domingo, 31 de julho de 2022

A ação do Espírito Santo na vida do crente

  Por: Jânio Santos de Oliveira

  Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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 Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!         




O Espírito Santo é muito importante na vida do cristão, pois Ele é o único que pode nos ensinar como deve ser nosso proceder diante do Senhor. Em Lucas 12.12 está escrito “Porque o Espírito Santo vos ensinará, naquela mesma hora, as coisas que deveis dizer.”. O Espírito Santo está disposto a nos ensinar, se estivermos dispostos a aprender! Para isso, precisamos estudar a Palavra de Deus, onde, a partir de então, o Espírito Santo trará as verdades de Deus às nossas mentes, ajudando-nos a apresentá-las aos outros de maneira eficaz. O Espírito Santo é um grande ajudador na hora da evangelização, pois somente Ele pode convencer o pecador do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8).


I. A atuação do Espírito Santo a partir do Pentecostes

 

A Palavra de Deus alerta, em Romanos 1.23-26, quanto a mudanças indevidas e seus resultados funestos para a igreja. Daniel menciona “mudanças” como uma das características do tempo do Anticristo. Essas mudanças são muitas e injustificáveis, como a teologia da libertação, o culto da prosperidade, além de um elevado número de fatos e eventos registrados na Bíblia transformados em doutrina pelos falsos mestres.

 Em 2 Coríntios 4.2, lemos sobre o perigo da falsificação da Palavra de Deus e o que devemos fazer para não sermos enganados: “antes, rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade”. H á um padrão bíblico para a igreja (2T m 1.13; Hb 8.5). E os que a edificam devem atentar para o que está escrito em I Coríntios 3.10: “Segundo a graça de Deus que foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele”, pois a obra de cada um se manifestará (v. 13). Cuidado, os edificadores da igreja; os que fazem discípulos para o Senhor (Mt 28.19). 

Existem quatorze palavras-chaves ou frases, em Atos 2, que marcaram o primeiro Pentecostes, indicando fatos que devem acompanhar a verdadeira ação do Espírito Santo através dos tempos:

  • “Pentecostes” (v.I);
  •  “todos” (vv. 1,4,17,21,39,43,44); 
  • “reunidos” (v.I); 
  • “céu” (v.2); 
  • “som” (v.2); 
  • “vento” (v.2); 
  • “casa” (v.2); 
  • “línguas” (v.3); 
  • “fogo” (v.3); 
  • “cheios” (v.4); 
  • “nações” (v.5); 
  • “zombaria” (v. 13); 
  • “Pedro” (v. 14); e 
  • “Palavra de Deus” (vv. 16-36).

Meditemos, pois, nessas palavras, tendo em mente o contexto do primeiro derramamento pentecostal, e comparemos isso com o que ora ocorre em nosso meio. O significado de Pentecostes. Em Levítico 23, Deus estabeleceu sete festas sagradas para Israel observar, as quais prefiguravam, de antemão, todo o curso da história da igreja. Essas festas sagradas falam também do caráter alegre que caracterizaria a igreja, pois festa pressupõe alegria. E Jesus sempre foi um homem alegre, apesar de viver à sombra da horrenda cruz! Das sete festas sagradas de Israel, a quarta era a de Pentecostes (Lv 23.15,16), também chamada de Festa das Semanas (Dt 16.10) e Festa das Colheitas (Ex 23.16). A Festa de Pentecostes ocorria no terceiro mês, Sivã, e durava um dia dia 6 de Sivã, mês que corresponde mais ou menos ao nosso junho. A Festa de Pentecostes era precedida de três outras festas conjuntas: Páscoa: 14 de Abibe (um dia); Pães Asmos: de 15 a 22 de Abibe (sete dias); Primícias: 16 de Abibe (um dia). As três levavam oito dias e eram celebradas no mês de Abibe, o primeiro do calendário sagrado de Israel. O primeiro mês do calendário civil eraTisri, que corresponde mais ou menos ao nosso outubro. Três outras festas seguiam o Pentecostes: Trombetas: em I o de Tisri (um dia); Tisri era o início do ano civil de Israel; Expiação: em 10 deTisri (um dia), “o grande dia da Expiação”; eTabernáculos: de 15 a 21 de Tisri (sete dias). Essas três últimas festas eram todas celebradas num mesmo mês (Tisri). Pneumatologia — a Doutrina do Espírito Santo 181 Pentecostes era a festa central das sete que o Senhor determinou para Israel observar, conforme Levítico 23. Ou seja, eram realizadas três festas antes de Pentecostes, e três, depots (3 + 1 + 3 ). Isso fala da importância do batismo com o Espírito Santo para a igreja, e do equilíbrio espiritual que resulta dele. Ninguém sabe, ao certo, o dia do Natal de Cristo, nem o da sua morte, porém todos sabem o dia da sua ressurreição (primeiro dia da semana), bem como o dia de Pentecostes (quinquagésimo dia após as Primícias). Depois das Primicias, contavam-se sete semanas, vindo a seguir o dia de Pentecostes (7x7 semanas+I dia=50 dias). Há, pois, uma profecia típica na Festa de Pentecostes, que falava da ressurreição de Cristo (Lv 23.15; I Co 15.20). Isso mostra também que sem Páscoa isto é, o Cordeiro de Deus morto e ressurreto não teríamos Pentecostes! Mas faz-se necessário explicar a profecia típica da Festa de Pentecostes.

Na festa das Primícias era movido perante o Senhor um molho (um feixe) de espigas de trigo (Lv 23.10,11). Na Festa de Pentecostes eram movidos perante o Senhor dois pães de trigo (Lv 23.15-17). Isso falava da igreja, que seria composta de judeus e gentios formando um só corpo, o Corpo de Cristo (Ef 2.14; Jo 11.52). Quanto ao feixe de espigas, isso fala de união, mas os pães vão além: representam unidade (Ef 4.3). Num a espiga, como é fácil verificar, os grãos estão presos a ela, mas distintos uns dos outros. Comparemos o trigo de Josué 5.10-12 com o de João 12.24. Num feixe de espigas, os grãos estão simplesmente presos à espiga, mas distintos uns dos outros. Num pão é diferente: o trigo é o mesmo, enquanto os grãos passaram por um multiforme processo, formando agora um todo  um corpo único. O derramamento pentecostal fez isso na formação da igreja, conforme lemos em Atos 2, e quer continuar fazendo o mesmo hoje. Todos reunidos. As palavras “todo ” e “todos” aparecem diversas vezes em Atos, especialmente no capítulo 2 (vv. 1,4,17,21,39,43,44). Como o vocábulo “todos” é inclusivo, todos os salvos são candidatos ao batismo com o Espírito Santo. Observe, contudo, que a salvação não é o batismo com o Espírito Santo; este deve seguir-se à salvação. Os discípulos do Senhor, juntamente com as mulheres  M aria e outras (At 1.13,14)  já eram salvos antes do dia de Pentecostes. A Palavra de Deus elimina qualquer dúvida nesse sentido. Em Atos 2.38,39, fica claro que o batismo com o Espírito Santo é destinado a pessoas salvas, membros do corpo de Cristo. 

Retrocedendo um pouco na leitura, vemos a ênfase: “sobre meus servos e minhas servas” (v. 18). E Paulo perguntou aos varões de Éfeso: “Recebestes vós já o Espírito Santo quanto crestes?” (At 19.2), numa demonstração de que o revestimento de poder é subsequente à experiência do novo nascimento. Por isso, Jesus salientou que o mundo não pode receber o Espírito de Deus (Jo 14.17).

 Em Atos 2.1, está escrito: “Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar”. Isso mdica não somente união, mas unidade no Espírito Santo ( v.4). Acabaram-se as discordâncias, as contendas, as divergências pessoais em torno das coisas de Deus, e todos estavam ali, juntos, reunidos. Mentalizemos, pois, João, Pedro, Tomé, unidos... Um som vindo do céu. 

No dia do prometido derramamento de poder celestial, a Palavra de Deus diz que veio do céu um som como de um vento (At 2.2). O que está ocorrendo atualmente em sua vida, em sua igreja, em seu movimento religioso? Isso tudo vem mesmo do céu? O u vem simplesmente dos homens? (Jr 17.9). Ou vem do astuto Enganador? Ê importante que reflitamos sobre a origem daquilo que sentimos. O verdadeiro revestimento de poder do Espírito vem do Alto (Lc 24.49; At 11.15), mas a Palavra de Deus nos alerta quanto a “outro espírito” (2 Co 11.4 ). Observemos que o Espírito Santo veio primeiramente como um som. 

Um som para despertar os dormentes; para acordar do sono espiritual. Um som para alertar de perigo; para avisar. Um som para convocar para o trabalho; para reunir (I Co 14.8). U m som para a igreja louvar a Deus, com “música de Deus” (I Cr 16.42; Cl 3.16). O som que veio do céu era como de um vento. Isto é, não houve vento natural de fato, e sim algo semelhante a seus efeitos sonoros, circundantes e propulsores. O que isso representa?


  • 0 vento fala de força impulsora, como nas velas dos barcos, nos moinhos.
  • O vento separa a palha do grão (SI 1.4; Mt 3.12); o leve do pesado.
  • O vento move e movimenta água, árvores.
  • O vento fertiliza, levando o pólen, a vida (Cl 4.16; Jo 3.5,8).
  • O vento limpa árvores, campos.
  • O vento não tem cor: favoritismo, individualismo, discriminação.
  • O vento não pertence a um clima único; é universal.
  • O vento move-se continuamente ( Ec 1.6; Gn 1.2).
  • O vento não tem cheiro, mas espalha perfume; aqui é importante refletir sobre o papel do Altar do Incenso, no Tabernáculo.( 2 Co 2.14,15).
  • O vento, quando se move, é infalivelmente sentido, notado. 11) O vento refresca e suaviza no calor.
  • O vento o ar alimenta e vivifica (pulmões, a vida orgânica).
  • Em Ezequiel 37.8-10, naquela visão que Deus deu ao profeta sobre um vale de ossos secos, vemos nos corpos: ossos, nervos, carne, pele, mas não vida, até que o Espírito assoprou sobre eles. Aleluia! Há muitos crentes por aí que têm de sobra “ossos, nervos, carne e pele”, porém falta-lhes a vida abundante do Espírito.
  • O vento é misterioso (Jo 3.8). Cabe aqui um aviso: devemos ter cuidado com as falsificações, isto é, os ventos nocivos, que não provém do Espírito de Deus (Mt 7.25; Ef 4.14).

A casa ficou cheia. O som como de um vento veemente e impetuoso encheu toda a casa (At 2.2). Aquele primeiro derramamento do Espírito ocorreu numa residência, numa casa de família. Isso leva-nos a refletir sobre o importante papel da família cristã cheia do Espírito Santo, para a igreja. A família, como primeira instituição divina na terra, foi o meio pelo qual Deus iniciou o ciclo da história humana. Foi por meio dela, ainda, que Ele fundou a nação que traria o Messias ao mundo. E, por fim, o Senhor serviu-se de uma família para que dela nascesse o Messias. E devido a grande importância que a família tem para todos e para tudo na face da terra que o Inimigo com todas as suas hostes luta para destruí-la, inclusive dentro da igreja. Mas observemos como Deus cuida da família:

  • Em Atos 2.17, vemos que todos os membros da família estão incluídos na promessa pentecostal: “vossos filhos e vossas filhas, vossos jovens e vossos velhos”.
  •  Antes de julgar o mundo com um dilúvio, Deus proveu salvação para Noé e toda a sua família (Gn 6.18).
  • Em Exodo 12.3,4, vemos que o Senhor instruiu cada família a tomar um cordeiro para si. Na noite em que Ele julgou os egípcios, os israelitas foram milagrosamente salvos pelo sangue do cordeiro.

Na expressão “serás salvo tu e tua casa” (At 16.31) vemos a promessa de Deus para os chefes de família. Línguas como que de fogo. O texto de Atos 2.3 mostra que línguas como que de fogo foram repartidas. O verdadeiro Pentecostes tem algo para se ouvir do céu (“veio do céu um som”); para se ver do céu (“foram vistas por eles línguas”); e para repartir, também vindo do céu (“línguas repartidas”). Línguas estranhas seguem-se ao derramamento do Espírito; não o precede “Foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas” (At 2.4). Línguas, no derramamento pentecostal, indicam o evangelho falado, pregado, cantado, comunicado. Porém, são línguas “como que de fogo”, e não língua de flores. Vários dons do Espírito Santo são exercidos através da língua, da fala. Deus usou as línguas estranhas como sinal externo do batismo com o Espírito Santo, para demonstrar sua inteira posse e controle da nossa língua, ao batizar-nos (Tg 3.8). 

Mediante a comparação dos textos de Atos 2.4, 10.44-46 e I I. 15, vemos, pela lei da primeira referência, que as línguas estranhas são a evidência física inicial do batismo com o Espírito Santo. As línguas estranhas são apresentadas, também, como um dos dons do Espírito Santo (I Co 12.10,30). Quando comparamos as passagens de Atos 2.17 e 19.6, vemos que os dons espirituais podem ser concedidos por Deus no momento do batismo com o Espírito. Como foi o seu batismo? Como você foi ensinado sobre essas coisas da Bíblia? Essas línguas são “como que de fogo”, isto é, fogo sobrenatural, celestial, e não fogo estranho.

 

Vejamos a aplicação espiritual desse ״fogo do céu”:

  • O fogo alastra-se, comunica-se.
  • O fogo purifica. Contra a impureza espiritual, a principal força é o Espírito Santo.
  • O fogo ilumina. E o saber; o conhecimento das coisas de Deus. 4) 
  • O fogo aquece. A igreja é o corpo de Cristo. Todo corpo vivo é quente.
  • O fogo, para queimar bem, depende muito da madeira; se é boa ou ruim.
  • O fogo tanto estira o ferro duro, como a roupa macia.
  • Foi o fogo do céu que fez do Templo de Salomão a Casa de Deus (2 Cr 7.1; I Co 3.16). “Quem nasce sob o fogo não esmorece sob o sol”. Cheios do Espirito Santo.

 A caixa dágua, quanto mais cheia e mais alta, mas pressão e peso tem! Observe que, no dia de Pentecostes, não somente os crentes foram cheios, mas também o ambiente: a casa (At 2.2). Os símbolos e figuras manifestos ali falam de poder, como fogo e vento. Cheios do Espírito, usufruímos o poder, a energia e a força, mesmo não sabendo definir plenamente essas gloriosas manifestações do Espírito ( Jo 3.8). As nações.

No dia de Pentecostes, vemos que as nações estavam presentes (At 2.5). Jesus já havia feito a declaração sobre isso, em Atos 1.8. E aqui devemos refletir sobre evangelização e missões (Mc 16.15), obras que devemos fazer impulsionados pelo poder do Espírito Santo. Não há como negar aqui a realidade de que o verdadeiro movimento pentecostal terá de ser um movimento missionário, nacional e mundial! O verdadeiro movimento pentecostal, missionário, ora pelas missões; contribui para as missões; promove as missões! E um movimento que vai ao campo missionário.

A igreja que não evangeliza, muito breve deixará de ser evangélica.

 Por isso, devemos encarar com amor e responsabilidade, sob a orientação do Espírito, a obra da evangelização à nossa volta, levando sempre em conta o fenômeno da transculturação relacionado com Missões. A pregação da Palavra de Deus. Diante da manifestação do Espírito de Deus no dia de Pentecostes, muitos zombaram, dizendo: “Estão cheios de mosto” (At 2.13). Esses zombadores não eram pessoas ímpias, e sim religiosas. Hoje não acontece a mesma coisa? H á muitos zombadores e críticos religiosos. A Palavra de Deus afirma que, no último tempo haveria escarnecedores (Jd v. 18). E, quando não aparece um Judas Iscariotes do lado de dentro da igreja, surge um Pilatos do lado de fora, ainda se defendendo (Mt 27.24). Não obstante, devemos continuar a fazer, como Jesus, a obra que Deus nos confiou, pois sempre haverá críticos e zombadores. Pedro, então, cheio do Espírito Santo, pôs-se em pé e, além de dar uma resposta aos zombeteiros, pregou a Palavra de Deus (At 2.14,15). 

Reflitamos sobre este homem de Deus. Quem era Pedro antes do Pentecostes? Depois daquele dia em que o poder do Espírito desceu sobre ele, nunca mais foi o mesmo! Daí para a frente ele jamais mudou (I Pe I.I-5 ; 2,4). A teologia modernista, liberalista e especulativa está permeando o mundo. Que, à semelhança de Pedro, coloquemo-nos em pé e, pelo poder do Espírito, respondamos às suas críticas infundadas, pregando o evangelho. Qual foi, então, a resposta de Pedro? Ele disse: “isto é o que foi dito pelo profeta Joel”. Observemos que a primeira pregação da igreja foi pura exposição da Palavra de Deus (At 2.16-36). Nossos ministério e congregação experimentam um abundante e poderoso ministério da Palavra? E a pregação e o ensino pentecostal devem ter “endereço” certo: o coração do ouvinte  “E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração” (At 2.37). Há atualmente um esvaziamento da Palavra de Deus no púlpito de inúmeras igrejas. O tempo que deveria ser da Palavra do Senhor é ocupado por música e canto profissionais  não o genuíno louvor  e atividades sociais, restando alguns minutos para a pregação da Palavra de Deus. 

Daí o elevado número de “retardados espirituais” nessas igrejas. Como está a sua igreja, em particular? E preciso vigilância com os chamados hinos especiais duplos e triplos de cantores, conjuntos e corais. Vemos, em Exodo 30.34-38 e 2 Crônicas 29.27, como são necessários equilíbrio e dosagem na adoração a Deus. Considere, aqui, o texto de I Coríntios 14.40 à luz da expressão “porão em ordem”, relacionada com o holocausto ao Senhor (Lv 1.7,8,12).


            II. Como o Espírito Santo age na vida do cristão

 

1.    Ele consola o cristão (Jo 14.16,17)

 

Para se consolar é preciso estar ao lado de alguém. O Espírito Santo nos conforta, nos alivia, nos dá a certeza da vitória. Ele é o nosso consolador.

 

2.    Ele guia o cristão em toda a verdade ( Jo 16.13 )

 

O homem sem Deus não sabe para onde está indo. Vive perdido neste mundo, em meio às mentiras do inimigo. O cristão sabe em quem ele tem crido. Ele creu em Jesus, que é o autor e consumador da nossa fé. O servo de Deus tem a certeza da presença do Espírito Santo de Deus em sua vida. (Ef 1.13,14). Esse maravilhoso Espírito guia seus servos a toda a verdade. Que maravilha! O cristão sabe para onde está indo. Sabe também que não está na mentira, no engano. Ele está com Jesus! Ele tem O Espírito Santo de Deus em sua vida.

 

3.     Ele nos ensina todas as coisas e nos faz lembrar o que o Senhor nos ensinou (Jo 14.26 )

 

O cristão tem um professor por excelência! Ele tem O Espírito Santo de Deus que lhe ensina todas as coisas. A vida do servo de Deus é de constante aprendizado. Aprendemos na Palavra e no viver. Aprendemos sempre, e o melhor, aprendemos com a presença viva do Espírito Santo de Deus em nossas vidas. Deus quer o melhor para os Seus filhos. Ele quer que cresçamos na graça e no conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo. O Espírito Santo nos ensina e nos faz também lembrar daquilo que Ele nos ensinou.

 

4.    Ele capacita o crente com o poder, para testemunhar de Cristo (At 1.8)

 

O cristão está capacitado com o poder dado pelo Espírito Santo para testemunhar de Jesus aos perdidos. Esse poder nos dá coragem de, mesmo diante das dificuldades, não negarmos o nome do Senhor Jesus, mas sim proclamarmos o nome Dele aos perdidos, mesmo em situações difíceis onde a perseguição aos cristãos é grande. Precisamos aproveitar a liberdade que temos em nosso país de falar de Jesus e anunciar o Evangelho de Jesus aos perdidos. Lembremos que o Espírito Santo já nos capacitou.

 

5.    Ele intercede a Deus pelos crentes nas orações (Rm 8.26)

 

Muitas vezes o cristão passa por momentos que, humanamente, sente-se impossibilitado de falar com Deus. Ele deseja, ele precisa falar com o Senhor, mas não consegue, em razão das dificuldades que está vivendo. Amados, a Bíblia nos afirma que o Espírito Santo intercede a Deus por nós nas orações. O que entendemos é que Ele nos ajuda levando as nossas orações até o Senhor nosso Deus com gemidos inexprimíveis para que sejamos respondidos pelo Senhor.

 

6.    Ele santifica a vida dos crentes (Hb 12.14; Ef  5.18)

 

O Espírito Santo opera a santificação na vida dos servos de Deus. O texto de Efésios 5.18, nos afirma: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,...” Que maravilha irmãos! À medida que o servo de Deus afasta de sua vida o “vinho”, que representa os desejos da carne, as vontades do homem, naturalmente, esse servo de Deus é cheio pelo Espírito Santo. A santificação é operada e maravilhas acontecem nesta vida.

 

7.    Ele nos dá a certeza de que somos filhos de Deus (Rm 8. 16)

 

O servo de Deus tem agora a alegria de saber que o Espírito Santo que habita nele também testifica ao seu próprio espírito, trazendo a certeza de que realmente ele é um filho de Deus. É maravilhoso poder descansar nas promessas de Deus.

 

8.    Ele nos dá a certeza da Salvação (Ef  1.13,14)

 

Muitas pessoas afirmam para os cristãos: “Como você pode dizer que está salvo?” Na verdade não é o cristão quem afirma dele mesmo que está salvo, mas sim a Palavra de Deus. Os versículos citados acima nos mostram essa grande verdade. O Espírito Santo é concedido ao homem no ato da conversão, logo o próprio Espírito se torna o selo, ou seja, a garantia da salvação na vida daquele que aceitou a Jesus como seu único Senhor e Salvador.

 

9.     Ele concede os dons espirituais aos crentes (1 Co 12. 4 – 7)

 

A igreja é o Corpo do Senhor Jesus. Individualmente, cada cristão é um membro da igreja do Senhor (Rm 12.5). Como organismo vivo de Deus, ela cumpre a sua missão através da participação de cada membro. Para o bom funcionamento e cumprimento do propósito da igreja, o Espírito Santo concede dons espirituais aos crentes, visando o bom desempenho da obra de Deus.

 

10.                      Ele manifesta o fruto do Espírito na vida do crente (Gl 5.22,23)

 

O fruto do Espírito Santo na vida do servo de Deus é a manifestação de atitudes de bênçãos que foram vividas por Jesus, enquanto esteve entre os homens na Terra. Uma vez tendo aceitado a Jesus como Senhor e Salvador, o novo crente agora, produzirá o fruto do Espírito, que é manifestado pelo próprio Espírito Santo na vida do cristão. As atitudes são em número de nove, e são vivenciadas nos relacionamentos. São nove atitudes que representam o fruto do Espírito.


III.  Como manter o poder do Espirito.


Há algumas coisas que ocorreram no primeiro Pentecostes que trazem à tona as condições da nossa parte para usufruirmos o verdadeiro poder pentecostal em nossos dias:

  • Obediência à vontade do Senhor (Lc 24.49; At 1.12-14). A desobediência é um entrave à operação divina em nossa vida (At 5.32).
  • União e unidade entre os crentes (At  I .4; 2.1; Ef 4.3). Imaginemos João, Pedro, Tomé e outros, em conjunto com as mulheres, com as suas diferenças, todos reunidos...
  • Oração perseverante e unânime (At I.I4 ). Mas, além de valorizarmos tais condições, que possibilitam o usufruto do poder do Espírito, não podemos ignorar a importância de o conservarmos.

Na Lei havia apagador de fogo (Ex 25.38), mas na Graça, não (Mt 12.20; I Ts 5.19)! Nesta última referência, a mensagem para nós é clara: “Não apagueis o Espírito” (ARA), como temos enfatizado ao longo desta obra. A conservação do poder do Espírito Santo vem pela constante renovação espiritual do crente. Em Tito 3.5 está escrito que a regeneração é seguida da renovação ( At 4.8,31; 6.5; 7.55; 11.24; 13.9,52; Rm 12.2; 2 Co 4.16; Ef 4.23; 5.18; Cl 3.10). A vida espiritual renovada também recebe destaque no livro de Salmos (92.10; 103.5; 104.30; 1

19.25,37,40,50,88,93,97,154,156,159). Se não atentarmos para a necessidade da contínua renovação espiritual, corremos o risco de “terminar na carne” (Gl 3.3).

 

 IMinistrações do Espírito ao crente


Em razão de suas operações dinâmicas (Gn 1.2), o Espírito Santo é mais mencionado no Antigo Testamento como “Espírito”. Já no Novo Testamento, Ele é mais citado como “Espírito Santo”, o que destaca seu principal ministério na igreja: santificar o crente. Essa distinção de oficio do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento é claramente percebida em 2 Coríntios 3.7,8. O versículo 8 assevera: “Como não será de maior glória o ministério do Espírito? ” O novo nascimento pelo Espírito (Jo 3,3-8). O novo nascimento abrange a regeneração e a conversão, que são dois lados de uma só realidade. Enquanto a regeneração enfatiza o nosso interior, a conversão, o nosso exterior. Quem diz ser nascido de novo deve demonstrar isso no seu dia-a-dia. A expressão “de novo” (v.3), de acordo com o texto original, significa “nascer do Alto, de cima, das alturas”. Isto quer dizer que se trata de um nascimento espiritual realizado pelo Espírito Santo. O homem natural, portanto, desconhece esse novo nascimento (vv.4-12; Jo 16.7-11 ;T t 3.5).

A habitação do Espirito no crente (Jo 14.16,17; Rm 8.9).

No Antigo Testamento, o Espírito agia entre o povo de Deus (Ag 2.5; Is 63.1 Ib), mas com o advento de Cristo e por sua mediação, o Espírito habita no crente (Jo 20.21,22). Este privilégio é também reafirmado em I Coríntios 3.16; 6.19; 2 Coríntios 6.16; e Gaiatas 4.6. O testemunho do Espirito de que somos filhos de Deus (Rm 8.15,16). Esse testemunho é uma plena convicção produzida no crente pelo Espírito Santo de que Deus é o nosso Pai celeste (v. 15) e de que somos filhos de Deus: Ό mesmo Espírito testifica... que somos filhos de Deus” (v. 16). E, pois, um testemunho objetivo e subjetivo, da parte do Espírito Santo, concernente a nossa salvação em Cristo.

 A atuação do Espirito Santo para a salvação. É a vida de fé (Rm I.17), “pelo Espírito” (G1 5.5). Tal fé, segundo Atos 11.24, procede do Espírito, a fim de que o crente permaneça fiel por meio da manifestação do fruto do Espírito (Gl 5.22b). Uma coisa decorre da outra. Os heróis de Hebreus 11 venceram “pela fé”, porque o Espírito a supria (2 Co 4.13; Hb 10.38). A santificação posicionai do crente. A santificação sob este aspecto é perfeita e completa “em Cristo”, mediante a fé. Ela ocorre por ocasião do novo nascimento (I Co 1.2; Hb 10.10; Cl 2.10; I Jo 4.17; Fp I.I), sendo simultânea com a justificação “em Cristo” (I Co 6.11; G1 2.17a). O batismo “do”ou “pelo”Espírito Santo (I Co 12.13; G13.27; Rm 6.3). Este batismo “do” ou “pelo” Espírito é algo tão real, apesar de ser espiritual, que a Bíblia o denomina como “batismo”. Em todo batismo, é evidente, há três pontos inerentes: um batizador; um batizando; e um meio em que o candidato é imerso. O batismo “com” ou “no”Espírito Santo (At 1.4, 5, 8; 2.1-4; 10.44-46; 11.16; 19.2-6). A evidência física desse glorioso batismo são as línguas sobrenaturais faladas pelo crente conforme o Espírito concede. È uma ministração de poder do Alto pelo Espírito, provida pelo Pai, mediante o Senhor Jesus (Jo 14.26; At 2.32,33). Como esse assunto merece um tópico à parte, o analisaremos abaixo.

 No batismo pelo Espírito Santo, o batizador é o Espírito de Deus (I Co 12.13); o batizando é o novo convertido; e o elemento em que o recém-convertido é imerso, a Igreja, como corpo místico de Cristo (I Co 12.27; E f 1.22, 23). Portanto, o Espírito Santo realiza esse batismo espiritual no momento da nossa conversão, inserindo o crente na Igreja (M t 16.18). Logo, todos os salvos são batizados “pelo” Espírito Santo para pertencerem ao corpo de Cristo — a Igreja, mas nem todos são batizados “com” ou “no” Espírito. A santificação progressiva do crente (I Pe 1.15,16; 2 Co 7.1; 3.17,18). Essa verdade é declarada no texto original de Hebreus 10.10,14.

 No versículo 10, a ênfase recai sobre o estado ou a posição do crente — santo: “Temos sido santificados”. O versículo 14, no entanto, não só reafirma o estado anterior, “santo”, como declara o processo contínuo de santificação em nosso viver aqui e agora proveniente de tal posição: “sendo santificados”. A oração no Espirito (Rm 8.26, 27; Ef 6.18; Jd v.20; Zc 12.10; I Co 14.14, 15). Esta ministração do Espírito no crente, capacita-o a orar, inclusive a interceder por outros. Logo, só podemos orar de modo eficaz se formos assistidos e vivificados pelo Espírito Santo. A “oração no Espírito” de que trata Judas, no versículo 20, refere-se a essa capacidade concedida pelo Espírito. O Espirito Santo como selo e penhor (2 Co 1.22; Ef I.I3, 14; 4.30; 2 Co 5.5). Devemos observar que, nos tempos bíblicos, o selo era usado para designar a posse de uma pessoa sobre algum objeto ou coisa por ela selada. Por conseguinte, indicava propriedade particular, segurança e garantia. Este selo, portanto, não é o batismo com o Espírito Santo, mas a habitação do Espírito no crente, como prova de que o mesmo é propriedade particular de Deus. Juntamente com o selo é mencionado o “penhor da nossa herança” (Ef I.I4). De modo semelhante ao selo, o penhor era o primeiro pagamento efetuado na aquisição de uma propriedade. Mediante esse “depósito”, a pessoa assegurava o objeto como sua propriedade exclusiva. Assim, o Senhor deu-nos o Espírito Santo, como garantia de que somos sua propriedade exclusiva e intransferível. O Senhor Jesus “investiu” em nós imensuráveis riquezas do Espírito como penhor ou garantia de que muito em breve Ele virá para levar para Si sua propriedade peculiar, a Igreja de Deus (T t 2.14). A unção do Espírito para o serviço. Jesus, nosso exemplo, foi ungido com o Espírito Santo para servir (At 10.38; Lc 4.18,19). Assim também a igreja recebeu a unção coletiva do Espírito (2 Co 1.21,22), mas alguns de seus membros são individualmente ungidos para ministérios específicos, segundo os propósitos de Deus.

Vejamos a unção do Espírito sobre o crente, conforme I João 2.20,27.

  • “Tendes a unção do Santo”. Esta unção santifica e separa o crente para o serviço de Deus.
  • “E sabeis tudo”. Também proporciona conhecimento das coisas de Deus em geral.
  • “Fica em vós” (v.27). Ê permanente no crente.
  • “Unção que vos ensina todas as coisas” (v.27).
  •  E didática, pois possibilita ensino contínuo das coisas de Deus.
  • “E verdadeira” (v.27).

Não falha, pois procede da verdade, que é Deus.

1)    “E não é mentira” (v.27). É sem dolo; sem falsidade.

É possível que houvesse entre certos líderes daqueles dias uma falsa unção, que imitava a verdadeira.

 Na conclusão de 2 Coríntios 3, prorrompe jubiloso o sacro escritor, a respeito da glória do ministério do Espírito: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (v. 18). Todas essas maravilhosas ministrações e dádivas do Espírito Santo, dispensadas aos filhos de Deus (2 Co 3.8), são necessárias para fazermos a obra do Senhor no poder do Espírito, a fim de que muitas almas sejam salvas.

 


V. A cooperação do Espírito na obra missionária

Ao aceitar o convite divino para a maravilhosa salvação em Cristo (Mt 11.28; Tt 3.5), recebemos a bendita tarefa de anunciar as virtudes do Senhor Jesus Cristo, que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (I Pe 2.9). Ele nos confiou “a palavra desta salvação” (At 13.26). Mas, para termos êxito nessa Grande Comissão do Senhor, conforme Marcos 16.15, precisamos da capacitação do Espírito Santo (Jo 14.17; Mc 16.20; 2 Co 3.5), pois é Ele quem nos unge para evangelizar (2 Co 1.21) e convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11). A Grande Comissão. A Grande Comissão de Jesus à sua igreja abrange a evangelização à nossa volta e a obra missionária (M t 28.19; Mc 16.15). Jesus derramou do poder do Espírito sobre os seus servos, no dia de Pentecostes (At 2.17), para que se tornassem suas testemunhas tanto na cidade onde estavam como em outras, até à extremidade da terra (At 1.8). A urgência da evangelização. Evangelizar significa “anunciar as boas novas” (Hb 4.2; Rm 10.15). E isto é uma obrigação de cada salvo: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (I Co 9.16). Nos últimos momentos entre os seus discípulos, Jesus enfatizou o dever de cada crente proclamar o Evangelho no poder do Espírito (At 1.6-8; Lc 24.47-49). Não nos esqueçamos de que a evangelização deve ser pessoal, isto é, pessoaa-pessoa, e igualmente em massa, como em tantos casos relatados no Novo Testamento (At 8.6, 26-35). Esse assunto é muito urgente! Quem passa desta vida para a outra sem Jesus está perdido para sempre. Portanto, embora o número de evangélicos brasileiros seja expressivo algo em torno de 20% da população, a maioria não se preocupa com a evangelização. Sabemos também que o principal movimento pentecostal do mundo está em nosso país. Por isso, “não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20). O Brasil é hoje o país com mais espíritas no mundo, e o primeiro colocado, na América Latina, em prostituição infantil. Além disso, temos aqui milhares de alcoólatras e viciados em outras drogas, bem como um número expressivo de menores abandonados. Estes e outros dados alarmantes devem nos despertar para a urgência da evangelização. Deus conta conosco. O Pai estabeleceu o plano de salvação (Ap 22.17; G1 4.4,5; Ef 2.8,9), o Filho pôs o plano em execução (Jo 17.4; 19.30), e o Consolador convence os pecadores e os converte, realizando o milagre do novo nascimento (Jo 16.8-11; 3.5). Deus quer usar aqueles a quem Ele salvou para a salvação da humanidade: a família; a vizinhança; os estrangeiros; os ricos e pobres; etc. Ele quer salvar a todos (I Tm 2.4). A urgência da obra missionária. Esta envolve a transculturação (I Co 9.20- 22; Cl 3.11), haja vista os diversos costumes e cultura dos povos do mundo, que influenciam na implantação, na formação e na preservação de igrejas autóctones. Nem todo crente pode ir para o campo missionário, mas todos podem interceder em oração, contribuir financeiramente, e ajudar de muitas outras maneiras (Rm 10.8-17). “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. “E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais” (At 2.47b; 5.14). Depois da plena evangelização de Jerusalém (At 5.28), o Senhor permitiu uma perseguição e dispersão dos crentes, que levaram as boas novas a Samaria, Judéia e outras regiões daquele país (At 8.1-5; 9.31; I I . 19-24). Não demorou muito para que o mundo conhecido ouvisse o Evangelho, graças à ação do Espírito naqueles crentes fervorosos, cheios de graça e de poder (Rm 10.18; 15.19; Cl 1.6,23). O desafio principal da igreja. O mundo de hoje conta com mais de seis bilhões de habitantes. Destes, cerca de dois bilhões nunca ouviram a mensagem de salvação! O número de evangélicos em todo o mundo não chega a um bilhão, segundo os centros de informação missionária. N a igreja primitiva, todos evangelizavam incessantemente em toda parte, no poder do Espírito, com sinais e milagres (At 8.4,6,7). Precisamos em todo tempo estar revestidos do poder do Alto, para dar continuidade a essa urgente obra, a fim de que, como eles, alvorocemos o mundo para Cristo (At 17.6). Em I Coríntios 1.22,23, vemos a importância da Grande Comissão de Jesus Cristo. Enquanto uns (com o os judeus) se preocupam com sinais, e outros (como os gregos), em buscar sabedoria, nosso objetivo deve ser a evangelização de todos, em todo o mundo. Tem os hoje muitos pregadores eloquentes nos templos; mas é o poder do Espírito que faz de nós ganhadores de almas, no mundo.

1.  Assistência do Espírito na evangelização pessoal.

O Espírito Santo dirige os nossos passos, como no caso de Filipe relatado em Atos 8.26-38. Ele também ajuda-nos a superar os obstáculos apresentados pela pessoa evangelizada (Jo 4.7-29), desde que nos preparemos (I Pe 3.15), firmando-nos em seu poder, e não em nossas palavras (I Co 2.1-5). Assistência do Espírito na pregação em público. O segredo do êxito, em cruzadas evangelísticas, é buscar, em oração, a assistência do Consolador. Tomando como base às campanhas realizadas pela igreja primitiva, vemos o que acontece quando se prega a Palavra de Deus, no poder do Espírito Santo: salvação de almas (At 2.41; 4.4); sinais miraculosos (At 8.6,7); grande alegria (At 8.8); e batismo com o Espírito Santo (At 8.14-17). Assistência do Espírito na obra missionária.

 

 Em Atos 13, vemos como a assistência do Espírito Santo é imprescindível à obra missionária:

  • Escolha. Em Antioquia havia cinco profetas e doutores, e o Espírito de Deus escolheu o primeiro e o último da lista: Barnabé e Saulo (w. 1,2). Por que não o primeiro e o segundo? Porque a chamada é um ato soberano dEle (Hb 5.4).
  • Envio. Eles foram também enviados pelo Espírito (vv.3,4). A igreja apenas os despediu, pois é Ele quem escolhe e envia (Mc 3.13,14).
  • Capacitação. Paulo e Barnabé manejavam bem a Palavra de Deus (w .16-44), eram cheios do Espírito, de ousadia (v.46) e tinham autoridade divina para repreender os que se lhes opunham (vv.5-I2; At 4.31).
  •  Direção. Guiados pelo Consolador, eles faziam discípulos numa cidade e partiam para outra (vv.46-5I). Graças à direção e à providência do Espírito, o evangelho, tendo alcançado a Europa (At 16.6-10), chegou tempos depois a América do Norte, de onde vieram para o Brasil os missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, pioneiros do Movimento Pentecostal em nosso país! Antes de sua ascensão, Jesus mencionou os aspectos da obra missionária. O alvo: “ensinai todas as nações” (Mt 28.19).

A abrangência: “todo o mundo... toda criatura” (Mc 16.15). A mensagem: “o arrependimento e a remissão dos pecados” (Lc 24.47). O modo: “assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” (Jo 20.21). E o poder: “recebereis a virtude do Espírito Santo que há de vir sobre vós” (At 1.8). Para alcançar o alvo, em toda a sua abrangência, pregando a mensagem certa e de modo apropriado, precisamos do poder do Alto (Lc 24.49). Portanto, “Não extingais o Espírito” (I Ts 5.19).

 

2. A renovação pelo Espírito

 

Há vários fatores que ocasionam o envelhecimento ou a decadência espiritual. Os mais comuns são a rotina, a imaturidade, a frieza, o descaso e, por fim, a estagnação da vida cristã. Há crentes que perdem o entusiasmo e o fervor dos primeiros dias de fé, acostumando-se a uma vida sem poder, testemunho, oração, consagração e crescimento. Nesta situação, se não houver uma reversão imediata, o crente pode desviar-se dos caminhos do Senhor, o que será ainda pior. Aquele fervor espiritual do início da conversão deveria ser conservado, mantendo assim aberto o caminho da renovação pelo Espírito Santo (Lv 6.13; Jó 14.7-9; SI 92.10; 119.25; Lm 5.21; T t 3.5). O que é renovação espiritual. Renovar significa “tornar novo”, “recomeçar”, “refazer”, “reaver”, “retornar”.

N a renovação espiritual, o Espírito Santo restaura e revigora a obra que anteriormente havia iniciado na vida do crente (SI 103.5; Rm 12.2; Ap 2.4,5; SI 51.10; Cl 3.10).

 Renovar espiritualmente é:

  • Retornar às experiências espirituais do passado. No início da fé cristã, o crente recebe do Senhor bênçãos extraordinárias que antes da conversão jamais poderia obter: fortificação pela fé em Cristo, certeza de vida eterna, batismo com o Espírito Santo, dons sobrenaturais, milagres, comunhão com Deus, santidade, vida cristã vitoriosa e tantas outras maravilhas que acompanham a salvação. O amoroso Pai tem prazer de, no início da jornada da fé, encher o crente de vida, graça e poder espiritual. Ele nos eleva muito além das experiências puramente humanas. Todavia, infelizmente, muitos esfriam na fé e perdem o contato com a Fonte da Graça. Só o Senhor, por meio do seu Santo Espírito, pode revigorar aqueles que perderam a força e a altitude das águias (Is 40.28-31).
  • Restabelecer as bênçãos perdidas. E difícil aceitar que o crente possa perder algo que recebeu de Deus. Alguém imagina que o Pai celestial jamais retirará as bênçãos de seus filhos, especialmente as espirituais. Porém, a Bíblia é categórica ao afirmar que, se não cuidarmos bem da nossa vida espiritual, poderemos, sim, perder as bênçãos advindas do Senhor. A Palavra de Deus nos diz que podemos perder o amor (Ap 2.4), a alegria da salvação (SI 51.12), a fé (I Tm 6.10), a firmeza em Deus (2 Pe 3.17), o poder (Jz 16.20) e muitas outras bênçãos do Alto. E por isso que somos advertidos a guardar o que temos (Ap 2.25; 3.11). Graças a Deus que, pela renovação espiritual, o Senhor nos restaura completamente e torna a dar-nos as bênçãos perdidas (SI 51.10; Os 2.15; Lm 5.21-23). O Grande Oleiro é plenamente capaz de fazer um novo vaso, com o barro do vaso que se quebrou (Jr 18.1-4
  • Receber novas bênçãos. As promessas de Deus jamais falham. Em Deus “não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17; Hb I.I0 -I2 ). A conversão inclui grandes e ricas promessas de Deus para a vida do crente, as quais Ele cumpre fielmente. Na renovação espiritual, o Senhor nos dá as bênçãos prometidas que até então não tínhamos recebido (Is 45.3), e nos anima a conquistarmos muito mais (Js 18.3). Além disso, as bênçãos que Ele nos concedeu no passado (Ef 1.3), continuarão no presente, porque suas promessas são fiéis para todos os tempos (At 2.39; 2 Co 1.20). Como ocorre a renovação.

 De acordo com a Palavra de Deus, a renovação deve ser:

1)    Diária.

 Assim como o corpo físico revigora-se diariamente, nosso homem interior precisa de constante renovação para manter-se fortalecido e plenamente saudável espiritualmente. Conforme nos orienta a Palavra de Deus, a renovação espiritual deve ocorrer “de dia em dia” (2 Co 4.16). N o Tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto, a fim de que o culto diário ao Senhor nunca fosse interrompido. Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca se apagasse. A cada manhã, este era alimentado com nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13). O mesmo se dava com as especiarias do altar do incenso e o azeite do castiçal. Tudo era renovado continuamente na presença do Senhor (Ex 27.20,21; 30.7).

Da mesma forma Deus quer que nos apresentemos — sempre prontos e renovados espiritualmente diante dEle (2 Co 4 .16). 2) Consciente e desejada. Precisamos ter consciência da urgente necessidade da renovação espiritual: “... transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Rm 12.2). Assim como a chuva cai sobre as plantações, gerando e produzindo fruto (SI 65.7-13), devemos pedir ao Senhor que envie sobre nós, sua lavoura, uma abundante chuva de renovação (I Co 3.10; SI 72.6,7; Os 6.3). Quando essa chuva começar a cair, o Espírito Santo certamente fará maravilhas, a começar pelas vidas renovadas. Aleluia! A renovação enseja a operação do Espírito. A renovação mantém o crente afastado do mundo. Em Efésios 4.25-31 encontramos uma relação de vícios e práticas mundanas, emanadas do velho homem, que muitas vezes atingem sorrateiramente a vida do crente. Precisamos não somente abandonar, mas abominar as coisas que entristecem o Espírito de Deus: “Não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as”. Pela renovação espiritual nos mantemos firmes no processo de despirmo-nos do velho homem e revestirmo-nos do novo (Ef 4.22-24). I': A renovação aprofunda o crente na Palavra de Deus. Quando somos renovados, nosso espírito é impelido pelas verdades eternas da Palavra (Jo 6.63) e nossa fé cresce abundantemente (Rm 10.17; 2 Ts 1.3). 2) A renovação dá poder ao crente. “Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças” (Is 40.31). No dia de Pentecostes, todos os crentes foram cheios do Espírito Santo (At 2.4). Não obstante, pouco tempo depois foram cheios novamente; do mesmo poder e pelo mesmo Espírito (At 4.30,31). Como já vimos, o sentido de Efésios 5.18 é de enchimento contínuo. Sempre o crente deve buscar mais e mais do poder do Alto.

2)    A renovação torna.

0 crente sensível à direção do Espírito. Quando somos renovados ficamos bem atentos à voz do Espírito, para sermos conduzidos e instruídos por Ele (At 16.6,7; 10.19). Se o Espírito Santo conhece todas as coisas em seus pormenores, pode nos guiar com precisão. Só um crente renovado tem sensibilidade espiritual para ouvir e obedecer a voz do Senhor: “Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda” (Is 30.21). A necessidade da renovação. Quem permanece renovado não perde o ânimo. Muitas vezes as lutas e tribulações nos fazem diminuir o passo, reduzir o ritmo de nossa corrida e até pararmos. Para não sermos vencidos na batalha contra o mal, busquemos a renovação espiritual em Cristo. Não podemos parar! Não há espaço para o desânimo: “Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos” (v. 14); “Levantai-vos, e andai, porque não será aqui o vosso descanso” (Mq 2.10). Leia também I Reis 19.7 e Hebreus 10.38. Como já vimos, podemos perder a bênção de Deus por entristecermos o Espírito Santo (Ef 4.30). Temos de zelar para que as causas desse mal sejam imediatamente removidas. Precisamos alcançar o perdão de Deus mediante a nossa purificação no sangue de Jesus. Isaías confessou o pecado de seus lábios, e foi purificado (Is 6.4-8). O mesmo se deu com o profeta Jeremias (Jr 1.4-10; 20.7-11). Louvado seja o nome do Senhor, que continua perdoando e renovando o seu povo pelo fogo santo! Em meio a esses difíceis dias que a igreja atravessa, os quais precedem a volta de Jesus, busque uma poderosa e sincera renovação do Senhor para sua vida. Não deixe fora nenhuma área da sua vida. Se você já é batizado com o Espírito Santo, peça a Deus uma renovação dessa preciosa bênção. Aproxime-se mais do Senhor! Somente pela renovação espiritual poderemos vencer este mundo. “É já hora de despertarmos do sono” (Rm I3 .I I). E, renovados, sigamos “... a paz com todos e santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).


VI. O Espírito Santo e a santificação do crente


Salvação e santificação são obras realizadas por Jesus no homem integral: espírito, alma e corpo. A Bíblia afirma que fomos eleitos “desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito” (2Ts 2.13). Esta verdade está implícita em João 19.34. Do lado ferido do corpo de Jesus fluíram, a um só tempo, sangue e água. Isto é, o sangue poderoso de Cristo nos redime de todo pecado, mas a água também nos lava de nossas impurezas pecaminosas. Cristo morreu “para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14).

A salvação e a santificação devem andar juntas na vida do crente. A santidade de Deus. A Bíblia diz que nosso Deus é santíssimo: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” (Is 6.3; Ap 4.8). A santidade de Deus é intrínseca, absoluta e perfeita (Lv 19.2; Ap 15.4). E o atributo que mais expressa sua natureza. N o crente, porém, a santificação não é um estado absoluto, é relativo assim como a lua, que, não tendo luz própria, reflete a luz do sol (Hb 12.10; Lv 2I.8b). Deus é “santo” (Pv 9.10; Is 5.16); e, quem almeja andar com Ele, precisa viver em santidade, segundo as Escrituras. O que não é santificação. O próprio Pedro enganou-se a respeito da santificação (At 10.10-15). 

1. O que não é a santificação bíblica.

  • Extenorídade (Mt 23.25-28; I Sm 16.7). Usos, práticas e costumes. Estes últimos, quando bons, devem ser o efeito da santificação, e não a causa dela (Ef 2.10).
  • Maturidade cristã. Não é pelo tempo que algo se torna limpo, mas pela ação contínua da limpeza. A maturidade cristã varia, como se vê em I João 2.12,13: “Filhinhos”; “pais”; “mancebos”; “filhos”.
  • Batismo com 0 Espírito Santo e dons espirituais. O batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais em si mesmos não equivalem à santificação como processo divino e contínuo em nós (At 1.8; I Co 14.3). Santificar e santificação. “Santificar” é “pôr à parte, separar, consagrar ou dedicar uma coisa ou alguém para uso estritamente pessoal”. Santo é o crente que vive separado do pecado e das práticas mundanas pecaminosas, para o domínio e uso exclusivo de Deus. 
  • E exatamente o contrário do crente que se mistura com as coisas tenebrosas do pecado.

2. A santificação do crente tem dois lados:

  • sua separação para a posse e uso de Deus; e
  • a separação do pecado, do erro, de todo e qualquer mal conhecido, para obedecer e agradar a Deus.

Ela tem também três aspectos: posicionai, progressiva e futura. A santificação posicionai (Hb 10.10; Cl 2.10; I Co 6.11). No seu aspecto posicional, a santificação é completa e perfeita, ou seja, o crente pela fé torna-se santo “em Cristo”. Deus nos vê em Cristo perfeitos (Ef 2.6; Cl 2.10). Quando estamos “em Cristo”, não há qualquer acusação contra nós (Rm 8.33,34), porque a santidade do Senhor passa a ser a nossa santidade (I Jo 4.17b).

A santificação progressiva. E a santificação prática, aplicada ao viver diário do crente. Nesse aspecto, a santificação do crente pode ser aperfeiçoada (2 Co 7.1). Os crentes mencionados em Hebreus 10.10 já haviam sido santificados, e continuavam sendo santificados (w. 10,14). A santificação futura. “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (I Ts 5.23). Trata-se da santificação completa e final (I Jo 3.2). Leia também Efésios 5.27 e I Tessalonicenses 3.13.

 

3. A santificação como um processo

 

O crescimento do crente “em santificação” ocorre à medida que o Espírito o rege soberanamente, e o crente, por sua vez, o busca, em cooperação com Deus: “Sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (I Pe I.1 5). O lado divino da santificação progressiva. São meios que o Senhor utiliza para santificarmos em nosso viver diário. Esses recursos divinos são: o sangue de Jesus Cristo (Hb 13.12; I Jo 1.7,9); a Palavra de Deus (SI 12.6; 119.9; Jo 17.17; E f 5.26); o Espírito Santo (Rm 1.4; I Pe 1.2; 2 Ts 2.13); a glória de Deus manifesta (Êx 29.43; 2 Cr 5.13, 14); e a fé em Deus (At 26.18; Fp 3.9; Tg 2.23; Rm 4 .1 1).

O lado humano da santificação progressiva. Deus é quem opera a santificação no crente, embora haja a cooperação deste.

Os meios coadjuvantes de santificação progressiva são:

  • O próprio crente. Sua atitude e propósito de ser santo, separado do mal para posse de Deus, são indispensáveis. E o crente tendo fome e sede de ser santo (Mt 5.6; 2 Tm 2.21, 22; I Tm 5.22).
  • O santo ministério. Os obreiros do Senhor têm o dever de cooperar para a santificação dos crentes (Ex 19.10,14; Ef 4.11,12).
  • Pais que andam com Deus. Assim como Jó (Jó 1.5), os pais devem cooperar para a santificação dos filhos. Eunice, por exemplo, colaborou para a integridade de Timóteo, seu filho (2 T m 1.5; 3.15). Por outro lado, pais descuidados podem influenciar negativamente seus filhos, como no caso de Herodias que influenciou a Salomé (M c 6.22-24).

As orações do justo (SI 51.10; 32.6). A oração contrita, constante e sincera tem efeito santificador.

  • A consagração do crente a Deus (Lv 27.28b; Rm 12.1,2). A rendição incondicional do crente a Deus tem efeito santificador nele.
  • Estorvos à santificação do crente.
  •  Estorvos são embaraços que impedem o cristão de viver em santidade, tais como:
  • Desobediência. Desobedecer de modo consciente, contínuo e obstinadamente à conhecida vontade do Senhor (Ex 19.5,6).
  • Comunhão com as trevas. Comungar com as obras infrutíferas das trevas (Rm 13.12); com os ímpios, seus costumes mundanos e suas falsas doutrinas (Ef 5.3; 2 Co 6.14-17).
  • Áreas da vida não santificadas. Alguns aspectos reservados da vida do crente que não foram consagrados a Deus devem ser apresentados ao Senhor. Como, por exemplo, mente, sentidos, pensamento, instintos, apetites e desejos, linguagem, gostos, vontade, hábitos, temperamento, sentimento. Um exemplo disso está em Mateus 6.22,23. A necessidade de santificar-se. Para esse tópico aconselhamos a leitura meditativa de 2 Coríntios 7.1 e 1 Tessalonicenses 4.7. Vejamos por que é necessário seguir a santificação: 1) A Bíblia ordena. A Bíblia afirma que temos dentro de nós a “lei do pecado” (Rm 7.23:8.2). Daí ela ordenar que sejamos santos (I Pe I.I6;Lv 11.44,*Ap 22.11); o Senhor habita somente em lugar santo (Is 57.15; I Co 3.17). 2) Só os santos serão arrebatados. O Senhor Jesus que é santo virá buscar os que são consagrados a Ele (I Ts 3.13; 5.23; 2 Ts I.I0; H b 12.14). Por isso, a vontade de Deus para a vida do crente é que ele seja santo, separado do pecado (I Ts 4.3). 3) A santidade revelada de Deus. Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente (Lv 10.3; Nm 20.12). Então, o crente não deve ficar observando, nem exigindo santidade na vida dos outros; ele deve primeiro demonstrar a sua!
  • 0s ataques do Diabo. Devemos atentar para o fato de que o Inimigo centraliza seus ataques na santificação do crente. A principal tática que o Adversário emprega para corromper a santidade é o pecado da mistura. Isso ele já propôs antes a Israel através de Faraó (Ex 8.25), o que abrange mistura da igreja com o mundanismo; da doutrina do Senhor com as heresias; da adoração com as músicas profanas; etc. Em muitas igrejas hoje a santificação é chamada de fanatismo. Nessas igrejas falam muito de união, amor, fraternidade, louvor, mas não da separação do mundanismo e do pecado. Notemos que as “virgens” da parábola de Mateus 25 pareciam todas iguais; a diferença só foi notada com a chegada do noivo. Estejamos, pois, preparados para o Encontro com Jesus nos ares, avivados para o Arrebatamento (I Ts 4.16,17).


VII. O Espírito Santo e a Segunda Vinda de Cristo


O assunto da Segunda Vinda de Cristo é parte inerente da pregação do evangelho (Mt 24.14). Foi isso que o apóstolo Pedro deixou bem claro no dia de Pentecostes, na primeira mensagem evangelística registrada na Bíblia (At 2.14-21). A vinda de Jesus é a nossa sublime e bem-aventurada esperança. O próprio Senhor afirmou que voltaria para levar os seus (Jo 14.3, 18; Ap 22.20). Como será a vinda de Cristo  Segundo as Escrituras, a segunda vinda terá duas fases: “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 2.13).

  • A volta de Jesus para a Igreja. Nesta ocasião Jesus levará sua Igreja para o céu, num instante e em segredo quanto ao mundo. Nessa primeira fase, Ele virá até as nuvens (I Co 15.52; I Ts 4.16,17).
  • Na segunda fase, virá com todos os santos e anjos, descendo sobre o monte das Oliveiras publicamente, repleto de glória e de poder. Nesse momento, livrará a Israel, que estará sucumbindo sob as forças do Anticristo, e julgará as nações, e estabelecerá com poder e justiça o Reino Milenial (Zc 14.4; Mt 24.30; Ap 1.7; I9.I I; 20.6).

No Arrebatamento da Igreja, Jesus virá para os seus santos; na sua manifestação em glória, com os seus santos (Cl 3.4). O derramamento do Espírito Santo em escala mundial (At 2.16,17; J1 2.28). Com esse sinal da segunda vinda vem também a operação de milagres e prodígios, a dinamização e expansão do evangelho e o avanço da obra missionária. Através dos séculos, o Senhor nunca deixou de derramar do Espírito Santo sobre o seu povo, ora mais, ora menos. Mas, a partir de 1901, o derramamento do Espírito Santo tem sido cada vez maior. E somos testemunhas disso. Conservemos, pois, a doutrina bíblica do Espírito Santo. Mantenhamo-nos com a chama do Pentecostes acesa! Afinal, somente os avivados podem fazer a última oração registrada na Bíblia: “Ora, vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).


Viva uma vida cheia da plenitude do Espírito Santo para a Glória de Deus.

terça-feira, 26 de julho de 2022

as 9 alianças condicionais e incondicionais de Deus

 

 

Por: Jânio Santos de Oliveira

  Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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  Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com


 Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!         

 

 


 

 

Deus estabeleceu a aliança mosaica  com a nação de Israel, no Monte Sinai.



 Existem dois tipos de alianças na Bíblia: condicional e incondicional. A "condicional" significa que, para Deus cumprir sua parte, a humanidade deve cumprir a sua, primeiro.

 

Já as alianças "incondicionais" são aquelas que Deus cumpre com o seu poder divino. Cada uma das oito principais alianças na Bíblia cai em uma dessas duas categorias e opera dentro de "dispensações", ou períodos de tempo específicos. Cada uma aborda um conjunto específico de participantes e circunstâncias.


1.          A Aliança Edênica (condicional)

 

 

A Aliança Edênica é uma condicional, encontrada no Gênesis 1:26-31, 2:16-17, que traça as consequências do pecado de Adão e Eva no Jardim do Éden. Sua desobediência determinou o destino de toda a humanidade. Na Aliança Edênica, Deus promete a Adão que as bênçãos e maldições dependem da fidelidade da humanidade. Por causa de seu pecado, a aliança prevê que o homem finalmente terá uma morte física e espiritual.

 

2. A Aliança Adâmica  (condicional)

 

A Aliança Adâmica é encontrada em Gênesis 3:16-19 e é uma aliança incondicional. Embora só Deus e Adão sejam participantes dessa aliança, Adão é considerado um representante de toda a humanidade, ou seja, a oferta ainda se aplica nos dias de hoje. Na Aliança Adâmica, Deus diz a Adão que tipo de dificuldades pode esperar na vida por causa de seu pecado. Muitos cristãos interpretam essa aliança de maneira a incluir a promessa de um redentor que virá para resgatar os homens da consequência do pecado.



 

Esta aliança determina a vida do homem decaído, e marca condições que prevalecerão até a época do reino eterno.

"Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm 8.21).

 

Os Elementos da Aliança Adâmica, são os seguintes:

 

1. A Serpente, instrumento de Satanás, amaldiçoada;


2.  A primeira promessa de um redentor, Gn 3.15;


3.  A condição da Mulher mudada em três sentidos, Gn 3.16: concepção multiplicada; maternidade ligada com sofrimento; sujeição ao homem, Gn 1.26,27.


4.  A Terra Amaldiçoada por causa do homem, Gn 3.17;


5. O inevitável cansaço da vida, Gn 3.17;


6. O leve trabalho do Éden, Gn 2.15; mudado para o serviço laborioso, Gn 3.18,19,e


7. A morte física, Gn 3.19; Rm 5.12,2; para a Morte Espiritual (veja-se Gn. 2.17; Ef. 2.5).

"Deus dá uma demonstração que sua atitude para com o Homem é sempre com o intuito de fazê-lo compreender sua pequenez e dependência, mas jamais deixa de prover".

 

Aqui, duas Ofertas Diferentes:

 

1. Abel.

Oferece sangue. Ele mostrou penitência e desejo de aproximar-se de Deus. O sacrifício foi feito pela Fé nos atributos que ele via em Deus, I Jo 3.12. Devemos observar que havia uma grande diferença na conduta de Caim e Abel, que era um homem de fé e obediente ao Senhor, Gn 4.4; Hb 11.4 e Caim, ofereceu dos frutos do campo que cultivava, demonstrando um espírito de alta confiança, onde temos uma "Oferta Sem Fé", movida pela rebelião e pelo desprezo ao Redentor. Deus recebe a oferta de Abel e Caim revolta-se e mata seu irmão:

"É bom notar que a "primeira contenda" entre irmãos resultou em ódio, separação e morte ".

2. Caim

Foi o primeiro a construir cidades e o primeiro a glorificar o nome do homem, Gn 4.17. Edificou uma cidade e pôs o nome de seu filho, Enoque.

 

Sua Linhagem Ímpia:

Lameque, Gn 4.19. Foi o "primeiro polígamo", isto é, possuiu mais de uma mulher, Gn 4.23,24. Brigou com um rapaz, saiu ferido e o matou.

Jabal, um dos filhos de Lameque. Distingue-se como o "primeiro homem a ocupar-se da pecuária e a adotar uma vida nômade", habitando em tendas. Talvez em desafio ao mandamento.

Jubal, outro filho de Lameque. Foi o "Inventor de Instrumentos Musicais". A música é do Senhor e haverá maravilhosa harmonia no Céu.

Tubal-Caim era "fabricante de Artefatos de Ferro e Cobre". Possivelmente, foi o primeiro homem a forjar armas bélicas^ Por causa desses materiais, Gn 6.13, é "pois a terra está cheia de violência dos homens". Isso indica a orgia de crimes, homicídios e obras iníquas.

Esses homens: Jabal, Jubal e Tubal-Caim eram ímpios, Gn 4.26.

Depreendemos de Gn 4.25, que o assassinato de Abel teve lugar pouco antes do nascimento de Sete, isto é, uns 130 anos depois da criação do homem. Por isso não devemos pensar que Abel e Caim fossem os únicos filhos de Adão e Eva. Em Gênesis 3.20, lemos: Eva, mãe de todos os viventes; e Gn 5.4, registra que Adão e Eva tiveram filhos e filhas. A tradição diz que foram 33 filhos e 27 filhas. Esses naturalmente tiveram descendências. Por isso quando Abel morreu, provavelmente havia muito mais gente no mundo do que se pensa. Deus coloca um sinal em Caim, Gn 4.15. Na V.B. lê-se: "Jeová deu um Sinal a Caim'9. Não devemos entender que ele fosse marcado, mas que Deus, de alguma maneira, assinalou a pretensão divina.

Uma pergunta frequente é esta: "Com quem casou Caim? ". A resposta, por uma suposição, é esta: com uma irmã dele.

Você talvez vai ignorar este casamento, mas não deve esquecer que a proibição de casamento com parente próximo, veio só 2.500 anos depois, Lv 18.6. Sabemos que "tais uniões", ilícitas para os Israelitas, eram praticadas por outros povos, Lv 18.24. 

 

3. A Aliança Noética (condicional)

 

Esta Dispensação durou 427 anos, desde o tempo do Dilúvio até a Dispersão do homem sobre a superfície da Terra, Gn 10.35; 11. l O-19.

O homem fracassou inteiramente e o julgamento do Dilúvio marca o fim da Segunda Dispensação e o começo da Terceira. A declaração da aliança com Noé sujeita a humanidade a uma prova: "o homem é essencialmente responsável pelo governo do mundo, de acordo com a vontade de Deus". Essa responsabilidade pesou sobre os judeus e gentios, até que o fracasso de Israel sobre a Aliança da Palestina, Dt 28-30.1-10, resultou no julgamento dos cativos quando começaram "os tempos dos gentios", Lc 21.24. O governo do mundo passou definitivamente para os gentios, Dn 2.3 6-45; At 15.14-17, e Israel, como os Gentios, tem governado para si e não para Deus.

Neste trecho de Noé e seus descendentes, contém alguns pontos que pedem a nossa atenção: a bênção e a promessa de Deus', o pacto que fez com Noé e com toda a alma vivente. O arco-íris, Gn 9.12,17. Alguns pensam que antes do Dilúvio, nunca houve chuva, Gn 2.6. Ezequiel teve uma visão, Ez l .28: "Como o aspecto do arco que aparece no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava".

Em Gn 9.21, lemos sobre a embriaguez, de Noé que nos faz ver que até um homem ricamente abençoado por Deus pode ser vencido por pecados carnais.

De passagem, notamos o procedimento correio de Sem e Jafé, que em tempos remotos tiveram um sentimento moral tão desenvolvido como o dos mais ilustrados de hoje.

Notamos também, como a maldição caiu sobre Canaã, o filho mais moço de Cão, e não sobre seu pai, e desde então os Cananitas foram adversários do povo de Deus, até serem totalmente extintos da Terra, Is 17.18.

Se a Bíblia não tivesse registrado: a embriaguez de Noé; o adultério de Davi e a mentira de Pedro, estaríamos imaginando que os homens piedosos do passado eram diferentes de nós mesmos, pois temos tido nossos lapsos na senda da retidão. Verificamos que tal falha não nos autoriza cairmos no mesmo delito, porque deles já temos a história e o aviso: "Olha, Não Caia)>.

Quatro Raças originaram-se dos quatro filhos de Cão. Essas por sua vez subdividiram depois, povoaram as terras da África, da Arábia Oriental, da Costa Oriental do Mar Mediterrâneo e do grande Vale dos rios Tigre e Eufrates.

 

Descendentes de Noé:

 

a) Jafé: zona Norte das nações e as proximidades dos mares Negro e Cáspio: as raças caucásicas da Europa e Ásia.

b) Cão: zona Sul das nações, a Arábia Meridional e Central, o Egito, a costa oriental do Mediterrâneo e a costa oriental da África. (Canaã, filho de Cão).

c)Sem: zona central das nações. Os semitas incluíam os judeus, assírios e sírios, na parte Norte do vale do Eufrates. A Aliança com Noé, Gn 9.1-17:

1) Confirmação de que o homem seria relacionado à terra, conforme a Aliança Adâmica,Gn8.21;

2) Confirmação da ordem da natureza, Gn 8.22;

3) Estabelecimento do governo humano, Gn 9. l -6;

4) Garantia de que a Terra não sofreria outro Dilúvio, Gn 8.21; 9.11;

5) Declaração profética de que procederia de Cão uma posteridade inferior e serviçal, Gn9.24.25;

6) Declaração profética de que haveria uma relação especial entre Jeová e Sem, Gn9.26.27, e

7) Declaração profética de que de JAFÉ procederiam as "raças dilatadas ", Gn 9.27. Os governos, as ciências e as artes têm provido, geralmente, de descendentes de Jafé; assim a História tem confirmado o exato cumprimento dessas declarações.

 

A Torre de Babel, Gn 11

Neste capítulo do Gênesis encontramos o começo da confederação e do engrandecimento humano. E Deus desaprovou essa confederação: impediu o projeto de se fazer uma alta torre que tocasse no "céu". É interessante confrontar com este começo o desenvolvimento de confederações humanas de hoje e a multiplicação de nomes partidários.

A Descendência de Sem.

Vemos que a posteridade abençoada por Deus nem sempre seguiu pela linha do primogênito. Arpachade era o terceiro filho de Sem, Gn 10.22, e não o primeiro.

Em Gn 5, vemos que as idades dos patriarcas vão quase sempre diminuindo. Porventura seria licito entender que os anos eram, no princípio, mais curtos do que atualmente7 Somente assim poderemos compreender o caso de um homem esperar uns 100 anos antes de nascer-lhe um filho.

 

4. A Aliança Abraâmica (incondicional)

 

A Aliança Abraâmica é uma aliança incondicional em que Deus faz uma promessa a Abraão de que ele seria pai de muitas nações diferentes e que iria prosperar e ser abençoado. Através de Abraão, veio a raça dos judeus, e o sinal da aliança é a circuncisão. Os detalhes da aliança de Abraão pode ser encontrados em Gênesis 12:1-4, 13:14-17, 15:1-7, 17:1-8.

O alcance individual das bênçãos. A Bíblia revela que Deus trata com pessoas e não apenas com nações. É o que aprendemos com a vida de Abraão. Na Antiga Aliança, as bênçãos contemplavam o presente, mas também apontavam para o porvir. Eram circunstanciais, porém sinalizavam algo permanente. As bênçãos, portanto, eram tanto temporais como eternas. As temporais eram aquelas que diziam respeito à realidade pessoal do patriarca; as eternas referiam-se às promessas que estavam por se cumprir na plenitude dos tempos (Gl 4.4).

 

Quando Deus chamou Abraão de Ur dos Caldeus, o patriarca não partiu motivado por expectativas materiais e financeiras, mas saiu para cumprir a vontade divina. Mas nem por isso Abraão deixou de ser abençoado com bens materiais (Gn 24.35). Ele sabia como lidar com o transitório, pois tinha a mente no eterno.

A Aliança Abraâmica é a precursora das Alianças redentoras e todas as bênçãos espirituais de Deus partem dela (ver Gênesis 12.1-3,7; 13.14-17; 15.1-21; 17.1-21; 22.15-18).

Essa Aliança representa uma questão fundamental na profecia bíblica, no que diz respeito a ainda ser ou não válida para o povo de Israel.

As três principais promessas da Aliança Abraâmica estão relacionadas com terra, semente (descendência) e uma bênção que se estenderá para todo o mundo (Gênesis 12.1-3).

Enquanto Abraão e seus descendentes diretos – Israel – são os principais envolvidos na promessa, os gentios também são incluídos como participantes.

 

A Aliança pode ser subdividida em 14 aspectos (a partir do texto de Gênesis):

1. Uma grande nação surgiria de Abraão: Israel (12.2; 13.16; 15.5; 17.1-27; 22.17).

2. Ele recebeu a promessa de uma terra específica: a terra de Canaã (12.1,5-7; 13.14-15,17; 15.18-21; 17.8).

3. O próprio Abraão seria abençoado (12.2; 15.6; 22.15-17).

4. O nome de Abraão seria grande (12.2).

5. Abraão seria uma benção para os outros (12.2).

6. Os que o abençoassem seriam abençoados (12.3).

7. Os que o amaldiçoassem seriam amaldiçoados (12.3).

8. Em Abraão todos os habitantes da terra seriam abençoados já que era uma promessa que se estenderia aos gentios (12.3; 22.18).

9. Abraão teria um filho com sua esposa, Sara (15.1 -4; 17.1 ó-21).

10. Seus descendentes seriam escravos no Egito (15.13-14).

11. Assim como Israel, outras nações surgiriam de Abraão (17.3-4,6); os Estados árabes são algumas dessas nações.

12. Seu nome seria mudado de Abrão para Abraão (17.5).

13. O nome de Sarai seria mudado para Sara (17.15).

14. Haveria um sinal da aliança – a circuncisão (17.9-14). De acordo com a Aliança Abraâmica, a circuncisão era uma identificação do que é ser judeu.

 

As 14 promessas são distribuídas e se cumprem nas três partes:

1. Abraão – 1,2,3,5,6,9,11,12,13

2. Israel, a semente – 1,2,5,6,7,10,14

3. Gentios – 6,7,8,11

 

 

 

Dessa maneira, pode-se dizer que as promessas de terra da aliança abraâmica são desenvolvidas na aliança palestina, as promessas de semente são desenvolvidas na aliança davídica e as promessas de benção são desenvolvidas na nova aliança. Esta, então, determina todo o futuro plano para a nação de Israel e é um fator de grande importância na escatologia bíblica.

 

O Caráter da Aliança Abraâmica

Como a aliança abraâmica trata da posse da Palestina por Israel, de sua continuidade como nação para possuir essa terra e de sua redenção a fim de que possa gozar a benção na terra sob seu rei, é de grande importância descobrir o método de cumprimento dessa aliança. Se é uma aliança literal a ser cumprida literalmente, então Israel deve ser preservado, convertido e restaurado. Se é uma aliança incondicional, esses acontecimentos na vida nacional de Israel são inevitáveis.

 

Elemento Condicional

 

Enquanto Abraão morava na casa de Terá, um idólatra (Js 24.2), Deus ordenou que ele deixasse a terra de Ur, embora isso exigisse jornada a uma terra estranha e desconhecida (Hb 11.8), e fez promessas específicas que de pendiam desse ato de obediência. Abraão, em obediência parcial, visto que não quis separar-se de sua família, viajou a Harã (Gn 11.31). Ele não recebeu nenhuma das promessas ali. Apenas com a morte do pai (Gn 11.32) é que Abraão começa a receber alguma parte da promessa de Deus, pois somente depois desse fato é que Deus o leva para a terra (Gn 12.4) e lhe reafirma a promessa original (Gn 12.7).

É importante observar a relação da obediência com o plano da aliança. Quer Deus instituísse um plano de aliança com Abraão, quer não, isso dependia do ato de obediência de Abraão em abandonar a terra. Quando, por fim, esse ato foi cumprido e Abraão obedeceu a Deus, Deus instituiu um plano irrevogável e incondicional. Essa obediência, que se tornou a base da instituição do plano, é citada em Gênesis 22.18, em que a oferta de Isaque é apenas mais uma evidência da atitude de Abraão para com Deus.

A existência de um plano de aliança com Abraão dependia do ato de obediência de Abraão. Quando ele obedeceu, a aliança instituída dependia não da obediência continuada de Abraão, mas da promessa de quem a instituiu. O fato da aliança dependia da obediência; o tipo de aliança inaugurada era totalmente desvinculado da obediência continuada de Abraão ou de sua semente.

 

Elemento Incondicional (visão pré-milenista)

A questão de a aliança abraâmica ser condicional ou incondicional é reconhecida como ponto crucial de toda a discussão relacionada ao cumprimento da aliança abraâmica. Vários argumentos têm sido apresentados para apoiar a proposta dos pré-milenistas quanto ao caráter incondicional dessa aliança:

1) Todas as alianças de Israel são incondicionais, com exceção da mosaica. A aliança abraâmica é expressamente declarada eterna e, por consequência, incondicional em várias passagens (Gn 17.7,13,19; l Cr 16.17; Sl 105.10). A aliança palestina também é declarada eterna (Ez 16.60). A aliança davídica é apresentada da mesma forma (2Sm 7.13,16,19; l Cr 17.12; 22.10; Is 55.3; Ez 37.25). A nova aliança com Israel é igualmente eterna (Is 61.8; Jr 32.40; 50.5; Hb 13.20).

2) Com exceção da condição original de abandonar sua terra natal e dirigir-se à terra prometida, a aliança é firmada sem condições.

3) A aliança abraâmica é confirmada repetidamente por reiteração e por ampliação. Em nenhuma dessas ocasiões as promessas adicionadas se condicionam à fé da semente ou do próprio Abraão; nada se diz sobre ela estar sujeita à fé futura de Abraão ou de sua semente.

4) A aliança abraâmica é formalizada por um ritual divinamente ordenado que simboliza o derramamento de sangue e a passagem entre as partes do sacrifício (Gn 15.7-21; Jr 34.18). Essa cerimônia foi dada a Abraão como garantia de que sua semente herdaria a terra nas mesmas fronteiras dadas a ele em Gênesis 15.18-21. Nenhuma condição está conectada à promessa nesse contexto.

5) Para distinguir os que herdariam as promessas como indivíduos dos que eram apenas a semente física de Abraão, foi dado o sinal visível da circuncisão (Gn 17.9-14). Os incircuncisos eram considerados não alcançados pela bênção prometida. O cumprimento último da aliança abraâmica e a posse da terra pela semente não dependiam, contudo, da fidelidade ao pacto de circuncisão. Na verdade as promessas da terra foram concedidas antes que a cerimônia fosse introduzida.

6) A aliança abraâmica foi confirmada pelo nascimento de Isaque e de Jacó, os quais receberam repetições das promessas na forma original (Gn 17.19; 28.12,13)

7) O fato notável é que as repetições da aliança e o seu cumprimento parcial acontecem a despeito da desobediência. E claro que em vários instantes Abraão se afastou da vontade de Deus. No próprio ato as promessas são repetidas a ele.

8) As confirmações posteriores da aliança foram feitas em meio a apostasia. Muito importante é a promessa dada por Jeremias de que Israel continuaria como nação para sempre (Jr 31.36)

9) O Novo Testamento declara a aliança abraâmica imutável (Hb 6.13-18; Gn 15.8-21). Ela não foi apenas prometida, mas solenemente confirmada pelo juramento de Deus.

10) Toda a revelação das Escrituras a respeito de Israel e de seu futuro, contida no Novo e no Antigo Testamento, se interpretada literalmente, confirma e sustenta o caráter incondicional das promessas feitas a Abraão.

 

Argumentos amilenistas contra o caráter incondicional da aliança Abraâmica

Oswald T. Allis, um dos principais defensores da posição amilenista, sistematiza o pensamento dessa escola de interpretação.

1)     "Deve-se observar que pode haver uma condição numa ordem ou promessa sem estar especificamente declarada. Exemplo disso é a carreira de Jonas. Jonas recebeu a ordem de pregar juízo incondicional, sem nenhuma reserva: "Em quarenta dias, Nínive será destruída" A condição não declarada foi pressuposta no próprio caráter de Deus como um Deus de misericórdia e compaixão .

 O juízo da família de Eli (1 Sm 2.30) é exemplo notável desse princípio." Allis argumenta que pode haver condições implícitas, não declaradas.

Contra-argumento

Em resposta a esse argumento, podemos observar que Allis começa com uma admissão desconcertante não existem condições declaradas nas Escrituras nas quais o amilenista possa buscar confirmação de sua defesa. Toda a sua posição repousa no silêncio, em condições implícitas e não declaradas. No caso de Eli, não existe nenhuma relação, pois Eli estava vivendo sob a economia mosaica, condicional em seu caráter e sem relação com a aliança abraâmica.

O fato de a aliança mosaica ser condicional não significa que a aliança abraâmica também precise ser. E, além disso, no que diz respeito a Jonas, devemos observar que também não existe relação. A mensagem que Jonas pregou não constituía uma aliança e não se relaciona de forma alguma à aliança abraâmica. Era um princípio bem estabelecido das Escrituras (Jr 18.7-10; 26.12,13; Ez 33.14-19) que o arrependimento afastaria o juízo. O povo se arrependeu e o juízo foi retirado. Mas a pregação de Jonas, da qual é dada apenas uma declaração resumida, de forma alguma altera o caráter da aliança abraâmica.

 

2) "É verdade que, nos termos expressos da aliança abraâmica, a obediência não é declarada como condição. Mas dois fatos indicam claramente que a obediência estava pressuposta. Um, é que obediência é a pré-condição de bênção em todas as circunstâncias. O segundo fato é que, no caso de Abraão, o dever da obediência é particularmente salientado. Em Gênesis 18.17s. diz-se claramente que, da escolha de Abraão, Deus propôs trazer à existência, por piedosa preparação, uma semente justa que "guardaria o caminho do Senhor", para que em consequência e recompensa de tal obediência "o Senhor cumpra a Abraão tudo o que a respeito dele falou".

 

Contra-argumento

 

Mais uma vez, Allis reconhece que as Escrituras não contém, em parte alguma, nenhuma declaração de condições estipuladas. Embora isso devesse ser suficiente em si mesmo, há outras considerações concernentes a esse argumento. Primeiramente, é errado declarar que a obediência é sempre uma condição para a bênção. Se isso fosse verdade, como poderia um pecador ser salvo?

Mais uma vez, é importante observar que uma aliança incondicional, que confere certeza ao plano pactual, pode conter bênçãos condicionais. O plano será cumprido, mas o indivíduo recebe as bênçãos relacionadas apenas por ajustar-se às condições das quais essas bênçãos dependem. E o caso da aliança abraâmica. Além do mais, já foi dito que, embora a instituição do plano pactual entre Deus e Abraão de pendesse do ato de obediência deste em abandonar sua casa, uma vez inaugurada a aliança, ela não impunha condição alguma. E, finalmente, a aliança é reafirmada e ampliada para Abraão depois de atos defini dos de desobediência (Gn 12.10-20; 16.1-16).

 

3) "A obediência foi vitalmente ligada à aliança abraâmica e isso é demonstrado com clareza especial pelo fato de que havia um sinal, o rito da circuncisão, cuja observância era de fundamental importância. A eliminação do povo da aliança era a punição para quem não o observasse. O rito era em si um ato de obediência (1 Co 7.19)."

Contra-argumento

Em resposta a essa alegação, é suficiente destacar que o rito da circuncisão, dado em Gênesis 17.9-14, veio muitos anos após a instituição da aliança, e após repetidas reafirmações a Abraão (Gn 12.7; 13.14-17; 15.1-21). Que motivo há em exigir que um sinal siga a aliança quando a aliança está claramente em vigor antes da instituição do sinal? Então, novamente, a partir de um estudo do rito conclui-se que a circuncisão está relacionada ao gozo das bençãos da aliança e não à sua instituição ou continuidade.

 

4) "Os que insistem em que a aliança abraâmica foi totalmente incondicional na verdade não a consideram como tal; isso também é demonstrado pela grande importância que os dispensacionalistas atribuem ao fato de Israel estar "na terra" como condição prévia da benção sob essa aliança."

5) "Que os dispensacionalistas não consideram a aliança abraâmica totalmente incondicional também se evidencia pelo fato de que jamais os ouvimos falar sobre a reintegração de Esaú à terra de Canaã e à completa bênção sob a aliança abraâmica. Mas, se a aliança abraâmica fosse incondicional, por que Esaú foi excluído das bênçãos?"

Contra-argumento

Esses dois argumentos podem ser respondidos juntos. Em cada caso, que o que se tem em mente é o relacionamento com as bênçãos, não o relacionamento com a continuidade da aliança. Como se afirmou anteriormente, as bênçãos eram condicionadas à obediência, à permanência no lugar da bênção. Mas a aliança em si vigorava quer estivessem na terra, quer fossem contemplados ou não com a bênção.

Por outro lado, se a desobediência e a retirada da terra anulassem a aliança, não importaria se Esaú tivesse permanecido na terra ou não. Mas, já que bênçãos cairiam sobre o povo da aliança, Esaú foi excluído porque não estava qualificado para recebê-las, uma vez que não cria nas promessas. Observamos que a primogenitura (Gn 25.27-34) desprezada por Esaú era a promessa de que ele seria o herdeiro da aliança abraâmica. Já que essa se baseava na integridade de Deus, Esaú deve ser visto como homem que não cria que Deus pudesse cumprir ou cumprisse a Sua palavra. Da mesma forma, a bênção desprezada (Gn 27) lhe pertencia sob a aliança, e dela Esaú foi privado por causa de sua descrença manifesta no desdém em relação à primogenitura. A rejeição de Esaú ilustra o fato de que a aliança era seletiva e deveria ser cumprida por meio da linhagem escolhida por Deus.

 

6) "A certeza do cumprimento da aliança não se baseia no fato de ser incondicional, nem seu cumprimento depende da obediência imperfeita de homens pecadores. A certeza do cumprimento da aliança e a segurança do crente sob ela, em última análise, dependem totalmente da obediência a Deus."

Contra-argumento

É impossível deixar de notar a mudança completa na linha de raciocínio nesse aspecto. Até aqui sustentou-se que a aliança não será cumprida porque ela é uma aliança condicional. Agora se afirma que a aliança será cumprida com base na obediência de Cristo. Como nossas bênçãos espirituais são resultado dessa aliança (Gl 3), o amilenarista é obrigado a reconhecer algum cumprimento. Se ela tivesse sido ab-rogada, Cristo jamais teria vindo. Se a segurança oferecida sob ela fosse condicional, não haveria certeza de salvação. Conquanto concordemos largamente que todo cumprimento se baseia na obediência de Cristo, esse fato não altera o caráter essencial da aliança que tornou necessária a vinda de Cristo. Se Cristo veio como cumprimento parcial da aliança, Sua segunda vinda promete um cumprimento completo.

 

7) 

a) "Com respeito à semente, devemos observar que as mesmas palavras que aparecem na aliança são usadas para a nação de Israel na época de Salomão. Isso indicaria que a promessa foi considerada cumprida nesse aspecto na época de ouro da monarquia."

b) "Com respeito à terra, o domínio de Davi e de Salomão estendia-se do Eufrates ao rio do Egito.

 Israel tomou posse da terra prometida aos patriarcas. Eles a possuíram, mas não “para sempre”. Aposse da terra foi perdida pela desobediência  ela pode ser considerada cumprida séculos antes do primeiro advento…"

Contra-argumento

A aliança não terá cumprimento futuro por que já foi cumprida historicamente. A história de Israel, mesmo sob a glória dos reinados de Davi e de Salomão, nunca realizou a promessa feita a Abraão. Logo, à experiência histórica citada não podemos atribuir cumprimento. Mais ainda, se a aliança fosse condicional, visto que Israel esteve muitas vezes em desobediência entre a instituição da aliança e o estabelecimento do trono de Davi, como explicar algum cumprimento? A incredulidade que se seguiu à era de Davi não se diferenciava da que a precedeu. Se a descrença posterior anulava a aliança, a descrença anterior teria impedido qualquer espécie de cumprimento.

 

Implicações Escatológicas da Aliança Abraâmica

O significado da Aliança Abraâmica para a profecia bíblica está relacionado com a maneira de vermos como Deus está cumprindo as Suas promessas. É consenso que Jesus facilita o cumprimento de muitos aspectos da aliança (Galatas 3.6-4,11).

Amilenistas, pós-milenistas e teólogos aliancistas normalmente crêem que a Igreja se apossou de todas as promessas, enquanto a nação de Israel foi posta de lado.

 

Os pré-milenistas em geral acreditam que a Igreja é co-participante das bênçãos espirituais da aliança (Romanos 15.27; Galatas 3.6-29). Eles concluem que no futuro Israel experimentará o cumprimento das suas promessas nacionais, quando o povo voltar a ser reunido e aceitar Jesus como Messias. Assim, a Igreja é vista como participante, através de Abraão, das promessas e não como suplantadora daquilo que foi estipulado para ser cumprido através da nação de Israel.

Apenas o cumprimento literal de todas as bênçãos para Israel, para os gentios e para a Igreja faz justiça ao plano de Deus, conforme estabelecido na Bíblia.

Uma vez verificado que a aliança abraâmica é uma aliança incondicional feita com Israel, que conseqüentemente não pode ser cumprida nem abolida por nenhum outro povo além da nação de Israel, observamos que Israel tem promessas com respeito à terra e à descendência que determinam o plano de Deus. Os termos terra e descendência, juntamente com a palavra benção, resumem os aspectos essenciais da parte escatológica da aliança. Um exame da promessa de Deus a Abraão mostrará a dupla ênfase da promessa.

 

"Darei à tua descendência esta terra (Gn 12.7).

Porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre. Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência (Gn 13.15,16).

Naquele mesmo dia fez o Senhor aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates (Gn 15.18).

Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência. Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus (Gn 17.7,8)"

 

5. A Aliança Mosaica (condicional)

 

A Aliança Mosaica era uma condicional que Deus fez entre Ele e Moisés. Encontrada em Êxodo 20:01 - 31:18, essa aliança contém os mandamentos que Deus deu aos israelitas por eles descobrirem a vontade de Deus para governar o povo. Na teologia cristã, os termos da Aliança Mosaica, que são mandamentos, estatutos e juízos, expiraram na cruz, quando Jesus morreu pelos pecados dos homens, o que começou a "Nova Aliança".

 

 

A Dispensação da Lei teve uma duração de 1.430 anos: do "Êxodo do Egito" até a "Crucificação de Cristo".

Para estudarmos este livro, onde começa a Quinta Dispensação, vamos verificar de!, importantes revelações de Deus, a saber:

 

1) O "Eu Sou ", na sarça ardente - Um Deus que mantém aliança;

2) As pragas - Um Deus de punição;

3) A Páscoa - Um Deus de redenção;

4) A travessia do Mar Vermelho - Um Deus de poder;

5) A jornada até o Sinai - Um Deus de provisão;

6) A Lei - Um Deus de santidade;

7) Tabernáculo, sacerdote, ofertas - Um Deus de comunhão;

8) A punição devida do bezerro de ouro - Um Deus de disciplina;

9) A Renovação da Aliança - Um Deus de graça;

10) A vinda da glória - Um Deus de glória.

"Porque a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e verdade vieram por Jesus Cristo '\ Jo l. 17.

É bom lembrar que esta Dispensação pode ser chamada de Dispensarão dos Israelitas.

Devemos lembrar que o cenário histórico data de 1440 a.C. aproximadamente. Sabemos que a data do Êxodo foi por volta de 1445 a.C. Além desta outra data, também é defendida pêlos estudiosos do AT, a de 1290 a.C. O tema do livro:

"Redenção e organização de Israel como povo da Aliança".

Em Gn 19.3 começa a Quinta Dispensação, quando a Lei foi colocada em ênfase dos princípios de Deus.

Israel chega ao monte Sinai depois de 3 meses de uma longa viagem.

 

Neste momento. Deus chama-o a um Concerto mais sério, e passa-lhe uma no vá lição:

 

1. Mediante ao mandamento aprendeu a Santidade de Deus;

2. Mediante ao seu próprio erro, aprendeu a sua fraqueza pecaminosa;

3. Mediante a provisão do sacerdócio e do sacrifício, aprendeu a Bondade de Deus.

Em Gl 3.6-25, aprendemos a relação da Lei para com a Aliança Abraãmica:

1. A Lei não pode anular esta aliança;

2. Foi "acrescentada " para convencer do pecado;

3. Servia de pedagoga até a vinda de Cristo;

4. Era uma disciplina preparatória "até que viesse a semente ". A trajetória de Israel no deserto e em Canaã é uma longa história de violação da Lei. A prova terminou no julgamento dos cativeiros, mas a Dispensação propriamente dita só terminou na Cruz. Podemos considerar:

 

1) O estado do homem no começo da jornada, Êx 19.1-3;

2) Sua responsabilidade, Êx 19.5,6; Rm 10.5;

3) Seu fracasso, II Rs 17.7-17; At2.22.23,

4) O julgamento, II Rs 17.1-6,20; 25.1-11; Lc 21.20-24.

Notemos neste capítulo o cuidado que Deus tem de desenvolver em Israel uma compreensão de sua santidade. No Egito tinham se acostumado com as imundas divindades do paganismo, e agora precisam aprender que Jeová é um Deus santíssimo e temível.

 

A Lei foi dada de três maneiras:

1.) Verbalmente, Êx 20.1-17. Isto era lei pura, sem nenhuma provisão de sacerdócio ou sacrifício, e foi acompanhada das "Ordenanças", Ex 21.1-23.13, relativas às relações de hebreus com hebreus; a isto foram acrescentadas, Ex 23.14- 49, direções diferentes às três festas anuais, Êx 23.30-33, e inscrições sobre a conquista de Canaã. Estas palavras Moisés comunicou ao povo, Êx 24.3-8. Imediatamente, na pessoa dos seus anciões, foram admitidos na presença de Deus, Êx 24.9-11.

2) Moisés foi então chamado ao monte para receber as tábuas de pedra, Êx 24.12-18. A história então se divide. Moisés no monte recebe instruções referentes ao Tabernáculo, ao sacerdócio e aos sacrifícios, Êx 25-31. No entanto, o povo, Êx 32, chefiado por Aarão, transgride o primeiro mandamento. Moisés, voltando, quebra as tábuas escritas pelo dedo de Deus, Êx 31.18; 32.16-19.

3°) As segundas tábuas são feitas e a Lei escrita novamente (por Moisés?) na presença de Jeová, Êx 34.1,28,29.

 

Os Dez Mandamentos

 

A Aliança Mosaica foi dada a Israel com três divisões, cada uma ligada às outras, e, conjuntamente, formando a Aliança Mosaica.

Os Dez Mandamentos, expressão da vontade de Deus para seu povo, Ex 20.1- 26; Os Juízos, governo da vida social de Israel, Êx21.1 - 24.11; e as Ordenanças, governando a vida religiosa de Israel, Êx 24.12 - 31.18. Estes três elementos formam a "LEI" como essa palavra se emprega no NT, Mt 5.17,18. Os Mandamentos e Ordenanças formam um só sistema religioso.

Os mandamentos foram um "Ministério de Condenação) e de "Morte)), II Co 3.7-9.

Os Dez Mandamentos são:

1) Não terás outros deuses diante de mim;

2) Não farás para ti imagem de escultura;

3) Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão;

4) Lembra-te do dia de sábado para o santificar;

5) Honra a teu pai e a tua mãe;

6) Não matarás;

7) Não adulterarás;

8) Não furtarás;

9) Não dirás falso testemunho;

10) Não cobiçarás.

 

Tabernáculo

 

Passaremos à história do Tabernáculo, considerado a grande Tipologia do Plano da Salvação, uma ordenança de Deus a Moisés para proteção e orientação do povo de Deus.

 

Vejamos alguns significados:

1. Tenda provisória onde Deus falava ao seu povo, Êx 33.3-10;

2. Construção portátil em forma de tenda, Êx 25.8,9;

3. Recebeu o nome de habitação, Êx 25.9;

4. Onde estava depositada a tábua da lei;

5. O tabernáculo do testemunho;

6. Denominado casa do Senhor, Êx 34.26;

7. Sua planta foi dada pelo Senhor a Moisés, Êx 25.22.

 

Verifique Sua Planta:

PERDÃO

Pelo sacrifício do sangue

PURIFICAÇÃO

Pela limpeza

PODER DE DEUS

Pela participação, percepção e oração

PRESENÇA DE DEUS

Pelo Sangue aspergido e Obediência

 

 

1. O Tabernáculo simboliza: Israel aproximando-se de Deus;

2. Tipificou a obra redentora de Cristo para trazer os pecadores a Deus.

 

 

 

6. A Aliança Israelita (condicional)

 

Os detalhes da Aliança Israelita são dados em Deuteronômio 30:1-10. Algumas pessoas têm se referido a essa aliança como a "Aliança Palestina", no entanto, a Bíblia não se refere assim a ela. Aqui, Deus faz uma promessa incondicional aos filhos de Israel de que ele vai dar-lhes uma terra própria. Esse pacto também inclui uma disposição que, quando a terra for dada para essa nação, as pessoas vão estar todas unidas mais uma vez servindo a Deus, e seus inimigos serão destruídos.

 

7.A Aliança Davídica (incondicional)

 

A Aliança Davídica é a promessa incondicional de Deus a Davi de que ele teria uma dinastia eterna. Encontradas em 2 Samuel 7:4-16 e 1 Crônicas 17:3-15, as disposições da Aliança Davídica giram em torno de três componentes principais: um trono eterno, Rei eterno (Jeremias 32:21) e um reino eterno (Daniel 7:14). O Cristianismo traça a linhagem de Davi a Jesus Cristo, que era descendente de Davi a muitas gerações, e vê Cristo como o legítimo herdeiro.
8. A Aliança de Deus com Salomão (condicional)

 

Com Salomão a aliança era incondicional em relação ao reino 

eterno de Deus, mas condicional no que diz respeito aos 

descendentes de Salomão ocuparem o trono (1Rs 8.4,5; 2Cr 

7.17,18). Cristo não pertence a linhagem de Salomão, caso 

contrário sofreria a maldição imposta a Conias (Jr 22.30). Aliança salomônica (2Sm 7.12,15; 1Rs 8.4,5; 2Cr 7.11,22).

Indiscutivelmente foi um dos maiores reis do mundo antigo. Lendo 1Cron 22. 9, ele era filho do rei Davi com Bate seba, o terceiro rei de Israel. 1Reis> caps 1-11 e 2 Cron. 1-9, narram a sua história. Em 1Reis 3. 10-14) Deus lhe aparece e faz faz promessas, Salomão pede Sabedoria, não Simplismente inteligência. "O Conceito Hebraico de Sabedoria Sempre envolve a habilidade"(se destingui entre o certo e o Errado).Deus respondeu com 3 Promessas Incondicionais e uma Condicional. Foi garantido a Salomão Sabedoria, riqueza e honra. Foi lhe prometido vida longa “se andar nos meus Caminhos", Promessas  incondicionais também são dadas a nós.

Ainda que algumas bênçãos permaneçam Condicionadas

a nossa obediência. Ele reinou durante 40 anos em Israel.

Salomão mantinha relações amistosas com o Egito e se

Casou com a filha de Faraó. Durante o seu reinado ele

dominava todas às terras conquistadas pelo rei Davi(1 Reis.5. 4), e na Palestina subjugou todos os Povos que não era Israelitas 1 Reis 9 .20-21 .

 O Reinado de Salomão foi um período de riqueza e grandiosidade sem paralelo em Israel. Foi também um Período áureo para a literatura. Associamos os Salmos a Davi. Mas Salomão e sua época estão relacionados com Provérbios. de acordo com a tradição., ele escreveu Eclesiastes e Cânticos dos

Cânticos. Esses livros nos dão muitas informações do homem Salomão, conhecido por sua sabedoria, mas que ainda assim teve um fim trágico, pois na velhice desviou-se do compromisso incondicional para com Deus.

Durante os longos anos de reinado de Salomão foi de uma glória crescente em Israel. Às Nações poderosas e tradicionais do Mundo antigo > os egípcios e os hititas-e os Impérios ainda por surgir > Assíria e Babilônia-não atacaram Israel no tempo de Davi e Salomão. (DIPLOMAÇIA), Salomão também desenvolveu laços íntimos com Hirao 1, o rei fenício de tiro=978-944 a.C.".

No entanto o Comercio uniu os dos Países. Tiro contribuiu com os" cedros do Líbano", e Israel com o fornecimento de trigo e outros produtos alimentícios.

ECONOMIAS". Salomão, investiu em parcerias comerciais por terra e por mar.

 

E assim Deus não levou adiante aquela aliança com ele pois 

 

Salomão se desviou do propósito divino, além do fato de a aliança ser realizada em caráter condicional.

 

 

9. A Nova Aliança (condicional)

 

A Nova Aliança é aquela mencionada muitas vezes em todo o Antigo Testamento, a promessa de uma futura Era Messiânica. Os cristãos acreditam que Jesus Cristo é o Messias prometido que preside a Nova Aliança. A principal referência da Nova Aliança é encontrada em Jeremias 31:31-40. Essa é uma aliança incondicional que foi estabelecida entre Deus e toda a humanidade que opta por participar de uma vida de obediência a uma nova fonte de eterna salvação (Hb 5:09), vista no Cristianismo como a promessa de Cristo. Uma das disposições inclui a liberdade das leis dadas na Aliança Mosaica.


 

Um Superior Sacrifício pelo Pecado

 

Dia após dia, um sacerdote levita entrava no templo e oferecia sacrifícios de animais para a remissão de pecados, conforme determinava a Lei de Moisés. O sistema sacrificial da Lei era apenas uma sombra do que Jesus iria realizar no futuro, através de Sua morte na cruz. O Livro de Hebreus ilustra de duas maneiras a ineficácia dos sacrifícios levíticos para remover o pecado. Em primeiro lugar, se o sacrifício pelo pecado aperfeiçoasse quem o oferecia em adoração, não haveria necessidade de repeti-lo (Hb 10.2). Em segundo lugar, se os israelitas tivessem sido verdadeiramente purificados do pecado através de sacrifícios de animais, “não mais teriam consciência [senso] de pecados” (Hb 10.2). Mas o fato é que nenhum de seus sacrifícios podia torná-los perfeitos ou livrá-los da consciência do pecado (Hb 9.9). Por quê? “Porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hb 10.4). O sangue de animais não tinha o poder de efetuar a redenção; a imolação ritual não podia purificar a carne, isto é, realizar a purificação cerimonial (Hb 9.13).

Através de um nítido contraste, o Livro de Hebreus explica como Deus providenciou um sacrifício melhor para a redenção do homem. Deus Pai enviou Seu Filho Jesus para ser o sacrifício pelo pecado. Jesus tomou parte na obra da redenção e tornou-se o sacrifício da expiação, com profundo e total envolvimento, e não em resignação passiva. Obedecendo à vontade do Pai, Cristo entregou Seu corpo como uma oferta definitiva, permitindo que o pecado do homem fosse removido (Hb 10.5-10). A conclusão é óbvia: Deus revogou o primeiro sacrifício, que dependia da morte de animais, para estabelecer o segundo sacrifício, que dependia da morte de Cristo.

Qual a diferença entre o sacerdócio de Cristo e o sacerdócio dos levitas?

Na Antiga Aliança, centenas de sacerdotes levitas ofereciam, continuamente, sacrifícios inefetivos que “nunca jamais podem remover [apagar completamente] pecados” (Hb 10.11);mas o sacrifício de Cristo removeu os pecados, de uma vez por todas. Os sacerdotes araônicos ofereciam sacrifícios pelo pecado, dia após dia; Cristo sacrificou-se uma só vez. Os sacerdotes araônicos sacrificavam animais; Cristo ofereceu a si mesmo. Os sacrifícios dos levitas apenas cobriam o pecado; o sacrifício de Cristo removeu o pecado. Os sacrifícios dos levitas cessaram; o sacrifício de Cristo tem eficácia eterna. Assim, Cristo está agora assentado “à destra de Deus” (Hb 10.12; cf. Hb 1.3; 8.1; 12.2), o que demonstra que Ele completou Sua obra, obedientemente, e foi exaltado a uma posição de poder e honra.

Cristo, o holocausto supremo e perpétuo, é o único sacrifício pelo pecado que existe atualmente. Os que rejeitam o sacrifício de Cristo têm sobre sua cabeça três acusações: (1) Eles desprezam a Cristo, calcando-O sob seus pés; (2) consideram o sangue de Cristo como profano (comum) e sem valor; e (3) insultam o Espírito Santo, que procurou atraí-los para Cristo (Hb 10.29). Os que rejeitam Seu holocausto redentor são considerados adversários. Na aliança mosaica, os adversários eram réus de juízo e morriam sem misericórdia. Consequentemente, as pessoas que rejeitam a Cristo aguardam o horrível juízo de Deus (Hb 10.30-31).

Por meio de Sua morte, Jesus inaugurou um “novo e vivo [vivificante] caminho” (Hb 10.20)para que a humanidade possa chegar à presença de Deus com “intrepidez [confiança]” (Hb 10.19). Portanto, o que  possibilita a existência de uma Nova Aliança é o sacerdócio e o sacrifício superiores de Cristo.

Uma Aliança Superior Para os Santos

O Livro de Hebreus revela que Cristo é o “Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas” (Hb 8.6). Ela é mais excelente porque as promessas do pacto mosaico eram condicionais, terrenas, carnais e temporárias, enquanto as promessas do Novo Testamento são incondicionais, espirituais e eternas.

Quais as diferenças entre o Antigo Testamento e o pacto abraâmico?

Deus estabeleceu a aliança mosaica (Antigo Testamento) com a nação de Israel, no Monte Sinai. Esse pacto não foi o primeiro que Deus firmou com o homem, mas foi o primeiro que Ele fez com Israel como nação. A aliança mosaica foi escrita 430 anos depois da aliança abraâmica, e não alterou, não anulou, nem revogou as cláusulas da primeira aliança, a abraâmica (Gl 3.17-19), que era incondicional, irrevogável e eterna.

Muitas pessoas, hoje em dia, confundem a aliança mosaica com a abraâmica e afirmam que a Terra Prometida não pertence mais ao povo judeu porque a nação perdeu seu direito em razão do pecado. Entretanto, Deus garantiu a Israel a posse permanente da terra, não através da aliança mosaica, mas da aliança abraâmica (Gn 15.7-21; 17.6-8; 28.10-14).

As promessas do pacto mosaico eram condicionais. O pré-requisito era que Israel obedecesse aos mandamentos para que Deus cumprisse as promessas de bênçãos, estabelecidas no pacto (Êx 19.5). Mas Israel não cumpriu as cláusulas do pacto. A falha não estava na Lei, pois o mandamento era “santo, e justo e bom” (Rm 7.12), mas na natureza pecaminosa do homem, que se rebelou contra as condições estipuladas no pacto. Essa aliança tinha um poder limitado e não podia conceder vida espiritual nem justificar os pecadores (Hb 8.7-9).

Com quem Deus firmou a Nova Aliança?

A Escritura deixa claro que a Nova Aliança foi feita exclusivamente com Israel (os descendentes de Jacó, pelo sangue) – e não com a Igreja (Hb 8.10). Em nenhum lugar da Escritura a Igreja é chamada de Israel ou “Israel espiritual”, como alguns ensinam. Está claro na Escritura que as bênçãos nacionais, espirituais e materiais prometidas na Nova Aliança serão cumpridas com o Israel literal, no Reino Milenar (Jr 31.31-40).

A Nova Aliança foi profetizada pela primeira vez por Jeremias, seis séculos antes do nascimento de Cristo (Jr 31.31;  Hb 8.8). Ao falar do novo pacto, Deus usa os verbos no futuro (“firmarei”, “imprimirei”, “inscreverei”, “serei”, “usarei”, “lembrarei”, veja Hb 8.8,10,12), mostrando que cumprirá as cláusulas dessa aliança. Além disso, o cumprimento depende unicamente da integridade de Deus, e não da fidelidade de Israel.

Se a Nova Aliança não foi firmada com a Igreja, por que foi apresentada em Hebreus 8?

O escritor de Hebreus foi movido pelo Espírito Santo a citar a Nova Aliança com o propósito de ressaltar o fracasso da aliança mosaica e mostrar a Israel que as promessas reunidas num pacto melhor estavam disponíveis através de Jesus Cristo. A Nova Aliança foi instituída na morte do Senhor (Hb 9.16-17), e os discípulos ensinaram seus conceitos à nação de Israel (2 Co 3.6). O fato da nação de Israel ter rejeitado seu Messias resultou num adiamento do cumprimento cabal do pacto, que só ocorrerá quando Israel receber a Cristo, na Sua Segunda Vinda.

Quais são as promessas da Nova Aliança?

·         Em primeiro lugar, a Nova Aliança proporciona uma transformação interior da mente e do coração, que só pode ser produzida através da regeneração espiritual. Deus disse:“Nas suas mentes imprimirei as minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei” (Hb 8.10). A Antiga Aliança era exterior, lavrada na pedra (Êx 32. 15-16); a Nova Aliança é escrita “em tábuas de carne, isto é, nos corações” (2 Co 3.3), através do ministério do Espírito Santo. Isso acontecerá com Israel, como um todo, na Segunda Vinda de Cristo, quando Deus derramará o Seu Espírito sobre o povo judeu não-salvo, fazendo com que se arrependa de seus pecados e aceite Jesus como seu Messias (Zc 12.10; Rm 11.26).

·         Em segundo lugar, a aliança mosaica estipulava que os conceitos da Lei, com seus complicados rituais e regimentos, só fossem ensinados pelos líderes religiosos. Os que vivem sob os preceitos da Nova Aliança são ensinados pelo Senhor, por meio do Espírito Santo que habita em seu interior, e recebem poder para andar nos caminhos do Senhor e guardar os Seus estatutos (Ez 36.27).

·         Em terceiro lugar, na Antiga Aliança, o pecado era lembrado sempre que um animal era oferecido em sacrifício (Hb 10.3). Na Nova Aliança, Jesus foi o Cordeiro do sacrifício, que, de uma vez por todas, removeu o pecado (Hb 10.15-18) através do Seu sangue. O Senhor disse: “Pois, para com as suas iniquidades usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Hb 8.12; cf. Jr 31.34). A palavra jamais é uma dupla negativa no texto grego, o que significa que “não, nunca, sob nenhuma circunstância” Deus se lembrará dos pecados do Israel redimido.

·         Em quarto lugar, Cristo é o Mediador da Nova Aliança (Hb 9.15-20). O mediador atua como um intermediário entre duas partes que desejam estabelecer um acordo entre si. Os mediadores põem seus próprios interesses de lado pelo bem das partes envolvidas no acordo. Um mediador precisa ser digno de confiança, aceitável pelas partes e capaz de assegurar o cumprimento do pacto. Através de Sua morte, Cristo tornou-se o Mediador da Nova Aliança, e possibilitou a reconciliação de todos aqueles que confiam em Sua obra redentora.

A mediação de Cristo também se estende aos santos que viveram debaixo da Antiga Aliança, bem como aos que virão a crer, no futuro. Cristo concede uma herança eterna a todos os crentes, através da Nova Aliança. Um beneficiário só pode entrar na posse legal da herança com a morte do testador. Para que a Nova Aliança tivesse efeito e, legalmente, pudesse conceder a salvação aos pecadores, Cristo tinha que morrer (Hb 9.15-17).

Até mesmo a aliança mosaica teve de ser inaugurada com sangue para ter efeito legal. Moisés mediou o primeiro pacto tomando o livro da Lei, lendo-o diante dos filhos de Israel – que concordaram em guardar os seus preceitos – e, depois, aspergindo o livro e o povo com sangue (Hb 9.19-20). O fato do Antigo Testamento ter sido firmado com sangue mostrou que era necessária a morte de uma vítima inocente para consagrar e estabelecer uma aliança. Aquele pacto era apenas um tipo e uma sombra que apontava para o dia em que Cristo consagraria e firmaria um Novo Testamento, através do derramamento de Seu próprio sangue. Somente Ele poderia mediar a Nova Aliança entre Deus e a humanidade (1 Tm 2.5).

A Nova Aliança, ao contrário da aliança mosaica, é eterna. O Senhor disse: “Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua” (Ez 37.26). Depois de servir ao seu propósito, o pacto mosaico tornou-se sem efeito. As palavras “antiquado” e “envelhecido” (Hb 8.13) mostram que o pacto mosaico estava esgotado, perdendo as forças e prestes a ser dissolvido.

Embora a Nova Aliança tenha sido feita com Israel, e não com a Igreja, os cristãos têm garantido o extraordinário privilégio de experimentar certos benefícios do novo pacto que passaram a vigorar quando Cristo derramou Seu sangue na cruz. Hoje, a Igreja usufrui das bênçãos espirituais da salvação, estabelecidas na Nova Aliança. As bênçãos físicas do Novo Testamento serão cumpridas com Israel, no Milênio. Os que seguem a Cristo são “ministros de uma nova aliança [testamento, pacto]” (2 Co 3.6) e foram chamados para divulgar a mensagem da salvação.



Na aliança com Davi, Deus promete a Davi que o seu reino, seria um reino que duraria para sempre. (2 Sm 7. 16).

 

Como foi com Abraão, assim Deus foi com Davi. A promessa  seria cumprida em seu descendente (2 Sm 7.12).

 

O descendente que levantaria de Davi, quando ele estivesse 

 morto, é Jesus Cristo. Atos 2. 22 -32.

 

 

Já todas as demais alianças mencionadas neste estudo, foram feitas  por Deus a cada um de seus servos, e a Israel em caráter condicional e iria depender em muito da maneira como cada um deles se mantivessem diante do Senhor.

 

Da mesma forma, as promessas realizadas por Deus através de Jesus e do seu Espírito Santo para cada um de nós em muito irá depender da nossa perseverança até o fim quando então receberemos a coroa  da vitória.

 

Estejamos todos firmados com Deus neste concerto pois, por certo, o Senhor haverá de nos recompensar de acordo com as nossas obras em nome de Jesus, amém!