Por: Jânio Santos de Oliveira
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
O Espírito Santo é muito importante na vida do cristão, pois Ele é o único que pode nos ensinar como deve ser nosso proceder diante do Senhor. Em Lucas 12.12 está escrito “Porque o Espírito Santo vos ensinará, naquela mesma hora, as coisas que deveis dizer.”. O Espírito Santo está disposto a nos ensinar, se estivermos dispostos a aprender! Para isso, precisamos estudar a Palavra de Deus, onde, a partir de então, o Espírito Santo trará as verdades de Deus às nossas mentes, ajudando-nos a apresentá-las aos outros de maneira eficaz. O Espírito Santo é um grande ajudador na hora da evangelização, pois somente Ele pode convencer o pecador do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8).
I. A atuação do Espírito Santo a partir do Pentecostes
A Palavra de Deus alerta, em Romanos 1.23-26, quanto a mudanças indevidas e seus resultados funestos para a igreja. Daniel menciona “mudanças” como uma das características do tempo do Anticristo. Essas mudanças são muitas e injustificáveis, como a teologia da libertação, o culto da prosperidade, além de um elevado número de fatos e eventos registrados na Bíblia transformados em doutrina pelos falsos mestres.
Em 2 Coríntios 4.2, lemos sobre o perigo da falsificação da Palavra de Deus e o que devemos fazer para não sermos enganados: “antes, rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade”. H á um padrão bíblico para a igreja (2T m 1.13; Hb 8.5). E os que a edificam devem atentar para o que está escrito em I Coríntios 3.10: “Segundo a graça de Deus que foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele”, pois a obra de cada um se manifestará (v. 13). Cuidado, os edificadores da igreja; os que fazem discípulos para o Senhor (Mt 28.19).
Existem quatorze palavras-chaves ou frases, em Atos 2, que marcaram o primeiro Pentecostes, indicando fatos que devem acompanhar a verdadeira ação do Espírito Santo através dos tempos:
- “Pentecostes” (v.I);
- “todos” (vv. 1,4,17,21,39,43,44);
- “reunidos” (v.I);
- “céu” (v.2);
- “som” (v.2);
- “vento” (v.2);
- “casa” (v.2);
- “línguas” (v.3);
- “fogo” (v.3);
- “cheios” (v.4);
- “nações” (v.5);
- “zombaria” (v. 13);
- “Pedro” (v. 14); e
- “Palavra de Deus” (vv. 16-36).
Meditemos, pois, nessas palavras, tendo em mente o contexto do primeiro derramamento pentecostal, e comparemos isso com o que ora ocorre em nosso meio. O significado de Pentecostes. Em Levítico 23, Deus estabeleceu sete festas sagradas para Israel observar, as quais prefiguravam, de antemão, todo o curso da história da igreja. Essas festas sagradas falam também do caráter alegre que caracterizaria a igreja, pois festa pressupõe alegria. E Jesus sempre foi um homem alegre, apesar de viver à sombra da horrenda cruz! Das sete festas sagradas de Israel, a quarta era a de Pentecostes (Lv 23.15,16), também chamada de Festa das Semanas (Dt 16.10) e Festa das Colheitas (Ex 23.16). A Festa de Pentecostes ocorria no terceiro mês, Sivã, e durava um dia dia 6 de Sivã, mês que corresponde mais ou menos ao nosso junho. A Festa de Pentecostes era precedida de três outras festas conjuntas: Páscoa: 14 de Abibe (um dia); Pães Asmos: de 15 a 22 de Abibe (sete dias); Primícias: 16 de Abibe (um dia). As três levavam oito dias e eram celebradas no mês de Abibe, o primeiro do calendário sagrado de Israel. O primeiro mês do calendário civil eraTisri, que corresponde mais ou menos ao nosso outubro. Três outras festas seguiam o Pentecostes: Trombetas: em I o de Tisri (um dia); Tisri era o início do ano civil de Israel; Expiação: em 10 deTisri (um dia), “o grande dia da Expiação”; eTabernáculos: de 15 a 21 de Tisri (sete dias). Essas três últimas festas eram todas celebradas num mesmo mês (Tisri). Pneumatologia — a Doutrina do Espírito Santo 181 Pentecostes era a festa central das sete que o Senhor determinou para Israel observar, conforme Levítico 23. Ou seja, eram realizadas três festas antes de Pentecostes, e três, depots (3 + 1 + 3 ). Isso fala da importância do batismo com o Espírito Santo para a igreja, e do equilíbrio espiritual que resulta dele. Ninguém sabe, ao certo, o dia do Natal de Cristo, nem o da sua morte, porém todos sabem o dia da sua ressurreição (primeiro dia da semana), bem como o dia de Pentecostes (quinquagésimo dia após as Primícias). Depois das Primicias, contavam-se sete semanas, vindo a seguir o dia de Pentecostes (7x7 semanas+I dia=50 dias). Há, pois, uma profecia típica na Festa de Pentecostes, que falava da ressurreição de Cristo (Lv 23.15; I Co 15.20). Isso mostra também que sem Páscoa isto é, o Cordeiro de Deus morto e ressurreto não teríamos Pentecostes! Mas faz-se necessário explicar a profecia típica da Festa de Pentecostes.
Na festa das Primícias era movido perante o Senhor um molho (um feixe) de espigas de trigo (Lv 23.10,11). Na Festa de Pentecostes eram movidos perante o Senhor dois pães de trigo (Lv 23.15-17). Isso falava da igreja, que seria composta de judeus e gentios formando um só corpo, o Corpo de Cristo (Ef 2.14; Jo 11.52). Quanto ao feixe de espigas, isso fala de união, mas os pães vão além: representam unidade (Ef 4.3). Num a espiga, como é fácil verificar, os grãos estão presos a ela, mas distintos uns dos outros. Comparemos o trigo de Josué 5.10-12 com o de João 12.24. Num feixe de espigas, os grãos estão simplesmente presos à espiga, mas distintos uns dos outros. Num pão é diferente: o trigo é o mesmo, enquanto os grãos passaram por um multiforme processo, formando agora um todo um corpo único. O derramamento pentecostal fez isso na formação da igreja, conforme lemos em Atos 2, e quer continuar fazendo o mesmo hoje. Todos reunidos. As palavras “todo ” e “todos” aparecem diversas vezes em Atos, especialmente no capítulo 2 (vv. 1,4,17,21,39,43,44). Como o vocábulo “todos” é inclusivo, todos os salvos são candidatos ao batismo com o Espírito Santo. Observe, contudo, que a salvação não é o batismo com o Espírito Santo; este deve seguir-se à salvação. Os discípulos do Senhor, juntamente com as mulheres M aria e outras (At 1.13,14) já eram salvos antes do dia de Pentecostes. A Palavra de Deus elimina qualquer dúvida nesse sentido. Em Atos 2.38,39, fica claro que o batismo com o Espírito Santo é destinado a pessoas salvas, membros do corpo de Cristo.
Retrocedendo um pouco na leitura, vemos a ênfase: “sobre meus servos e minhas servas” (v. 18). E Paulo perguntou aos varões de Éfeso: “Recebestes vós já o Espírito Santo quanto crestes?” (At 19.2), numa demonstração de que o revestimento de poder é subsequente à experiência do novo nascimento. Por isso, Jesus salientou que o mundo não pode receber o Espírito de Deus (Jo 14.17).
Em Atos 2.1, está escrito: “Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar”. Isso mdica não somente união, mas unidade no Espírito Santo ( v.4). Acabaram-se as discordâncias, as contendas, as divergências pessoais em torno das coisas de Deus, e todos estavam ali, juntos, reunidos. Mentalizemos, pois, João, Pedro, Tomé, unidos... Um som vindo do céu.
No dia do prometido derramamento de poder celestial, a Palavra de Deus diz que veio do céu um som como de um vento (At 2.2). O que está ocorrendo atualmente em sua vida, em sua igreja, em seu movimento religioso? Isso tudo vem mesmo do céu? O u vem simplesmente dos homens? (Jr 17.9). Ou vem do astuto Enganador? Ê importante que reflitamos sobre a origem daquilo que sentimos. O verdadeiro revestimento de poder do Espírito vem do Alto (Lc 24.49; At 11.15), mas a Palavra de Deus nos alerta quanto a “outro espírito” (2 Co 11.4 ). Observemos que o Espírito Santo veio primeiramente como um som.
Um som para despertar os dormentes; para acordar do sono espiritual. Um som para alertar de perigo; para avisar. Um som para convocar para o trabalho; para reunir (I Co 14.8). U m som para a igreja louvar a Deus, com “música de Deus” (I Cr 16.42; Cl 3.16). O som que veio do céu era como de um vento. Isto é, não houve vento natural de fato, e sim algo semelhante a seus efeitos sonoros, circundantes e propulsores. O que isso representa?
- 0 vento fala de força impulsora, como nas velas dos barcos, nos moinhos.
- O vento separa a palha do grão (SI 1.4; Mt 3.12); o leve do pesado.
- O vento move e movimenta água, árvores.
- O vento fertiliza, levando o pólen, a vida (Cl 4.16; Jo 3.5,8).
- O vento limpa árvores, campos.
- O vento não tem cor: favoritismo, individualismo, discriminação.
- O vento não pertence a um clima único; é universal.
- O vento move-se continuamente ( Ec 1.6; Gn 1.2).
- O vento não tem cheiro, mas espalha perfume; aqui é importante refletir sobre o papel do Altar do Incenso, no Tabernáculo.( 2 Co 2.14,15).
- O vento, quando se move, é infalivelmente sentido, notado. 11) O vento refresca e suaviza no calor.
- O vento o ar alimenta e vivifica (pulmões, a vida orgânica).
- Em Ezequiel 37.8-10, naquela visão que Deus deu ao profeta sobre um vale de ossos secos, vemos nos corpos: ossos, nervos, carne, pele, mas não vida, até que o Espírito assoprou sobre eles. Aleluia! Há muitos crentes por aí que têm de sobra “ossos, nervos, carne e pele”, porém falta-lhes a vida abundante do Espírito.
- O vento é misterioso (Jo 3.8). Cabe aqui um aviso: devemos ter cuidado com as falsificações, isto é, os ventos nocivos, que não provém do Espírito de Deus (Mt 7.25; Ef 4.14).
A casa ficou cheia. O som como de um vento veemente e impetuoso encheu toda a casa (At 2.2). Aquele primeiro derramamento do Espírito ocorreu numa residência, numa casa de família. Isso leva-nos a refletir sobre o importante papel da família cristã cheia do Espírito Santo, para a igreja. A família, como primeira instituição divina na terra, foi o meio pelo qual Deus iniciou o ciclo da história humana. Foi por meio dela, ainda, que Ele fundou a nação que traria o Messias ao mundo. E, por fim, o Senhor serviu-se de uma família para que dela nascesse o Messias. E devido a grande importância que a família tem para todos e para tudo na face da terra que o Inimigo com todas as suas hostes luta para destruí-la, inclusive dentro da igreja. Mas observemos como Deus cuida da família:
- Em Atos 2.17, vemos que todos os membros da família estão incluídos na promessa pentecostal: “vossos filhos e vossas filhas, vossos jovens e vossos velhos”.
- Antes de julgar o mundo com um dilúvio, Deus proveu salvação para Noé e toda a sua família (Gn 6.18).
- Em Exodo 12.3,4, vemos que o Senhor instruiu cada família a tomar um cordeiro para si. Na noite em que Ele julgou os egípcios, os israelitas foram milagrosamente salvos pelo sangue do cordeiro.
Na expressão “serás salvo tu e tua casa” (At 16.31) vemos a promessa de Deus para os chefes de família. Línguas como que de fogo. O texto de Atos 2.3 mostra que línguas como que de fogo foram repartidas. O verdadeiro Pentecostes tem algo para se ouvir do céu (“veio do céu um som”); para se ver do céu (“foram vistas por eles línguas”); e para repartir, também vindo do céu (“línguas repartidas”). Línguas estranhas seguem-se ao derramamento do Espírito; não o precede “Foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas” (At 2.4). Línguas, no derramamento pentecostal, indicam o evangelho falado, pregado, cantado, comunicado. Porém, são línguas “como que de fogo”, e não língua de flores. Vários dons do Espírito Santo são exercidos através da língua, da fala. Deus usou as línguas estranhas como sinal externo do batismo com o Espírito Santo, para demonstrar sua inteira posse e controle da nossa língua, ao batizar-nos (Tg 3.8).
Mediante a comparação dos textos de Atos 2.4, 10.44-46 e I I. 15, vemos, pela lei da primeira referência, que as línguas estranhas são a evidência física inicial do batismo com o Espírito Santo. As línguas estranhas são apresentadas, também, como um dos dons do Espírito Santo (I Co 12.10,30). Quando comparamos as passagens de Atos 2.17 e 19.6, vemos que os dons espirituais podem ser concedidos por Deus no momento do batismo com o Espírito. Como foi o seu batismo? Como você foi ensinado sobre essas coisas da Bíblia? Essas línguas são “como que de fogo”, isto é, fogo sobrenatural, celestial, e não fogo estranho.
Vejamos a aplicação espiritual desse ״fogo do céu”:
- O fogo alastra-se, comunica-se.
- O fogo purifica. Contra a impureza espiritual, a principal força é o Espírito Santo.
- O fogo ilumina. E o saber; o conhecimento das coisas de Deus. 4)
- O fogo aquece. A igreja é o corpo de Cristo. Todo corpo vivo é quente.
- O fogo, para queimar bem, depende muito da madeira; se é boa ou ruim.
- O fogo tanto estira o ferro duro, como a roupa macia.
- Foi o fogo do céu que fez do Templo de Salomão a Casa de Deus (2 Cr 7.1; I Co 3.16). “Quem nasce sob o fogo não esmorece sob o sol”. Cheios do Espirito Santo.
A caixa dágua, quanto mais cheia e mais alta, mas pressão e peso tem! Observe que, no dia de Pentecostes, não somente os crentes foram cheios, mas também o ambiente: a casa (At 2.2). Os símbolos e figuras manifestos ali falam de poder, como fogo e vento. Cheios do Espírito, usufruímos o poder, a energia e a força, mesmo não sabendo definir plenamente essas gloriosas manifestações do Espírito ( Jo 3.8). As nações.
No dia de Pentecostes, vemos que as nações estavam presentes (At 2.5). Jesus já havia feito a declaração sobre isso, em Atos 1.8. E aqui devemos refletir sobre evangelização e missões (Mc 16.15), obras que devemos fazer impulsionados pelo poder do Espírito Santo. Não há como negar aqui a realidade de que o verdadeiro movimento pentecostal terá de ser um movimento missionário, nacional e mundial! O verdadeiro movimento pentecostal, missionário, ora pelas missões; contribui para as missões; promove as missões! E um movimento que vai ao campo missionário.
A igreja que não evangeliza, muito breve deixará de ser evangélica.
Por isso, devemos encarar com amor e responsabilidade, sob a orientação do Espírito, a obra da evangelização à nossa volta, levando sempre em conta o fenômeno da transculturação relacionado com Missões. A pregação da Palavra de Deus. Diante da manifestação do Espírito de Deus no dia de Pentecostes, muitos zombaram, dizendo: “Estão cheios de mosto” (At 2.13). Esses zombadores não eram pessoas ímpias, e sim religiosas. Hoje não acontece a mesma coisa? H á muitos zombadores e críticos religiosos. A Palavra de Deus afirma que, no último tempo haveria escarnecedores (Jd v. 18). E, quando não aparece um Judas Iscariotes do lado de dentro da igreja, surge um Pilatos do lado de fora, ainda se defendendo (Mt 27.24). Não obstante, devemos continuar a fazer, como Jesus, a obra que Deus nos confiou, pois sempre haverá críticos e zombadores. Pedro, então, cheio do Espírito Santo, pôs-se em pé e, além de dar uma resposta aos zombeteiros, pregou a Palavra de Deus (At 2.14,15).
Reflitamos sobre este homem de Deus. Quem era Pedro antes do Pentecostes? Depois daquele dia em que o poder do Espírito desceu sobre ele, nunca mais foi o mesmo! Daí para a frente ele jamais mudou (I Pe I.I-5 ; 2,4). A teologia modernista, liberalista e especulativa está permeando o mundo. Que, à semelhança de Pedro, coloquemo-nos em pé e, pelo poder do Espírito, respondamos às suas críticas infundadas, pregando o evangelho. Qual foi, então, a resposta de Pedro? Ele disse: “isto é o que foi dito pelo profeta Joel”. Observemos que a primeira pregação da igreja foi pura exposição da Palavra de Deus (At 2.16-36). Nossos ministério e congregação experimentam um abundante e poderoso ministério da Palavra? E a pregação e o ensino pentecostal devem ter “endereço” certo: o coração do ouvinte “E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração” (At 2.37). Há atualmente um esvaziamento da Palavra de Deus no púlpito de inúmeras igrejas. O tempo que deveria ser da Palavra do Senhor é ocupado por música e canto profissionais não o genuíno louvor e atividades sociais, restando alguns minutos para a pregação da Palavra de Deus.
Daí o elevado número de “retardados espirituais” nessas igrejas. Como está a sua igreja, em particular? E preciso vigilância com os chamados hinos especiais duplos e triplos de cantores, conjuntos e corais. Vemos, em Exodo 30.34-38 e 2 Crônicas 29.27, como são necessários equilíbrio e dosagem na adoração a Deus. Considere, aqui, o texto de I Coríntios 14.40 à luz da expressão “porão em ordem”, relacionada com o holocausto ao Senhor (Lv 1.7,8,12).
II. Como o Espírito Santo age na vida do cristão
1. Ele consola o cristão (Jo 14.16,17)
Para se consolar é preciso estar ao lado de alguém. O Espírito Santo nos conforta, nos alivia, nos dá a certeza da vitória. Ele é o nosso consolador.
2. Ele guia o cristão em toda a verdade ( Jo 16.13 )
O homem sem Deus não sabe para onde está indo. Vive perdido neste mundo, em meio às mentiras do inimigo. O cristão sabe em quem ele tem crido. Ele creu em Jesus, que é o autor e consumador da nossa fé. O servo de Deus tem a certeza da presença do Espírito Santo de Deus em sua vida. (Ef 1.13,14). Esse maravilhoso Espírito guia seus servos a toda a verdade. Que maravilha! O cristão sabe para onde está indo. Sabe também que não está na mentira, no engano. Ele está com Jesus! Ele tem O Espírito Santo de Deus em sua vida.
3. Ele nos ensina todas as coisas e nos faz lembrar o que o Senhor nos ensinou (Jo 14.26 )
O cristão tem um professor por excelência! Ele tem O Espírito Santo de Deus que lhe ensina todas as coisas. A vida do servo de Deus é de constante aprendizado. Aprendemos na Palavra e no viver. Aprendemos sempre, e o melhor, aprendemos com a presença viva do Espírito Santo de Deus em nossas vidas. Deus quer o melhor para os Seus filhos. Ele quer que cresçamos na graça e no conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo. O Espírito Santo nos ensina e nos faz também lembrar daquilo que Ele nos ensinou.
4. Ele capacita o crente com o poder, para testemunhar de Cristo (At 1.8)
O cristão está capacitado com o poder dado pelo Espírito Santo para testemunhar de Jesus aos perdidos. Esse poder nos dá coragem de, mesmo diante das dificuldades, não negarmos o nome do Senhor Jesus, mas sim proclamarmos o nome Dele aos perdidos, mesmo em situações difíceis onde a perseguição aos cristãos é grande. Precisamos aproveitar a liberdade que temos em nosso país de falar de Jesus e anunciar o Evangelho de Jesus aos perdidos. Lembremos que o Espírito Santo já nos capacitou.
5. Ele intercede a Deus pelos crentes nas orações (Rm 8.26)
Muitas vezes o cristão passa por momentos que, humanamente, sente-se impossibilitado de falar com Deus. Ele deseja, ele precisa falar com o Senhor, mas não consegue, em razão das dificuldades que está vivendo. Amados, a Bíblia nos afirma que o Espírito Santo intercede a Deus por nós nas orações. O que entendemos é que Ele nos ajuda levando as nossas orações até o Senhor nosso Deus com gemidos inexprimíveis para que sejamos respondidos pelo Senhor.
6. Ele santifica a vida dos crentes (Hb 12.14; Ef 5.18)
O Espírito Santo opera a santificação na vida dos servos de Deus. O texto de Efésios 5.18, nos afirma: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,...” Que maravilha irmãos! À medida que o servo de Deus afasta de sua vida o “vinho”, que representa os desejos da carne, as vontades do homem, naturalmente, esse servo de Deus é cheio pelo Espírito Santo. A santificação é operada e maravilhas acontecem nesta vida.
7. Ele nos dá a certeza de que somos filhos de Deus (Rm 8. 16)
O servo de Deus tem agora a alegria de saber que o Espírito Santo que habita nele também testifica ao seu próprio espírito, trazendo a certeza de que realmente ele é um filho de Deus. É maravilhoso poder descansar nas promessas de Deus.
8. Ele nos dá a certeza da Salvação (Ef 1.13,14)
Muitas pessoas afirmam para os cristãos: “Como você pode dizer que está salvo?” Na verdade não é o cristão quem afirma dele mesmo que está salvo, mas sim a Palavra de Deus. Os versículos citados acima nos mostram essa grande verdade. O Espírito Santo é concedido ao homem no ato da conversão, logo o próprio Espírito se torna o selo, ou seja, a garantia da salvação na vida daquele que aceitou a Jesus como seu único Senhor e Salvador.
9. Ele concede os dons espirituais aos crentes (1 Co 12. 4 – 7)
A igreja é o Corpo do Senhor Jesus. Individualmente, cada cristão é um membro da igreja do Senhor (Rm 12.5). Como organismo vivo de Deus, ela cumpre a sua missão através da participação de cada membro. Para o bom funcionamento e cumprimento do propósito da igreja, o Espírito Santo concede dons espirituais aos crentes, visando o bom desempenho da obra de Deus.
10. Ele manifesta o fruto do Espírito na vida do crente (Gl 5.22,23)
O fruto do Espírito Santo na vida do servo de Deus é a manifestação de atitudes de bênçãos que foram vividas por Jesus, enquanto esteve entre os homens na Terra. Uma vez tendo aceitado a Jesus como Senhor e Salvador, o novo crente agora, produzirá o fruto do Espírito, que é manifestado pelo próprio Espírito Santo na vida do cristão. As atitudes são em número de nove, e são vivenciadas nos relacionamentos. São nove atitudes que representam o fruto do Espírito.
III. Como manter o poder do Espirito.
Há algumas coisas que ocorreram no primeiro Pentecostes que trazem à tona as condições da nossa parte para usufruirmos o verdadeiro poder pentecostal em nossos dias:
- Obediência à vontade do Senhor (Lc 24.49; At 1.12-14). A desobediência é um entrave à operação divina em nossa vida (At 5.32).
- União e unidade entre os crentes (At I .4; 2.1; Ef 4.3). Imaginemos João, Pedro, Tomé e outros, em conjunto com as mulheres, com as suas diferenças, todos reunidos...
- Oração perseverante e unânime (At I.I4 ). Mas, além de valorizarmos tais condições, que possibilitam o usufruto do poder do Espírito, não podemos ignorar a importância de o conservarmos.
Na Lei havia apagador de fogo (Ex 25.38), mas na Graça, não (Mt 12.20; I Ts 5.19)! Nesta última referência, a mensagem para nós é clara: “Não apagueis o Espírito” (ARA), como temos enfatizado ao longo desta obra. A conservação do poder do Espírito Santo vem pela constante renovação espiritual do crente. Em Tito 3.5 está escrito que a regeneração é seguida da renovação ( At 4.8,31; 6.5; 7.55; 11.24; 13.9,52; Rm 12.2; 2 Co 4.16; Ef 4.23; 5.18; Cl 3.10). A vida espiritual renovada também recebe destaque no livro de Salmos (92.10; 103.5; 104.30; 1
19.25,37,40,50,88,93,97,154,156,159). Se não atentarmos para a necessidade da contínua renovação espiritual, corremos o risco de “terminar na carne” (Gl 3.3).
IV Ministrações do Espírito ao crente
Em razão de suas operações dinâmicas (Gn 1.2), o Espírito Santo é mais mencionado no Antigo Testamento como “Espírito”. Já no Novo Testamento, Ele é mais citado como “Espírito Santo”, o que destaca seu principal ministério na igreja: santificar o crente. Essa distinção de oficio do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento é claramente percebida em 2 Coríntios 3.7,8. O versículo 8 assevera: “Como não será de maior glória o ministério do Espírito? ” O novo nascimento pelo Espírito (Jo 3,3-8). O novo nascimento abrange a regeneração e a conversão, que são dois lados de uma só realidade. Enquanto a regeneração enfatiza o nosso interior, a conversão, o nosso exterior. Quem diz ser nascido de novo deve demonstrar isso no seu dia-a-dia. A expressão “de novo” (v.3), de acordo com o texto original, significa “nascer do Alto, de cima, das alturas”. Isto quer dizer que se trata de um nascimento espiritual realizado pelo Espírito Santo. O homem natural, portanto, desconhece esse novo nascimento (vv.4-12; Jo 16.7-11 ;T t 3.5).
A habitação do Espirito no crente (Jo 14.16,17; Rm 8.9).
No Antigo Testamento, o Espírito agia entre o povo de Deus (Ag 2.5; Is 63.1 Ib), mas com o advento de Cristo e por sua mediação, o Espírito habita no crente (Jo 20.21,22). Este privilégio é também reafirmado em I Coríntios 3.16; 6.19; 2 Coríntios 6.16; e Gaiatas 4.6. O testemunho do Espirito de que somos filhos de Deus (Rm 8.15,16). Esse testemunho é uma plena convicção produzida no crente pelo Espírito Santo de que Deus é o nosso Pai celeste (v. 15) e de que somos filhos de Deus: Ό mesmo Espírito testifica... que somos filhos de Deus” (v. 16). E, pois, um testemunho objetivo e subjetivo, da parte do Espírito Santo, concernente a nossa salvação em Cristo.
A atuação do Espirito Santo para a salvação. É a vida de fé (Rm I.17), “pelo Espírito” (G1 5.5). Tal fé, segundo Atos 11.24, procede do Espírito, a fim de que o crente permaneça fiel por meio da manifestação do fruto do Espírito (Gl 5.22b). Uma coisa decorre da outra. Os heróis de Hebreus 11 venceram “pela fé”, porque o Espírito a supria (2 Co 4.13; Hb 10.38). A santificação posicionai do crente. A santificação sob este aspecto é perfeita e completa “em Cristo”, mediante a fé. Ela ocorre por ocasião do novo nascimento (I Co 1.2; Hb 10.10; Cl 2.10; I Jo 4.17; Fp I.I), sendo simultânea com a justificação “em Cristo” (I Co 6.11; G1 2.17a). O batismo “do”ou “pelo”Espírito Santo (I Co 12.13; G13.27; Rm 6.3). Este batismo “do” ou “pelo” Espírito é algo tão real, apesar de ser espiritual, que a Bíblia o denomina como “batismo”. Em todo batismo, é evidente, há três pontos inerentes: um batizador; um batizando; e um meio em que o candidato é imerso. O batismo “com” ou “no”Espírito Santo (At 1.4, 5, 8; 2.1-4; 10.44-46; 11.16; 19.2-6). A evidência física desse glorioso batismo são as línguas sobrenaturais faladas pelo crente conforme o Espírito concede. È uma ministração de poder do Alto pelo Espírito, provida pelo Pai, mediante o Senhor Jesus (Jo 14.26; At 2.32,33). Como esse assunto merece um tópico à parte, o analisaremos abaixo.
No batismo pelo Espírito Santo, o batizador é o Espírito de Deus (I Co 12.13); o batizando é o novo convertido; e o elemento em que o recém-convertido é imerso, a Igreja, como corpo místico de Cristo (I Co 12.27; E f 1.22, 23). Portanto, o Espírito Santo realiza esse batismo espiritual no momento da nossa conversão, inserindo o crente na Igreja (M t 16.18). Logo, todos os salvos são batizados “pelo” Espírito Santo para pertencerem ao corpo de Cristo — a Igreja, mas nem todos são batizados “com” ou “no” Espírito. A santificação progressiva do crente (I Pe 1.15,16; 2 Co 7.1; 3.17,18). Essa verdade é declarada no texto original de Hebreus 10.10,14.
No versículo 10, a ênfase recai sobre o estado ou a posição do crente — santo: “Temos sido santificados”. O versículo 14, no entanto, não só reafirma o estado anterior, “santo”, como declara o processo contínuo de santificação em nosso viver aqui e agora proveniente de tal posição: “sendo santificados”. A oração no Espirito (Rm 8.26, 27; Ef 6.18; Jd v.20; Zc 12.10; I Co 14.14, 15). Esta ministração do Espírito no crente, capacita-o a orar, inclusive a interceder por outros. Logo, só podemos orar de modo eficaz se formos assistidos e vivificados pelo Espírito Santo. A “oração no Espírito” de que trata Judas, no versículo 20, refere-se a essa capacidade concedida pelo Espírito. O Espirito Santo como selo e penhor (2 Co 1.22; Ef I.I3, 14; 4.30; 2 Co 5.5). Devemos observar que, nos tempos bíblicos, o selo era usado para designar a posse de uma pessoa sobre algum objeto ou coisa por ela selada. Por conseguinte, indicava propriedade particular, segurança e garantia. Este selo, portanto, não é o batismo com o Espírito Santo, mas a habitação do Espírito no crente, como prova de que o mesmo é propriedade particular de Deus. Juntamente com o selo é mencionado o “penhor da nossa herança” (Ef I.I4). De modo semelhante ao selo, o penhor era o primeiro pagamento efetuado na aquisição de uma propriedade. Mediante esse “depósito”, a pessoa assegurava o objeto como sua propriedade exclusiva. Assim, o Senhor deu-nos o Espírito Santo, como garantia de que somos sua propriedade exclusiva e intransferível. O Senhor Jesus “investiu” em nós imensuráveis riquezas do Espírito como penhor ou garantia de que muito em breve Ele virá para levar para Si sua propriedade peculiar, a Igreja de Deus (T t 2.14). A unção do Espírito para o serviço. Jesus, nosso exemplo, foi ungido com o Espírito Santo para servir (At 10.38; Lc 4.18,19). Assim também a igreja recebeu a unção coletiva do Espírito (2 Co 1.21,22), mas alguns de seus membros são individualmente ungidos para ministérios específicos, segundo os propósitos de Deus.
Vejamos a unção do Espírito sobre o crente, conforme I João 2.20,27.
- “Tendes a unção do Santo”. Esta unção santifica e separa o crente para o serviço de Deus.
- “E sabeis tudo”. Também proporciona conhecimento das coisas de Deus em geral.
- “Fica em vós” (v.27). Ê permanente no crente.
- “Unção que vos ensina todas as coisas” (v.27).
- E didática, pois possibilita ensino contínuo das coisas de Deus.
- “E verdadeira” (v.27).
Não falha, pois procede da verdade, que é Deus.
1) “E não é mentira” (v.27). É sem dolo; sem falsidade.
É possível que houvesse entre certos líderes daqueles dias uma falsa unção, que imitava a verdadeira.
Na conclusão de 2 Coríntios 3, prorrompe jubiloso o sacro escritor, a respeito da glória do ministério do Espírito: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (v. 18). Todas essas maravilhosas ministrações e dádivas do Espírito Santo, dispensadas aos filhos de Deus (2 Co 3.8), são necessárias para fazermos a obra do Senhor no poder do Espírito, a fim de que muitas almas sejam salvas.
V. A cooperação do Espírito na obra missionária
Ao aceitar o convite divino para a maravilhosa salvação em Cristo (Mt 11.28; Tt 3.5), recebemos a bendita tarefa de anunciar as virtudes do Senhor Jesus Cristo, que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (I Pe 2.9). Ele nos confiou “a palavra desta salvação” (At 13.26). Mas, para termos êxito nessa Grande Comissão do Senhor, conforme Marcos 16.15, precisamos da capacitação do Espírito Santo (Jo 14.17; Mc 16.20; 2 Co 3.5), pois é Ele quem nos unge para evangelizar (2 Co 1.21) e convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11). A Grande Comissão. A Grande Comissão de Jesus à sua igreja abrange a evangelização à nossa volta e a obra missionária (M t 28.19; Mc 16.15). Jesus derramou do poder do Espírito sobre os seus servos, no dia de Pentecostes (At 2.17), para que se tornassem suas testemunhas tanto na cidade onde estavam como em outras, até à extremidade da terra (At 1.8). A urgência da evangelização. Evangelizar significa “anunciar as boas novas” (Hb 4.2; Rm 10.15). E isto é uma obrigação de cada salvo: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (I Co 9.16). Nos últimos momentos entre os seus discípulos, Jesus enfatizou o dever de cada crente proclamar o Evangelho no poder do Espírito (At 1.6-8; Lc 24.47-49). Não nos esqueçamos de que a evangelização deve ser pessoal, isto é, pessoaa-pessoa, e igualmente em massa, como em tantos casos relatados no Novo Testamento (At 8.6, 26-35). Esse assunto é muito urgente! Quem passa desta vida para a outra sem Jesus está perdido para sempre. Portanto, embora o número de evangélicos brasileiros seja expressivo algo em torno de 20% da população, a maioria não se preocupa com a evangelização. Sabemos também que o principal movimento pentecostal do mundo está em nosso país. Por isso, “não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20). O Brasil é hoje o país com mais espíritas no mundo, e o primeiro colocado, na América Latina, em prostituição infantil. Além disso, temos aqui milhares de alcoólatras e viciados em outras drogas, bem como um número expressivo de menores abandonados. Estes e outros dados alarmantes devem nos despertar para a urgência da evangelização. Deus conta conosco. O Pai estabeleceu o plano de salvação (Ap 22.17; G1 4.4,5; Ef 2.8,9), o Filho pôs o plano em execução (Jo 17.4; 19.30), e o Consolador convence os pecadores e os converte, realizando o milagre do novo nascimento (Jo 16.8-11; 3.5). Deus quer usar aqueles a quem Ele salvou para a salvação da humanidade: a família; a vizinhança; os estrangeiros; os ricos e pobres; etc. Ele quer salvar a todos (I Tm 2.4). A urgência da obra missionária. Esta envolve a transculturação (I Co 9.20- 22; Cl 3.11), haja vista os diversos costumes e cultura dos povos do mundo, que influenciam na implantação, na formação e na preservação de igrejas autóctones. Nem todo crente pode ir para o campo missionário, mas todos podem interceder em oração, contribuir financeiramente, e ajudar de muitas outras maneiras (Rm 10.8-17). “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. “E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais” (At 2.47b; 5.14). Depois da plena evangelização de Jerusalém (At 5.28), o Senhor permitiu uma perseguição e dispersão dos crentes, que levaram as boas novas a Samaria, Judéia e outras regiões daquele país (At 8.1-5; 9.31; I I . 19-24). Não demorou muito para que o mundo conhecido ouvisse o Evangelho, graças à ação do Espírito naqueles crentes fervorosos, cheios de graça e de poder (Rm 10.18; 15.19; Cl 1.6,23). O desafio principal da igreja. O mundo de hoje conta com mais de seis bilhões de habitantes. Destes, cerca de dois bilhões nunca ouviram a mensagem de salvação! O número de evangélicos em todo o mundo não chega a um bilhão, segundo os centros de informação missionária. N a igreja primitiva, todos evangelizavam incessantemente em toda parte, no poder do Espírito, com sinais e milagres (At 8.4,6,7). Precisamos em todo tempo estar revestidos do poder do Alto, para dar continuidade a essa urgente obra, a fim de que, como eles, alvorocemos o mundo para Cristo (At 17.6). Em I Coríntios 1.22,23, vemos a importância da Grande Comissão de Jesus Cristo. Enquanto uns (com o os judeus) se preocupam com sinais, e outros (como os gregos), em buscar sabedoria, nosso objetivo deve ser a evangelização de todos, em todo o mundo. Tem os hoje muitos pregadores eloquentes nos templos; mas é o poder do Espírito que faz de nós ganhadores de almas, no mundo.
1. Assistência do Espírito na evangelização pessoal.
O Espírito Santo dirige os nossos passos, como no caso de Filipe relatado em Atos 8.26-38. Ele também ajuda-nos a superar os obstáculos apresentados pela pessoa evangelizada (Jo 4.7-29), desde que nos preparemos (I Pe 3.15), firmando-nos em seu poder, e não em nossas palavras (I Co 2.1-5). Assistência do Espírito na pregação em público. O segredo do êxito, em cruzadas evangelísticas, é buscar, em oração, a assistência do Consolador. Tomando como base às campanhas realizadas pela igreja primitiva, vemos o que acontece quando se prega a Palavra de Deus, no poder do Espírito Santo: salvação de almas (At 2.41; 4.4); sinais miraculosos (At 8.6,7); grande alegria (At 8.8); e batismo com o Espírito Santo (At 8.14-17). Assistência do Espírito na obra missionária.
Em Atos 13, vemos como a assistência do Espírito Santo é imprescindível à obra missionária:
- Escolha. Em Antioquia havia cinco profetas e doutores, e o Espírito de Deus escolheu o primeiro e o último da lista: Barnabé e Saulo (w. 1,2). Por que não o primeiro e o segundo? Porque a chamada é um ato soberano dEle (Hb 5.4).
- Envio. Eles foram também enviados pelo Espírito (vv.3,4). A igreja apenas os despediu, pois é Ele quem escolhe e envia (Mc 3.13,14).
- Capacitação. Paulo e Barnabé manejavam bem a Palavra de Deus (w .16-44), eram cheios do Espírito, de ousadia (v.46) e tinham autoridade divina para repreender os que se lhes opunham (vv.5-I2; At 4.31).
- Direção. Guiados pelo Consolador, eles faziam discípulos numa cidade e partiam para outra (vv.46-5I). Graças à direção e à providência do Espírito, o evangelho, tendo alcançado a Europa (At 16.6-10), chegou tempos depois a América do Norte, de onde vieram para o Brasil os missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, pioneiros do Movimento Pentecostal em nosso país! Antes de sua ascensão, Jesus mencionou os aspectos da obra missionária. O alvo: “ensinai todas as nações” (Mt 28.19).
A abrangência: “todo o mundo... toda criatura” (Mc 16.15). A mensagem: “o arrependimento e a remissão dos pecados” (Lc 24.47). O modo: “assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” (Jo 20.21). E o poder: “recebereis a virtude do Espírito Santo que há de vir sobre vós” (At 1.8). Para alcançar o alvo, em toda a sua abrangência, pregando a mensagem certa e de modo apropriado, precisamos do poder do Alto (Lc 24.49). Portanto, “Não extingais o Espírito” (I Ts 5.19).
2. A renovação pelo Espírito
Há vários fatores que ocasionam o envelhecimento ou a decadência espiritual. Os mais comuns são a rotina, a imaturidade, a frieza, o descaso e, por fim, a estagnação da vida cristã. Há crentes que perdem o entusiasmo e o fervor dos primeiros dias de fé, acostumando-se a uma vida sem poder, testemunho, oração, consagração e crescimento. Nesta situação, se não houver uma reversão imediata, o crente pode desviar-se dos caminhos do Senhor, o que será ainda pior. Aquele fervor espiritual do início da conversão deveria ser conservado, mantendo assim aberto o caminho da renovação pelo Espírito Santo (Lv 6.13; Jó 14.7-9; SI 92.10; 119.25; Lm 5.21; T t 3.5). O que é renovação espiritual. Renovar significa “tornar novo”, “recomeçar”, “refazer”, “reaver”, “retornar”.
N a renovação espiritual, o Espírito Santo restaura e revigora a obra que anteriormente havia iniciado na vida do crente (SI 103.5; Rm 12.2; Ap 2.4,5; SI 51.10; Cl 3.10).
Renovar espiritualmente é:
- Retornar às experiências espirituais do passado. No início da fé cristã, o crente recebe do Senhor bênçãos extraordinárias que antes da conversão jamais poderia obter: fortificação pela fé em Cristo, certeza de vida eterna, batismo com o Espírito Santo, dons sobrenaturais, milagres, comunhão com Deus, santidade, vida cristã vitoriosa e tantas outras maravilhas que acompanham a salvação. O amoroso Pai tem prazer de, no início da jornada da fé, encher o crente de vida, graça e poder espiritual. Ele nos eleva muito além das experiências puramente humanas. Todavia, infelizmente, muitos esfriam na fé e perdem o contato com a Fonte da Graça. Só o Senhor, por meio do seu Santo Espírito, pode revigorar aqueles que perderam a força e a altitude das águias (Is 40.28-31).
- Restabelecer as bênçãos perdidas. E difícil aceitar que o crente possa perder algo que recebeu de Deus. Alguém imagina que o Pai celestial jamais retirará as bênçãos de seus filhos, especialmente as espirituais. Porém, a Bíblia é categórica ao afirmar que, se não cuidarmos bem da nossa vida espiritual, poderemos, sim, perder as bênçãos advindas do Senhor. A Palavra de Deus nos diz que podemos perder o amor (Ap 2.4), a alegria da salvação (SI 51.12), a fé (I Tm 6.10), a firmeza em Deus (2 Pe 3.17), o poder (Jz 16.20) e muitas outras bênçãos do Alto. E por isso que somos advertidos a guardar o que temos (Ap 2.25; 3.11). Graças a Deus que, pela renovação espiritual, o Senhor nos restaura completamente e torna a dar-nos as bênçãos perdidas (SI 51.10; Os 2.15; Lm 5.21-23). O Grande Oleiro é plenamente capaz de fazer um novo vaso, com o barro do vaso que se quebrou (Jr 18.1-4
- Receber novas bênçãos. As promessas de Deus jamais falham. Em Deus “não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17; Hb I.I0 -I2 ). A conversão inclui grandes e ricas promessas de Deus para a vida do crente, as quais Ele cumpre fielmente. Na renovação espiritual, o Senhor nos dá as bênçãos prometidas que até então não tínhamos recebido (Is 45.3), e nos anima a conquistarmos muito mais (Js 18.3). Além disso, as bênçãos que Ele nos concedeu no passado (Ef 1.3), continuarão no presente, porque suas promessas são fiéis para todos os tempos (At 2.39; 2 Co 1.20). Como ocorre a renovação.
De acordo com a Palavra de Deus, a renovação deve ser:
1) Diária.
Assim como o corpo físico revigora-se diariamente, nosso homem interior precisa de constante renovação para manter-se fortalecido e plenamente saudável espiritualmente. Conforme nos orienta a Palavra de Deus, a renovação espiritual deve ocorrer “de dia em dia” (2 Co 4.16). N o Tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto, a fim de que o culto diário ao Senhor nunca fosse interrompido. Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca se apagasse. A cada manhã, este era alimentado com nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13). O mesmo se dava com as especiarias do altar do incenso e o azeite do castiçal. Tudo era renovado continuamente na presença do Senhor (Ex 27.20,21; 30.7).
Da mesma forma Deus quer que nos apresentemos — sempre prontos e renovados espiritualmente diante dEle (2 Co 4 .16). 2) Consciente e desejada. Precisamos ter consciência da urgente necessidade da renovação espiritual: “... transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Rm 12.2). Assim como a chuva cai sobre as plantações, gerando e produzindo fruto (SI 65.7-13), devemos pedir ao Senhor que envie sobre nós, sua lavoura, uma abundante chuva de renovação (I Co 3.10; SI 72.6,7; Os 6.3). Quando essa chuva começar a cair, o Espírito Santo certamente fará maravilhas, a começar pelas vidas renovadas. Aleluia! A renovação enseja a operação do Espírito. A renovação mantém o crente afastado do mundo. Em Efésios 4.25-31 encontramos uma relação de vícios e práticas mundanas, emanadas do velho homem, que muitas vezes atingem sorrateiramente a vida do crente. Precisamos não somente abandonar, mas abominar as coisas que entristecem o Espírito de Deus: “Não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as”. Pela renovação espiritual nos mantemos firmes no processo de despirmo-nos do velho homem e revestirmo-nos do novo (Ef 4.22-24). I': A renovação aprofunda o crente na Palavra de Deus. Quando somos renovados, nosso espírito é impelido pelas verdades eternas da Palavra (Jo 6.63) e nossa fé cresce abundantemente (Rm 10.17; 2 Ts 1.3). 2) A renovação dá poder ao crente. “Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças” (Is 40.31). No dia de Pentecostes, todos os crentes foram cheios do Espírito Santo (At 2.4). Não obstante, pouco tempo depois foram cheios novamente; do mesmo poder e pelo mesmo Espírito (At 4.30,31). Como já vimos, o sentido de Efésios 5.18 é de enchimento contínuo. Sempre o crente deve buscar mais e mais do poder do Alto.
2) A renovação torna.
0 crente sensível à direção do Espírito. Quando somos renovados ficamos bem atentos à voz do Espírito, para sermos conduzidos e instruídos por Ele (At 16.6,7; 10.19). Se o Espírito Santo conhece todas as coisas em seus pormenores, pode nos guiar com precisão. Só um crente renovado tem sensibilidade espiritual para ouvir e obedecer a voz do Senhor: “Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda” (Is 30.21). A necessidade da renovação. Quem permanece renovado não perde o ânimo. Muitas vezes as lutas e tribulações nos fazem diminuir o passo, reduzir o ritmo de nossa corrida e até pararmos. Para não sermos vencidos na batalha contra o mal, busquemos a renovação espiritual em Cristo. Não podemos parar! Não há espaço para o desânimo: “Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos” (v. 14); “Levantai-vos, e andai, porque não será aqui o vosso descanso” (Mq 2.10). Leia também I Reis 19.7 e Hebreus 10.38. Como já vimos, podemos perder a bênção de Deus por entristecermos o Espírito Santo (Ef 4.30). Temos de zelar para que as causas desse mal sejam imediatamente removidas. Precisamos alcançar o perdão de Deus mediante a nossa purificação no sangue de Jesus. Isaías confessou o pecado de seus lábios, e foi purificado (Is 6.4-8). O mesmo se deu com o profeta Jeremias (Jr 1.4-10; 20.7-11). Louvado seja o nome do Senhor, que continua perdoando e renovando o seu povo pelo fogo santo! Em meio a esses difíceis dias que a igreja atravessa, os quais precedem a volta de Jesus, busque uma poderosa e sincera renovação do Senhor para sua vida. Não deixe fora nenhuma área da sua vida. Se você já é batizado com o Espírito Santo, peça a Deus uma renovação dessa preciosa bênção. Aproxime-se mais do Senhor! Somente pela renovação espiritual poderemos vencer este mundo. “É já hora de despertarmos do sono” (Rm I3 .I I). E, renovados, sigamos “... a paz com todos e santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
VI. O Espírito Santo e a santificação do crente
Salvação e santificação são obras realizadas por Jesus no homem integral: espírito, alma e corpo. A Bíblia afirma que fomos eleitos “desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito” (2Ts 2.13). Esta verdade está implícita em João 19.34. Do lado ferido do corpo de Jesus fluíram, a um só tempo, sangue e água. Isto é, o sangue poderoso de Cristo nos redime de todo pecado, mas a água também nos lava de nossas impurezas pecaminosas. Cristo morreu “para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14).
A salvação e a santificação devem andar juntas na vida do crente. A santidade de Deus. A Bíblia diz que nosso Deus é santíssimo: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” (Is 6.3; Ap 4.8). A santidade de Deus é intrínseca, absoluta e perfeita (Lv 19.2; Ap 15.4). E o atributo que mais expressa sua natureza. N o crente, porém, a santificação não é um estado absoluto, é relativo assim como a lua, que, não tendo luz própria, reflete a luz do sol (Hb 12.10; Lv 2I.8b). Deus é “santo” (Pv 9.10; Is 5.16); e, quem almeja andar com Ele, precisa viver em santidade, segundo as Escrituras. O que não é santificação. O próprio Pedro enganou-se a respeito da santificação (At 10.10-15).
1. O que não é a santificação bíblica.
- Extenorídade (Mt 23.25-28; I Sm 16.7). Usos, práticas e costumes. Estes últimos, quando bons, devem ser o efeito da santificação, e não a causa dela (Ef 2.10).
- Maturidade cristã. Não é pelo tempo que algo se torna limpo, mas pela ação contínua da limpeza. A maturidade cristã varia, como se vê em I João 2.12,13: “Filhinhos”; “pais”; “mancebos”; “filhos”.
- Batismo com 0 Espírito Santo e dons espirituais. O batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais em si mesmos não equivalem à santificação como processo divino e contínuo em nós (At 1.8; I Co 14.3). Santificar e santificação. “Santificar” é “pôr à parte, separar, consagrar ou dedicar uma coisa ou alguém para uso estritamente pessoal”. Santo é o crente que vive separado do pecado e das práticas mundanas pecaminosas, para o domínio e uso exclusivo de Deus.
- E exatamente o contrário do crente que se mistura com as coisas tenebrosas do pecado.
2. A santificação do crente tem dois lados:
- sua separação para a posse e uso de Deus; e
- a separação do pecado, do erro, de todo e qualquer mal conhecido, para obedecer e agradar a Deus.
Ela tem também três aspectos: posicionai, progressiva e futura. A santificação posicionai (Hb 10.10; Cl 2.10; I Co 6.11). No seu aspecto posicional, a santificação é completa e perfeita, ou seja, o crente pela fé torna-se santo “em Cristo”. Deus nos vê em Cristo perfeitos (Ef 2.6; Cl 2.10). Quando estamos “em Cristo”, não há qualquer acusação contra nós (Rm 8.33,34), porque a santidade do Senhor passa a ser a nossa santidade (I Jo 4.17b).
A santificação progressiva. E a santificação prática, aplicada ao viver diário do crente. Nesse aspecto, a santificação do crente pode ser aperfeiçoada (2 Co 7.1). Os crentes mencionados em Hebreus 10.10 já haviam sido santificados, e continuavam sendo santificados (w. 10,14). A santificação futura. “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (I Ts 5.23). Trata-se da santificação completa e final (I Jo 3.2). Leia também Efésios 5.27 e I Tessalonicenses 3.13.
3. A santificação como um processo
O crescimento do crente “em santificação” ocorre à medida que o Espírito o rege soberanamente, e o crente, por sua vez, o busca, em cooperação com Deus: “Sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (I Pe I.1 5). O lado divino da santificação progressiva. São meios que o Senhor utiliza para santificarmos em nosso viver diário. Esses recursos divinos são: o sangue de Jesus Cristo (Hb 13.12; I Jo 1.7,9); a Palavra de Deus (SI 12.6; 119.9; Jo 17.17; E f 5.26); o Espírito Santo (Rm 1.4; I Pe 1.2; 2 Ts 2.13); a glória de Deus manifesta (Êx 29.43; 2 Cr 5.13, 14); e a fé em Deus (At 26.18; Fp 3.9; Tg 2.23; Rm 4 .1 1).
O lado humano da santificação progressiva. Deus é quem opera a santificação no crente, embora haja a cooperação deste.
Os meios coadjuvantes de santificação progressiva são:
- O próprio crente. Sua atitude e propósito de ser santo, separado do mal para posse de Deus, são indispensáveis. E o crente tendo fome e sede de ser santo (Mt 5.6; 2 Tm 2.21, 22; I Tm 5.22).
- O santo ministério. Os obreiros do Senhor têm o dever de cooperar para a santificação dos crentes (Ex 19.10,14; Ef 4.11,12).
- Pais que andam com Deus. Assim como Jó (Jó 1.5), os pais devem cooperar para a santificação dos filhos. Eunice, por exemplo, colaborou para a integridade de Timóteo, seu filho (2 T m 1.5; 3.15). Por outro lado, pais descuidados podem influenciar negativamente seus filhos, como no caso de Herodias que influenciou a Salomé (M c 6.22-24).
As orações do justo (SI 51.10; 32.6). A oração contrita, constante e sincera tem efeito santificador.
- A consagração do crente a Deus (Lv 27.28b; Rm 12.1,2). A rendição incondicional do crente a Deus tem efeito santificador nele.
- Estorvos à santificação do crente.
- Estorvos são embaraços que impedem o cristão de viver em santidade, tais como:
- Desobediência. Desobedecer de modo consciente, contínuo e obstinadamente à conhecida vontade do Senhor (Ex 19.5,6).
- Comunhão com as trevas. Comungar com as obras infrutíferas das trevas (Rm 13.12); com os ímpios, seus costumes mundanos e suas falsas doutrinas (Ef 5.3; 2 Co 6.14-17).
- Áreas da vida não santificadas. Alguns aspectos reservados da vida do crente que não foram consagrados a Deus devem ser apresentados ao Senhor. Como, por exemplo, mente, sentidos, pensamento, instintos, apetites e desejos, linguagem, gostos, vontade, hábitos, temperamento, sentimento. Um exemplo disso está em Mateus 6.22,23. A necessidade de santificar-se. Para esse tópico aconselhamos a leitura meditativa de 2 Coríntios 7.1 e 1 Tessalonicenses 4.7. Vejamos por que é necessário seguir a santificação: 1) A Bíblia ordena. A Bíblia afirma que temos dentro de nós a “lei do pecado” (Rm 7.23:8.2). Daí ela ordenar que sejamos santos (I Pe I.I6;Lv 11.44,*Ap 22.11); o Senhor habita somente em lugar santo (Is 57.15; I Co 3.17). 2) Só os santos serão arrebatados. O Senhor Jesus que é santo virá buscar os que são consagrados a Ele (I Ts 3.13; 5.23; 2 Ts I.I0; H b 12.14). Por isso, a vontade de Deus para a vida do crente é que ele seja santo, separado do pecado (I Ts 4.3). 3) A santidade revelada de Deus. Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente (Lv 10.3; Nm 20.12). Então, o crente não deve ficar observando, nem exigindo santidade na vida dos outros; ele deve primeiro demonstrar a sua!
- 0s ataques do Diabo. Devemos atentar para o fato de que o Inimigo centraliza seus ataques na santificação do crente. A principal tática que o Adversário emprega para corromper a santidade é o pecado da mistura. Isso ele já propôs antes a Israel através de Faraó (Ex 8.25), o que abrange mistura da igreja com o mundanismo; da doutrina do Senhor com as heresias; da adoração com as músicas profanas; etc. Em muitas igrejas hoje a santificação é chamada de fanatismo. Nessas igrejas falam muito de união, amor, fraternidade, louvor, mas não da separação do mundanismo e do pecado. Notemos que as “virgens” da parábola de Mateus 25 pareciam todas iguais; a diferença só foi notada com a chegada do noivo. Estejamos, pois, preparados para o Encontro com Jesus nos ares, avivados para o Arrebatamento (I Ts 4.16,17).
VII. O Espírito Santo e a Segunda Vinda de Cristo
O assunto da Segunda Vinda de Cristo é parte inerente da pregação do evangelho (Mt 24.14). Foi isso que o apóstolo Pedro deixou bem claro no dia de Pentecostes, na primeira mensagem evangelística registrada na Bíblia (At 2.14-21). A vinda de Jesus é a nossa sublime e bem-aventurada esperança. O próprio Senhor afirmou que voltaria para levar os seus (Jo 14.3, 18; Ap 22.20). Como será a vinda de Cristo Segundo as Escrituras, a segunda vinda terá duas fases: “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13).
- A volta de Jesus para a Igreja. Nesta ocasião Jesus levará sua Igreja para o céu, num instante e em segredo quanto ao mundo. Nessa primeira fase, Ele virá até as nuvens (I Co 15.52; I Ts 4.16,17).
- Na segunda fase, virá com todos os santos e anjos, descendo sobre o monte das Oliveiras publicamente, repleto de glória e de poder. Nesse momento, livrará a Israel, que estará sucumbindo sob as forças do Anticristo, e julgará as nações, e estabelecerá com poder e justiça o Reino Milenial (Zc 14.4; Mt 24.30; Ap 1.7; I9.I I; 20.6).
No Arrebatamento da Igreja, Jesus virá para os seus santos; na sua manifestação em glória, com os seus santos (Cl 3.4). O derramamento do Espírito Santo em escala mundial (At 2.16,17; J1 2.28). Com esse sinal da segunda vinda vem também a operação de milagres e prodígios, a dinamização e expansão do evangelho e o avanço da obra missionária. Através dos séculos, o Senhor nunca deixou de derramar do Espírito Santo sobre o seu povo, ora mais, ora menos. Mas, a partir de 1901, o derramamento do Espírito Santo tem sido cada vez maior. E somos testemunhas disso. Conservemos, pois, a doutrina bíblica do Espírito Santo. Mantenhamo-nos com a chama do Pentecostes acesa! Afinal, somente os avivados podem fazer a última oração registrada na Bíblia: “Ora, vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).
Viva uma vida cheia da plenitude do Espírito Santo para a Glória de Deus.