple os mais desfavorecidos. Se seu plano de governo não for amplo o suficiente para atingir os pobres, então é limitado. Um governo que não lutar para melhorar a situação do pobre pode fazer que o rico se empobreça.

5 - Perfil de um governante

2 Sm 23.3,4
Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Aquele que domina com justiça sobre os homens, que domina no temor de Deus,
é como a luz da manhã, quando sai o sol, como manhã sem nuvens, cujo esplendor, depois da chuva, faz brotar da terra a erva.
Provérbios 29.2 
Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira.
Baseado nestas palavras, entendemos que um governante de acordo com a vontade de Deus deve ter:
-JUSTIÇA: não assistencialismo ou ajuda a pessoas particulares. O governante deve lutar por toda a comunidade fazendo justiça. Nada adianta ajudar um ou outro e cometer injustiças.
-TEMOR: deve ser uma pessoa de respeito e princípios morais e religiosos. Independente da igreja demonstre ser uma pessoa temente a Deus. Certamente você não escolheria uma pessoa incrédula ou umbandista, por exemplo, para te representar no governo.

5 - Patriotismo

2 Sm 10.12

Sê forte, pois; pelejemos varonilmente pelo nosso povo e pelas cidades de nosso Deus;
e faça o SENHOR o que bem lhe parecer.
Todos precisaram demonstrar amor por sua terra. Um candidato a cargo político deve ser alguém que realmente goste do lugar que viva para governar seu povo. Um prefeito ou vereador, por exemplo, não pode ser eleito para representar uma cidade ou bairro que não gostaria de morar.
9- Os Deveres Civis

“Todo aquele que não observar a lei do teu Deus e a lei do rei...” Ed 7.26
“Observa o mandamento do rei...” Ec 8.2
“Não amaldiçoarás o príncipe do teu povo.” Ex 22.28
“Não amaldiçoes o rei.” Ec 10.20
“A autoridade é ministro de Deus para teu bem... a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.” Rm 13.4,7
“Tratai a todos com honra, amai aos irmãos, temei a Deus, honrai ao rei.”  1Pe 2.17
Os deveres civis de todo cidadão devem ser cumpridos para o bem da sociedade. Quando o povo respeita às autoridades e principalmente abençoa seus governantes, a paz reina sobre a terra. Não adianta querer que o governo seja honesto se o povo não o for.
Muito mais do que sobre governo ou política, a Bíblia nos ensina muito sobre cidadania e justiça.
Alguns conselhos para escolher um candidato:
            -procure saber sobre sua história de vida;
            -suas propostas para a sociedade;
            -pergunte se entende qual a função do cargo que se candidata;
            -procure saber seus princípios morais e religiosos;
            -veja se é uma pessoa de família;
            -descubra com quem esta pessoa tem alianças políticas;
            -qual o parecer sobre assuntos polêmicos como aborto e homossexualismo;
            -a filosofia do partido do candidato;

O que não fazer nas eleições:
            -não vote em branco ou nulo;
            -não troque favores ou venda seu voto;
            -não faça escolha baseado em amizade ou família apenas;
            -nunca se comprometa com o que não pode garantir;

Lembre-se que você está representando seu povo e decidindo o futuro de nossa terra.
Vamos orar e escolher conscientemente!



Entretanto, os filhos de Samuel não seguiram o seu exemplo. Ao contrário, deixaram-se seduzir e orientar-se pela ganância, aceitaram suborno e perverteram a lei e o direito.

Os dois filhos de Samuel não agiram bem, pois se inclinaram à avareza, aceitaram presentes e perverteram o juízo.



VI. É Bíblico a Troca de Presentes?

  Para algumas pessoas este é o ponto mais importante das comemorações de Natal: a época de comprar presentes. A respeito muitos dirão que até na Bíblia está escrito que Jesus Cristo, ao nascer, recebeu presentes dos reis magos.
  A verdade é que o costume de trocar presentes com parentes e amigos durante a época natalina, não tem absolutamente nada a ver com o cristianismo. Ainda que nos pareça estranho, ele não celebra o nascimento de Jesus, nem o honra.
  Suponha que uma pessoa que você ama esteja aniversariando. Você compraria presentes para os demais amigos, omitindo a pessoa a quem deveria honrar? Não parece absurdo deste ponto de vista?
  Contudo, isto é precisamente o que as pessoas fazem em todo o mundo: observam o dia em que Cristo nasceu, gastam muito dinheiro em presentes para parentes e amigos. Porém - anos de experiência nos ensinam que - os cristãos confessos se esquecem de dar algo a Cristo e Sua obra no mês de dezembro, mês em que mais sofre a obra de Deus.
  Aparentemente as pessoas estão tão ocupadas trocando presentes natalinos, que não se lembram de Cristo. Depois, durante janeiro e fevereiro tentam recuperar tudo o que gastaram no Natal, sendo que muitos não voltam à normalidade de suas finanças até março do ano seguinte.
  A Bíblia diz, em Mateus 2:1-11, sobre os presentes que os reis magos levaram para Jesus: Quando Jesus nasceu em Belém da Judéia na época do rei Herodes, vieram uns magos do oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está o rei dos judeus que é nascido? ... E, ao entrarem na casa viram o menino com sua mãe Maria e prostrando-se o adoraram; e abrindo seus tesouros ofereceram-lhe presentes...
  Notemos que os magos perguntaram pelo menino Jesus nascido rei dos judeus. Porém, por que lhe levaram presentes? Por ser o dia do seu nascimento? De maneira nenhuma! Pois eles chegaram vários dias depois do nascimento. Então eles fizeram para dar-nos o exemplo? Não. Eles não trocaram presentes com seus amigos e familiares; apenas presentearam a Cristo!
  Por que? Adam Clarke, comentarista bíblico, diz que no oriente não se costuma chegar na presença de reis ou pessoas importantes com as mãos vazias. Este costume é retratado com frequência no Velho Testamento, e ainda hoje persiste no Oriente e em algumas ilhas do Pacífico Sul.
  Aí está! Os reis magos procederam de acordo com um antigo costume oriental. Eles foram pessoalmente à presença do rei dos judeus. Portanto, levaram oferendas da mesma maneira que a rainha de Sabá levou a Salomão e assim como levam aqueles que hoje visitam chefes de estado.
  O ato de trocar presentes nada tem a ver com o Natal. É apenas a continuação de um costume pagão.




VII. O resumo bíblico sobre: Corrupção, suborno e presente.

  Algo como dinheiro ou um favor, oferecido ou dado a uma pessoa em uma posição de destaque, para influenciar de forma desonesta o seu ponto de vista ou a sua conduta. Na Bíblia o Senhor despreza a corrupção de líderes religiosos e políticos, que usem de maneiras desonestas, para ganho monetário ou político.

1. A Bíblia proíbe expressamente a entrega ou aceitação de subornos ou 'ofertas':
Êxodo 32:8 Também suborno não aceitarás, pois o suborno cega os que têm vista, e perverte as palavras dos justos.
Provérbios 29: 4 Pela justiça o rei estabelece a terra, mas o amigo de subornos a transtorna.
Eclesiastes 7:7 Verdadeiramente a opressão faz endoidecer até o sábio, e o suborno corrompe o coração.

2. Tanto o dar, como o receber subornos são geralmente motivados pelo egoísmo e pelo próprio interesse:
Provérbios 17: 23 O ímpio aceita o suborno em segredo, para perverter as veredas da justiça.
22: 16  O que oprime ao pobre para aumentar o seu lucro, ou o que dá ao rico, certamente empobrecerá.
Isaías 1: 23 Os teus príncipes são rebeldes, companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno, e corre atrás de presentes. Não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas.
Ezequiel 13: 19 Vós me profanastes entre o meu povo, por punhados de cevada, e por pedaços de pão, para matardes as almas que não haviam de morrer, e para guardardes vivas as almas que não haviam de viver, mentindo assim ao meu povo que escuta mentiras.
Miquéias 7: 3 As suas mãos fazem diligentemente o mal; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, e o grande fala da corrupção da sua alma, e assim todos eles são perturbadores.

3. Exemplos bíblicos de pessoas que aceitaram subornos de pessoas imorais:
Números 22:14-22a  [Balaque tentou subornar Balaão para amaldiçoar os filhos de Israel.]

 14Levantaram-se os príncipes dos moabitas, voltaram a Balaque, e lhe disseram: Balaão recusou-se a vir conosco.

15 Balaque tornou a enviar outros príncipes, em maior número e mais honrados que os primeiros.

16 Chegando a Balaão, disseram-lhe: Assim diz Balaque, filho de Zipor: Rogo-te que não te demores em vir a mim,

17 porque grandemente te honrarei, e farei tudo o que me disseres. Portanto vem, rogo-te, e amaldiçoa por mim este povo.

18 Respondeu Balaão aos servos de Balaque: Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia desobedecer à ordem do Senhor meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande.

19 Agora rogo-vos que também aqui fiqueis esta noite, para que eu saiba o que o Senhor me dirá ainda.

20 Veio o Senhor a Balaão, de noite, e disse-lhe: Visto que aqueles homens te vieram chamar, levanta-te, e vai com eles, mas farás somente o que eu te disser.

21 Então Balaão se levantou de manhã, selou a sua jumenta, e partiu com os príncipes de Moabe.

22 Mas a ira de Deus se acendeu quando ele se foi.
Juízes 16:5 Os príncipes dos filisteus subiram a ela [Dalila], e lhe disseram: Persuade-o [Sansão], e vê em que consiste a sua grande força, e com que poderíamos dominá-lo e amarrá-lo, para assim o subjugarmos. Cada um de nós te dará mil e cem moedas de prata.

1.Samuel 8: 1 Tendo Samuel envelhecido, constituiu a seus filhos por juízes sobre Israel.

2 O seu primogênito chamava-se Joel e o segundo Abias, e foram juízes em Berseba.

3 Porém seus filhos não andaram nos caminhos dele, antes se inclinaram à avareza, aceitaram subornos e perverteram o juízo.

Ester 3: 9 [Hamã subornbou o rei Assuero para destruir os judeus:]Se agradar ao rei, decrete-se que sejam mortos, e eu porei nos tesouros do rei dez mil talentos de prata para os homens que executarem este negócio.
Mateus 28:12-15  [Os judeus subornaram os soldados que guardaram a tumba de Jesus para que eles ajudassem a espalhar suas mentiras:]

12 Reunindo-se eles com os anciãos, deliberaram dar muito dinheiro aos soldados, recomendando:

13 Dizei que vieram de noite os seus discípulos e, enquanto dormíeis, o furtaram.

14 Caso isto chegue aos ouvidos do governador, nós o persuadiremos, e vos poremos em segurança.

15 Eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. E espalhou-se esta história entre os judeus, até o dia de hoje.
Marco 14: 10 Então Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais sacerdotes, para lhes entregar Jesus.

11 Eles, ouvindo-o, alegraram-se e lhe prometeram dinheiro. De modo que ele procurava uma oportunidade para o entregar.
Atos 24:26  [O governador Felix esperava um suborno de Paulo:]

Esperava ao mesmo tempo que Paulo lhe desse dinheiro, para que o soltasse, pelo que também muitas vezes o mandava chamar, e falava com ele.

4. Os ganhos provenientes de suborno são insignificantes em comparação com o que custam, em termos dos julgamentos de Deus:
Jó 15: 34 Pois o ajuntamento dos hipócritas se fará estéril, e o fogo consumirá as tendas do suborno.
Provérbios 15: 27 O que se dá à cobiça perturba a sua própria casa, mas o que odeia o suborno viverá.
Provérbios 29:4 Pela justiça o rei estabelece a terra, mas o amigo de subornos a transtorna.
Isaías 5:22a Ai dos que são poderosos para beber vinho, 23 que justificam o ímpio por suborno, e ao justo negam justiça.
Amós 2:6 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Israel, e por quatro, não retirarei o castigo, porque vendem o justo por dinheiro, e o necessitado por um par de sandálias.
Amós 5: 11 Portanto, visto que pisais o pobre, e dele exigis tributo de trigo, edificareis casas de pedras lavradas, mas nelas não habitareis; vinhas desejaveis plantareis, mas não bebereis do seu vinho.
12 Porque sei que são muitas as vossas transgressões, e enormes os vossos pecados. Afligis o justo, tomais suborno, e rejeitais os necessitados na porta.

5.  Deus prometeu abençoar àqueles que mantêm a sua integridade ao não dar nem receber subornos:
1 Samuel 12:3  [Samuel julgava Israel honestamente e nunca aceitou um suborno:] Aqui estou. Testificai contra mim perante o Senhor, e perante o seu ungido: De quem tomei o boi? De quem tomei o jumento? A quem defraudei? A quem oprimi? Das mãos de quem recebi suborno para encobrir com ele os meus olhos? Se fiz alguma dessas coisas, eu a restituirei.
Salmo 26:9 Não colhas a minha alma com a dos pecadores, nem a minha vida com a dos homens sanguinarios,
10 em cujas mãos há malefício, e cuja destra está cheia de subornos.
11 Mas eu ando na minha integridade; livra-me, e tem compaixão de mim.
Provérbios 15: 27  O que se dá à cobiça perturba a sua própria casa, mas o que odeia o suborno viverá.
Isaías 33: 15  O que anda em justiça, e o que fala com retidão, que arremessa para longe de si o ganho de opressões, e que sacode das suas mãos todo suborno, que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de sangue, e fecha os olhos para não ver o mal;
16 este habitará nas alturas, e as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio. O seu pão lhe será dado, e as suas águas serão certas.

6. Há momentos em que dar um presente ou donativo é aceitável, como um gesto de bondade ou de reconciliação, mas não para corromper um julgamento:
Gênesis 32:11-21 ;  33:8-11  [Jacó insiste em dar um grande presente para ajudar a reconciliar com seu irmão Esaú. Jacó ora:]
11 Livra-me peço-te, das mãos de meu irmão, das mãos de Esaú, pois eu o temo, para que não venha ele matar-me, e a mãe com os filhos.
12 Mas tu disseste: Certamente te farei bem, e farei a tua descendência como a areia do mar, que, pela multidão, não se pode contar.
13 Ele passou ali aquela noite, e tomou, do que tinha, um presente para seu irmão Esaú:
14 duzentas cabras e vinte bodes, duzentas ovelhas e vinte carneiros,
15 trinta camelas de leite com suas crias, quarenta vacas e dez touros, vinte jumentas e dez jumentinhos.


VIII. A proliferação da corrupção dos últimos dias profetizada na Bíblia e como combatê-la


O Apóstolo  Paulo retorna ao seu tema muitas vezes reiterado , os hereges, e como o cristão ideal deve encará-lo e tratar com eles. Esse tema é o mais enfatizado nas “epístolas pastorais”. Cl 2:18, 1 Tm 1:5-7, 6:3-12, 2 Tm 1:13-14, 2:3-5, 2:19-22.
A seção que ora se inicia foi escrita a fim de avisar aos cristãos que, ao invés de irem melhorando, as coisas vão se agravando cada vez mais. Até mesmo os cristãos professos, se voltarão para os prazeres, como ser isso fosse o seu deus; e do seio da própria igreja cristã surgirão horrendas heresias e uma vida caracterizada pela impiedade. Ora, em face de tudo isso, o que irá crescendo em intensidade, à proporção em que se for avizinhado a segunda vinda de Cristo, o bom ministro deverá permanecer fiel, seguindo o padrão e o seu exemplo dados pelo apóstolo dos gentios; e é assim que ele não cairá vítima do julgamento que, inevitavelmente sobrevirá a todos aqueles que perverterem a fé cristã e a si mesmos.

 NOS ÚLTIMOS DIAS SOBREVIRÃO TEMPOS PENOSOS

“Sabe, as coisas já estão ruins agora, quando temos que enfrentar heresias; mas ninguém pense que as coisas se tornarão mais fáceis. Antes, tempos piores haverão de vir, sendo desde agora prefigurados na presente crise.” Um dos métodos comuns do ensino de Paulo era chamar a atenção de seus leitores para algum ponto importante, ou lembrando-os acerca do acontecimento que já tinha, ou exortando-os a darem atenção a algo novo, que deveriam saber.
“... sobrevirão tempos difíceis...” Notemos aqui o tempo futuro do verso. O autor sagrado descreveria a sua própria época, mas de acordo o ponto de vista de Paulo, era algo que será no futuro. Além disso, porém aqui há um genuíno elemento profético. A heresia do gnosticismo era suave e insignificante, quando contrastada com as heresias futuras, que surgirão imediatamente antes da segunda vinda de Cristo. Então haverá uma apostasia de proporções gigantescas (Ver 2 Tessalonicenses 2:3).
Apocalipse 13 descreve-a com detalhes. O próprio satanás será adorado, por intermédio do anticristo. Portanto, “no fim” as coisas serão “piores”, que é o sabor apocalíptico de várias passagens do Novo Testamento. O trecho de Ap 6-19 nos dá, essencialmente, a descrição das condições que haverá naqueles tempos; e o “pequeno apocalipse” de Mateus 24, bem como Marcos 13 também descreve esse período futuro.
“... tempos difíceis...” No grego temos o adjetivo “chapelos”, que significa “difícil”, “árduo”, dando a entender um período de “tensão”, de “maldade”. Aqueles tempos serão difíceis por causa das condições existentes no seio da igreja, produzidas pela apostasia, mas também por causa da grande tribulação que atingirá em cheio os crentes. (Ap 7:13-17). Aqueles dias futuros também serão “difíceis” para os cristãos. Mas isso é algo apenas implícito (que está subentendido, nas entrelinhas). Serão tempos “difíceis” para a igreja em geral. Notemos que este versículo favorece a idéia que a igreja passará por esse tempo, e não será levada do mesmo. (1 Ts 4:13-18). Naturalmente, alguém poderia argumentar que a “apostasia” precederá à tribulação, o que daria margem a que a igreja continuasse Ana terra durante a apostasia, mas que seria arrebatada antes da grande tribulação. Respondemos, porém, que a real apostasia não se verificará antes da grande tribulação (ainda que antes da tribulação também haverá severo desvio), e sim, “dentro” da tribulação, conforme se vê na sua descrição cronológica, no capítulo 13 de Apocalipse. Em Ts 2 também se verifica que a grande apostasia precederá imediatamente à “parousia” ou segunda vinda de Cristo.


OS HOMENS SERÃO...

“... egoístas...” No grego é “philautos”, que literalmente poderia ser traduzido como “amantes de si mesmo”. O fato que devemos “amar ao próximo como a nós mesmos” mostra-nos que o amor-próprio é natural, algo perfeitamente esperado. Mas, é quando amamos a nós mesmos, com exclusão do próximo, que teremos cometido o mal aqui condenado.
“... avarentos...” No grego é “philargurus”, que literalmente significa “amantes da prata”, isto é“amantes do dinheiro”. O “amor ao dinheiro” é uma forma de avareza, a qual, por sua vez, é uma forma de idolatria. (Ver Tm 6:10 quanto “dinheiro” como raiz de todos os males).
Os pequenos deuses. Até mesmo que não fazem e nem servem a ídolos de madeira, de pedra ou metal, têm os seus deuses, que são eles mesmos ou certas coisas. O indivíduo egoísta faz do seu próprio “eu” um deus. E o cobiçoso tem como seu deus o dinheiro, às possessões materiais. Há também aqueles cujo deus são os prazeres carnais (ver versículos 4 e 5). O amor ao próprio “eu” e o amor ao dinheiro servem de substituições ao amor a Deus, fazendo do próprio “eu” o centro do universo; e isso é idolatria.
“... jactanciosos...” No grego é “alazon”, que significa “presunçoso”, “arrogante”. Sua raiz é “ale”, que quer dizer “perambulação”. Era palavra usada para indicar a atitude mental enlouquecida ou distraída. Os “vagabundos” geralmente eram indivíduos de vil caráter, fingidos, impostores; e assim a forma verbal dessa palavra veio a indicar “ os fingidos”, “os enganadores”; e em sua forma nominal, veio a indicar os “jactanciosos”, que proferiam coisas altissonantes sobre eles mesmos, mas que tudo era apenas pretensão.
“... arrogantes...” No grego temos o termo “uperephanos”, que significa “altivo”, “orgulhoso”. Na literatura bíblica tal palavra é usada somente em mal sentido, ainda que nos escritos clássicos algumas vezes figurasse com o sentido de “magnificente”, “nobre”. Sua forma verbal significa “brilhar mais que algo”, “mostrar-se conspícuo (evidente)”. Aqueles homens, pois, serão conspícuos através do louvor próprio, desconsiderando a outros que, supostamente, seriam menos importantes do que eles mesmos.(Tg 4:6).
“... blasfemadores...” No grego é empregado o termo “blasphemos”, aquele que profere palavras abusivas e degradantes. Sua forma verbal pode significar “falar com profanação, como quem degrada algum objeto sagrado”. No presente contexto, não há o que duvidar que devamos pensar nessa significação. Os gnósticos diminuíram a pessoa de Cristo e a doutrina de Cristo, a fim de exporem suas doutrinas; por conseguinte, eram indivíduos blasfemos, mesmo que assim não tencionassem ser.
“... desobedientes aos pais...” A falta de obediência aos pais além de desconsiderar a sua autoridade, é própria do “paganismo”; mas igualmente caracteriza aqueles que repelem a autoridade de Deus na “apostasia”. (Ef 6:1 vemos acerca da ordem dada aos filhos para que obedeçam a seus pais).
“... ingratos...” No grego é “acharista”, “sem gratidão”, forma antônima de “charidzomai”, “ser grato”, “ser agradecido”. Esse pecado também é atribuído aos pagãos, em Rm 1:21. A apostasia, portanto, será o levantamento do espírito pagão mais depravado, que não terá respeito por qualquer objeto sagrado, e que se mostrará totalmente deletério em seus intuitos e em sua atuação.
“... irreverentes...” No grego é “anosios”, que quer dizer “sem santidade”, ou seja, “iníquo”, sem restrição na maldade praticada. Temos aqui a forma contrária de “osios”, que significa “sancionado”, “aprovado”.


Vivemos tempos difíceis, por isso, precisamos nos voltar para a Palavra de Deus. Ela é um guia seguro para conduzir o crente neste mundo de trevas espirituais. A Igreja do Senhor Jesus é formada de pessoas que são "sal de da terra" e "luz do mundo". Portanto, Deus. - sejamos exemplo para esta sociedade pós-moderna.